spoiler visualizarMarcos 02/02/2024
O homem veio do barro... E do sangue de um Igigi
Enuma Elish é quase uma ode à Marduk. O poema babilônico relata como se deu a criação do mundo, sua cosmogonia e teogonia. Sim, pois a criação do mundo vem com o advento da criação dos deuses. Sem os deuses, não haveria mundo. Pois o próprio mundo é Tiámat e Apsu. As primeiras divindades que surgiram e que eram seres de água. Tão entrelaçados que era indistinto um e outro. Ao menos até que Ea engana Apsu e o mata, fazendo surgir o Apsu (algo como as águas subterrâneas, imaginei como sendo o lençol freático mas posso estar errado visto que a mitologia babilônica não me pareceu estar totalmente compreendida). Furiosa, Tiámat conclama uma assembleia e faz surgir diversos monstros e dá a tabuinha dos destinos a Quingu. Para combate-los, Marduk é nomeado como guerreiro e rei por parte dos deuses Annunaki e Igigi. Marduk prende e mata Quingu e Tiámat. Utilizando metade do corpo de Tiámat para eregir o céu e outra metade para construir o chão (eu acho) sob a forma do Apsu. Após a batalha e a criação do mundo, vem uma nova assembleia para reforçar a realeza de Marduk e uma descrição e explicação dos seus 52 nomes.
A tradução e explicação de Jacyntho são fenomenais, cada vez que leio um livro dele tenho mais vontade de conhecer sobre a mitologia babilônica. Li seus outros livros e sua base teórica fica cada vez melhor. Agora eu ficarei esperando pela versão do Atrahasis, pelo menos. Precisamos de uma edição em português sobre a criação do homem feita pelo Jacyntho, é indispensável para a disseminação do conhecimento sobre a babilônia no Brasil.