Ciência pouca é bobagem

Ciência pouca é bobagem Christian Dunker...




Resenhas - Ciência pouca é bobagem


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Rusinha 25/02/2024

Com certeza será um livro que terei que reler daqui há alguns anos. Um livro resposta que faz a gente vibrar, com os tapas de luva que os autores dão aos críticos da Psicanálise que nem tentam saber exatamente o que é a Psicanálise. E, ainda por cima um passeio denso e profundo sobre conceitos da ciência, da filosofia e da epistemologia. Valeu a pena.
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Carla.Parreira 02/03/2024

Ciência pouca é bobagem (Christian Dunker). Melhores trechos: "...A maioria dos textos até agora publicados contra a psicanálise e, supostamente, 'em favor da ciência' peca na maior parte dos critérios ali elencados. O debate ficaria mais estimulante se nossos adversários se dedicassem um pouco mais à crítica de ideias e um pouco menos ao ativismo vazio. Este livro propõe examinar os equívocos básicos desse procedimento, como forma de estimular uma verdadeira crítica transformativa da psicanálise... O homem que joga uma criança na água com a intenção de afogá-la e o de quem sacrifica sua vida na tentativa de salvar a criança. Ambos os casos podem ser explicados com igual facilidade, tanto em termos freudianos como adlerianos. Segundo Freud, o primeiro homem sofria de repressão (digamos, algum componente do seu complexo de Édipo), enquanto o segundo alcançara a sublimação. Segundo Adler, o primeiro sofria de sentimento de inferioridade (gerando, provavelmente, a necessidade de provar a si mesmo a capacidade de cometer um crime) e o mesmo havia acontecido com o segundo (cuja necessidade era provar a si mesmo ser capaz de salvar a criança). Não conseguia imaginar qualquer tipo de comportamento humano que ambas as teorias fossem incapazes de explicar. Ora, o experimento não tem pé nem cabeça, não pode ser sancionado como pertinente por nenhum psicanalista... Freud nunca aproximou a psicanálise da religião, pelo contrário. A aproximação com o espiritismo, feita dessa maneira, é uma afronta típica de quem quer reunir coisas diferentes para dirigir preconceitos contra ambas... Quando o argumento é apresentado sem nenhum representante das escolas epistemológicas que defendem a descontinuidade entre os métodos das ciências, como Ian Hacking, Thomas Kuhn ou Bruno Latour, dizer que não há evidências que não sejam baseadas no método experimental é pretender um monopólio indevido dos critérios científicos... O fato de um tratamento ser experimentalmente eficaz, isto é, demonstrar resultados satisfatórios em condições controladas de pesquisa (validade interna), não garante que ele seja efetivo em condições concretas... O efeito placebo corresponde a 68% do efeito das drogas antidepressivas... Não só o efeito placebo pode ser composto com verdadeiros ingredientes ativos, como a dor não é inteiramente um fenômeno objetivo, mensurável e perfeitamente comparável entre as pessoas. A depressão, por sua vez, parece ser o caso oposto ao da dor: é o exemplo paradigmático do sofrimento indeterminado. Ela se mostra como uma síndrome com uma série de sintomas somáticos e psíquicos desconexos entre si. Alterações de sono, libido e apetite, assim como mudanças de humor, dores e o sintoma mais indeterminado de todos: a anedonia, a perda generalizada da capacidade de experimentar prazer... A transferência é um dos pilares clínicos da psicanálise. Tomada como fenômeno relacional, a transferência está presente na maior parte, senão em todas as formas de tratamento. A separação entre transferência e sugestão, influência, obediência, identificação ou idealização é problemática e difícil de reconhecer em cada caso, ainda que esse problema seja reconhecido pela psicanálise... Em termos lacanianos, a transferência é justamente uma relação de linguagem, organizada em torno da suposição de saber que o paciente faz ao analista, em um primeiro momento, e ao próprio inconsciente, à medida em que a análise transcorre... Mas agora cabe perguntar: quem cria as evidências sobre os métodos de criação de evidências? Em outras palavras, se são Cristóvão carrega o mundo nas costas, quem é que está segurando são Cristóvão?..."
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Barbara193 10/01/2024

???
A psicanálise não se enquadra perfeitamente nos moldes da ciência contemporânea devido à natureza subjetiva de muitos de seus conceitos e à falta de verificação empírica direta. No entanto, ela não pode ser rotulada como pseudociência, pois não busca apresentar teorias sem fundamentos ou sem coerência interna.

A psicanálise oferece um quadro teórico consistente para compreender o inconsciente, motivando comportamentos e emoções. Seu foco na interpretação simbólica e na análise profunda das experiências individuais proporciona uma abordagem única, complementar às metodologias científicas tradicionais, enriquecendo o entendimento humano.

Portanto, considerá-la uma pseudociência pode desconsiderar seu impacto significativo na psicologia.

Christian Dunker mostrou que a psicanálise nunca abandonou a razão, mas esta, na abordagem psicanalítica é acompanhada do inconsciente. Além disso, mostrou que os autores do livro ?É bobagem!? cometeram juízo ideológico ao abordarem e incluírem a psicanálise no ?ramo? das pseudociências, pois no juízo científico, se julga a cientificidade com conhecimento e respaldo atual sobre o assunto e, no ?É bobagem!? foram utilizados argumentos e dados desatualizados para embasar o capítulo.
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@moisesffelipe 11/01/2024

Um documento esclarecedor e obrigatório
Um documento excelente e extremamente importante no combate ao discurso tendencioso dos "donos da verdade" como Natália Pasternak, que, supostamente falando em nome da ciência, promovem desinformação, confusão e polêmicas tendenciosas. Tudo isso para a defesa de uma psicologia medicamentosa. Uma resposta a altura. Fiz a leitura com muito prazer e recomendo para todas as pessoas que apreciam a verdade e não opiniões baseadas em viés de seleção de informação.
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carolmc_ 20/01/2024

Uma resposta a um livro ?bobo?
Nesse livro os autores rebatem ponto a ponto as bobagens ditas por dois famosos cientistas acerca da Psicanálise em seu último livro sobre ?pseudociências?.
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