bia prado 07/02/2023DADDY BREAD BAKERadoro esse plot de parente-idosinha-excêntrica-deixa-milhões-de-hectares-para-jovem-solteira-e-desiludida-da-vida-que-nunca-plantou-uma-batata-sob-condição-que-ela-case-dentro-de-um-ano. e no final a mocinha vai ter: propriedade, um(a) cônjuge gostoso(a) e uma renda mensal estável. o que mais uma mulher poderia querer, sabe?
esse foi o meu primeiro romance da autora e que surpresa deliciosa! o livro pode parecer grande em um primeiro momento, mas eu nem senti pois o enredo fluiu muito bem. tanto o desenvolvimento do relacionamento do casal quanto as questões internas de cada um foram muito bem executados e eu não queria parar de ler. os diálogos foram interessantes e divertidos, o livro tem bons personagens secundários (oi, Gennie e Jaime) e tem vários tropes que eu adoro (listei alguns no final da resenha).
os protagonistas, Shay e Noah, se conheceram no ensino médio e ficaram amigos logo de cara, mas acabam perdendo contato durante a época que vão pra faculdade. quando a Shay volta pra cidadezinha de Friendship anos depois, eles se reencontram e retomam a relação, porém muita coisa mudou. agora o Noah é proprietário de uma fazenda e é a figura paterna pra sua sobrinha, a Gennie. já a Shay passou por um relacionamento amoroso que acabou em desgraça e está tentando se reerguer. a questão é: o Noah nunca esqueceu a Shay. ele amava ela quando eles eram adolescentes, mas nunca se declarou e ela sempre foi A garota pra ele. e quando ela reaparece em sua vida, ele percebe que aquele sentimento não foi embora e, ao mesmo tempo, se ressente por ela ter se esquecido dele, mas também não consegue ficar bravo por muito tempo kkk esse definitivamente é meu tipo preferido de mocinho: totalmente obcecado pela heroína, só tem olhos pra ela, praticamente venera o chão que ela pisa e faria QUALQUER COISA por essa mulher. conforme o livro se desenrola, vemos a Shay se apaixonando de forma gradual pelo Noah e ele vai redescobrindo seus sentimentos por ela, que ficam cada vez mais fortes. ele está decidido a não deixar ela escapar novamente e propõe um acordo, que ela reluta no começo, mas depois aceita. esse plot é meio batido ultimamente, mas nem liguei e, como disse, não consegui parar até acabar.
outro ponto que certamente foi a cereja do bolo e tornou o livro muito mais divertido foi a Gennie, a sobrinha de 6 anos. eu dava gargalhadas com tudo que ela falava e só reafirmou ainda mais minha opinião que adoro crianças em livros, principalmente quando elas dão uma de cupido. ela não tem papas na língua e às vezes era mais sábia que os próprios protagonistas, juro. realmente deu um toque a mais na narrativa e amei a personalidade dela. e também me fez perceber que acho que esse é o melhor tipo de single dad trope. quando o cara não é realmente o pai da criança e tecnicamente não tem responsabilidade sobre ela, mas por algum motivo a criança precisa dele e ele toma essa bronca pra si, mesmo não sendo obrigação dele. é uma escolha e isso é atraente demais. ele se importa tanto com a criança a ponto de ser o novo responsável por ela e ele vai criando um laço paternal com a criaturinha e ele não consegue se imaginar longe dela (“tipo” o plot de mandalorian ou the last of us).
e não posso deixar de comentar sobre a Jaime, a melhor amiga da Shay. ela é outro alívio cômico no romance e tem um chaotic bissexual energy que também me fez rir durante a leitura. enfim, é aquela alga gêmea que todo mundo deveria ter na vida.
o livro também trata de algumas questões mais sérias como gordofobia e sistema penitencial norte-americano e gostei de como a autora inseriu esses temas no livro. e os hots são MUITO MUITO BONS e o Noah é tudo de bom e tem uma saúde maravilhosa. só por ele o livro já vale a pena, sério. e aquele negócio no final das estrelas… MEU DEUS!
nem hesitei: 5 estrelas, favoritado.
tropes/conteúdo: (pode conter spoilers)
- small town
- single dad
- dual pov
- agroboy / city girl
- friends to lovers
- vizinhos
- fake dating
- dirty talk
- grumpy, shy, possessive guy
- it was always you/ i’ve loved you for years
- mutual pining
- “slow burn”
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