O fardo do sangue

O fardo do sangue Tiffany D. Jackson




Resenhas - O fardo do sangue


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Queria Estar Lendo 29/10/2023

Resenha: O Fardo do Sangue
O Fardo do Sangue (The Weight of Blood), de Tiffany D. Jackson está sendo publicado no Brasil pela Editora Rocco. O livro, que a própria autora descreve como uma homenagem a Stephen King, revela as tensões raciais de uma pequena cidade no sul dos Estados Unidos, desencadeado por bullying. E as suas consequências trágicas.

Em uma pequena cidade do sul dos EUA, Maddie vive com seu pai. Criada em um ambiente conservador, que exalta os "velhos costumes" e isolada de toda sua comunidade, Maddie é extremamente obediente. E seu pai não espera nada menos dela.

A verdade é que Maddie e o pai estão escondendo um segredo: a mãe dela é uma mulher negra e, embora Maddie tenha todos os traços e a pele branca, seu cabelo castanho escuro, grosso e cacheado logo a denunciaria. E o pai está determinado a evitar que todos saibam da verdade. Por isso, para que ela possa se passar por branca, ele alisa seu cabelo com um pente quente. E a proibe de sair em dias de chuva.

Porém, quando Maddison é pega desprevinida, a chuva acaba revelando a verdade. E seus colegas de escola, que nunca foram legais com ela, pioram tudo. Mas esse é só o começo. Quando um vídeo de Maddie sofrendo bullying viraliza na internet, as tensões no colégio aumentam - ao mesmo tempo em que Maddie começa a descobrir que talvez tenha herdado algo mais de sua mãe além dos cabelos cacheados.

"...Ela sempre soube que tinha uma escuridão dentro de si, selvagem e perigosa. Alguma coisa febril e desesperada para se mostrar."

O Fardo do Sangue trabalha em cima de uma premissa similar a de Carrie - A Estranha, onde uma garota é isolada de sua comunidade, sofre bullying e é humilhada na frente de toda a escola naquele que deveria ser o dia mais feliz da sua vida. Porém, aqui, Tiffany D. Jackson traz a tona uma discussão racial a respeito da identidade de Maddie.

Ela é negra, mesmo que nunca tenha tido contato com essa parte da sua idendidade? Mesmo que não tenha os traços? Mesmo que tenha sido criada a vida toda por um homem branco? Mesmo que tenha crescido com o ideal de feminilidade de décadas passadas?

Ao mesmo tempo em que Maddie está tentando entender quem é, descobrir o que pode sobre a mãe e vendo sua relação problemática com o pai se deteriorar cada vez mais rápido, outros personagens na história também precisam questionar quem são e quem querem ser.

Como Kenny, o quarterback do time de futebol da escola, destinado a NFL, que é forçado a pensar a respeito do seu papel enquanto homem negro em seu círculo de amigos - majoritariamente branco. E Wendy, sua namorada branca, que é a personificação do "não sou racista, tenho até um namorado negro".

Enquanto Kenny se vê na indesejada posição de acompanhar Maddie ao baile de formatura, os dois começam a se aproximar. E isso faz com que ele perceba que passou tempo demais fazendo o que os outros esperam dele, ignorando tudo que o incomodava e até mesmo criando distância de sua própria irmã por não querer confrontar seus próprios sentimentos.

"Nada iria curá-lo de sua histeria e paranoia. Porque nunca foi sobre protegê-la, nunca foi sobre amor, mas sim sobre controle."

Já Wendy acredita que pode consertar tudo, ela pode salvar Maddie, sua reputação e sua relação com Kenny, ao mesmo tempo em que garante todas as bolsas de estudo que precisa. Tudo isso sem, de fato, questionar seu papel nos problemas e no desfecho final da história.

Também temos outros personagens, como Julie e o namorado, que são os típicos vilões que não sabem lidar com o fato de que não podem simplesmente fazer o que quiserem, livres de consequências. E que planejam se vingar quando o dinheiro, dessa vez, não pode salvá-los. O pai de Maddie, que passou a vida inteira em um mundo só seu e isolando a filha, controlando cada passo seu e culpando-a por coisas fora de seu controle - aparentemente sentindo prazer em puni-la por isso.

E mais personagens que adicionam camadas as discussões, como a professora Morgan, que tenta punir o bullying e racismo, mas parece constantemente piorar as coisas. E Kali, a irmã mais nova de Kenny, que junto de seus amigos coloca pressão na escola para lidar de uma vez por todas com o racismo que ela e outros estudantes não brancos vivem há tanto tempo.

E tudo isso enquanto parte dos alunos desafiam uma tradição (racista) de décadas: em vez de organizar dois bailes de formatura, uma para brancos e outro para negros, fazer apenas um. Integrado.

Esse já é o terceiro livro da Tiffany que eu leio e amo. Gosto muito da forma como ela cria e desenvolve personagens. Como ela dá camadas para eles, defeitos e qualidades. E isso faz com que a gente se sinta mais próximo deles. Como se fossem amigos, como se de fato estivéssemos vivendo tudo aquilo com eles.

Gosto muito da Maddie porque ela não fica esperando as coisas acontecerem com ela. Quando ela percebe que não tem mais nada a perder, porque seu segredo já foi revelado, ela se liberta. Ela vai atrás e faz acontecer. Apesar da forma como foi criada e de como as pessoas mantém distância dela, ela tem personalidade. E a gente consegue ver isso bem nas interações dela com o Kenny, quando ela consegue se soltar e ser ela mesma - ou quem ela gostaria de ser.

Pra mim ela é o ponto alto da história.

Também gosto de como O Fardo do Sangue é dividido entre o podcast Maddie did it, no presente, e a história que se desenrola em 2014.

"Como Wendy disse, podemos gritar sobre a verdade do que realmente aconteceu até não poder mais. Não vai mudar nada. Maddy sempre será a vilã. As pessoas precisam querer ver a verdade. Compreensão é a chave, e isso não foi é algo que os cidadões desse país dominam."

O podcast quer encontrar respostas para o Massacre de Springville, que aconteceu na noite do baile de formatura. E que muita gente acredita ter sido causado pelos poderes telecinéticos de Maddie.

No podcast, os apresentadores exploram - com um certo grau de ceticismo - a possibilidade de Maddie de fato ter poderes e ter causado o massacre, que acabou com quase toda a turma de formandos da cidade. Incluindo ela mesma.

Enquanto eles conversam com sobreviventes e especialistas no oculto, em 2014 acompanhamos Maddie e sua jornada ao ter que enfrentar sua verdade e a busca pela mãe.

Gostei da forma como a história foi dividida, deixando a narrativa mais dinâmica e curiosa. Especialmente pela forma como eles tratam como fatos ou rumores os acontecimentos que estamos lendo nas partes de 2014.

Outro ponto alto da história, pra mim, foi todo o mistério a respeito dos poderes da Maddie. E da reviravolta que temos durante o clímax e finalmente entendemos o que aconteceu. E o que tudo aquilo significa.

Especialmente porque nos faz repensar as ações de alguns personagens ao longo da narrativa.

Enfim, a resenha já está ficando grande demais. Mas, como sempre, Tiffany D. Jackson entregou em O Fardo do Sangue uma história incrível. Rica em detalhes e personagens, que nos prende do começo ao fim. E que deixa aquele gostinho agridoce na ponta da língua quando você chega ao fim e + um caminhão de teorias.

Bem como foi com Fumaça Branca.

Esse aqui tá mais do que recomendado. E eu espero que a Tiffany continue escrevendo cada vez mais terror. Porque até agora eu amei todas que li.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2023/10/resenha-o-fardo-do-sangue-tiffany-d.html
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vcmechamademar 07/12/2023

Muito bom!
Eu achei uma releitura muito interessante de uma história que eu já gostava tanto, que é Carrie. Interessante a forma como a autora usou o racismo para ser o estopim dos acontecimentos aqui. E nossa, quanta gente racista e nojenta tem nesse livro, que asco eu senti de cada uma delas. Meu único descontentamento foi com a cena do massacre no baile, esperava algo mais gráfico, o final também me deixou com muitas perguntas na cabeça, mas o livro é muito bom! Também gostei muito da história ser contada por meio de narrativa e podcasts, depoimentos, etc...
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Sara Marinho 09/01/2024

Devo confessar que prefiro Maddy a estranha do que Carrie a estranha. Tiffany simplesmente gênia, com um escrita sensacional.
E finalmente tive o final que eu queria desde que li Carrie.
Gessyka.Loyola 09/01/2024minha estante
Deu vontade de ler, Carrie não gostei muito também.


Sara Marinho 09/01/2024minha estante
Leia!!! É muito bom. A leitura é fluida e a Tiffany soube fazer uma releitura incrível com personagens cativantes.




Larissa1410 23/01/2024

Maddy a estranha
Obviamente é uma releitura de Carrie a estranha, só que trazendo mais a pauta racial
Sinceramente o povo da cidade é totalmente racista e os adolescentes são horríveis, era cada situação que me dava enjoo e a questão deles não enxergarem quão problemático eram suas falas e sempre se fazendo de coitados (Jules principalmente).
A Maddy teve um desenvolvimento bom, a descoberta dos poderes e também lá pro final do livro ao descobrir a origem deles, a cena do baile foi empolgante mas queria mais detalhes.
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Guzzz 15/11/2023

Como esse livro não se tornou ainda tão popular?
Por mais que muitos subestimem o livro por ser uma releitura de Carrie, a reflexão crítica que a autora traz é extremamente aplicável à realidade, ainda mais diante de todo o racismo que ainda vigora na humanidade. Esse livro não só serve para acabar com o racismo, mas também para que minorias continuem lutando para que seus direitos sejam assegurados, pois sempre haverá algum branco, hetero, cis, de classe alta tentando destruí-lo. Tiffany D. Jackson deu seu nome nessa releitura, mostrando toda sua criatividade e toda sua originalidade, mesmo bebendo na fonte de Stephen King. Acabou de se tornar um dos meus livros favoritos ??
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Gramatura Alta 23/03/2024

Https://gramaturaalta.com.br/2024/03/23/o-fardo-do-sangue-uma-nova-perspectiva-do-livro-de-king/
Maddy Washington sempre foi alvo fácil na escola, mesmo tentando passar despercebida. Ela anda pelos corredores de cabeça baixa, vestindo um suéter velho de lã e obedecendo às ordens do pai, um fanático religioso. Mas quando você já é considerada “esquisita”, nada é tão ruim que não possa piorar. Um dia, um temporal repentino molha os cabelos de Maddy ― alisados à força pelo pai ― e revela seu maior segredo: ela não é branca.


A reação dos adolescentes é ainda mais cruel do que Maddy esperava, e escancara as raízes racistas da cidadezinha norte-americana de Springville. Preocupada com a própria imagem, Wendy, a representante da turma, monta um plano: organiza um baile de formatura unificado e convence o namorado, Kendrick, a ir com Maddy. Sendo o único homem preto no grupinho dos alunos populares, Kendrick acaba aceitando, mas se aproximar de Maddy desperta sentimentos confusos para os quais não estava preparado.

Conforme a noite do baile se aproxima, Maddy está à flor da pele. A cada dia, ela sente uma força sobrenatural despertar aos poucos dentro dela… e teme que possa explodir.

O FARDO DO SANGUE é uma obra que reimagina o clássico CARRIE de Stephen King, mantendo sua estrutura de eventos, mas introduzindo temas profundos de racismo. Ambientado no sul dos Estados Unidos, uma região historicamente marcada pela escravidão e suas consequências econômicas e sociais, este livro explora o legado de desigualdade racial e tensão que persiste até hoje.

O sul, conhecido por suas lutas durante a Guerra Civil Americana para preservar a escravidão, é o local mais propício para obras do mesmo gênero, principalmente porque ainda enfrenta desafios como altas taxas de pobreza, baixo nível educacional e significativas disparidades econômicas, fatores que alimentam o preconceito e o racismo. Mesmo após a abolição da escravidão, o Sul implementou leis que perpetuaram a segregação racial e a supremacia branca, deixando cicatrizes que ainda são evidentes. O enredo também reflete sobre como a identidade política e histórica da região influencia as atitudes contemporâneas, incluindo a valorização de símbolos do passado racista.

CARRIE foca no bullying e no fanatismo religioso como temas centrais. Em O FARDO DO SANGUE, a narrativa gira em torno de Maddy, uma personagem que, assim como Carrie, enfrenta o bullying. No entanto, o fanatismo religioso é substituído por questões de racismo. Enquanto em CARRIE, a mãe da protagonista exibe um comportamento abusivo e sádico sob a justificativa de suas crenças religiosas, em O FARDO DO SANGUE, o pai de Maddy apresenta atitudes abusivas, movido por uma vergonha profunda relacionada à aparência de sua filha, particularmente em relação ao cabelo dela. Ele obriga Maddy a alisar o cabelo e a nunca sair quando há previsão de chuva, demonstrando seu racismo e sua discriminação, e criando na filha um trauma e uma vergonha sem significado ou necessidade.

Em O FARDO DO SANGUE, os personagens refletem paralelos com aqueles encontrados em CARRIE. Temos a antagonista que nutre um ódio profundo por Maddy e elabora um esquema de vingança com a ajuda de seu namorado. Paralelamente, existe uma personagem empática que, junto ao seu namorado, tenta integrar Maddy ao ambiente social da escola, buscando pôr fim ao ciclo de abusos que ela enfrenta. A narrativa também expõe a indiferença da sociedade e do corpo docente da escola, com exceção de uma professora que demonstra compaixão e se esforça para proteger Maddy. O clímax do livro se desenrola em uma cena dramática na festa de fim de ano, onde Maddy, ao ser coroada rainha da festa, é humilhada com tinta derramada sobre ela, ecoando o desfecho trágico de CARRIE. A estrutura narrativa de O FARDO DO SANGUE também se assemelha à de CARRIE, intercalando a história com relatos de jornal e trechos de interrogatórios, fornecendo uma visão mais ampla e variada dos eventos e suas repercussões.

A autora expressou seu desejo de recriar CARRIE, por ser fã e poder usar o potencial da história para expressar a raiva e os sentimentos de injustiça vivenciados por pessoas afetadas pelo bullying, racismo ou outras formas de agressão irracional. Tiffany D. Jackson abordou sua adaptação, O FARDO DO SANGUE, com grande respeito pela obra original, mas também imprimiu seu estilo único, especialmente ao intensificar as manifestações de preconceito e a reação violenta a essas injustiças. O FARDO DO SANGUE se distingue por expor mais situações de injustiça, provocando indignação e apresentando uma resposta mais violência às injustiças sofridas, deixando uma mensagem clara de “basta”.

Eu realmente aprecio CARRIE, que é um dos meus livros favoritos de Stephen King, mas algo que sempre me incomodou durante a leitura é a falta de profundidade em seus personagens. Sinto um certo distanciamento, como se eles fossem caracterizados de forma mais fria e distante, o que não conseguiu me cativar plenamente. Reconheço que essa percepção pode ser pessoal e não necessariamente compartilhada por outros leitores. Quando li O FARDO DO SANGUE, encontrei uma questão semelhante; a abordagem dos personagens também não conseguiu estabelecer uma conexão comigo. Senti que eles eram pouco desenvolvidos, limitando-se a reagir aos eventos ou sofrer nas mãos de outros, com suas experiências e emoções apresentadas de maneira direta e desapaixonada, pelo menos na minha visão.

Eu tinha expectativas altas quanto à abordagem da questão racial no livro. O tema é abordado de forma explícita, incluindo personagens que perpetuam o racismo, tanto os que reconhecem seu sofrimento quanto os que não percebem que estão sofrendo. No entanto, senti que a discussão sobre o racismo foi tratada de maneira muito direta, sem a sutileza necessária para explorar as formas veladas de racismo, aquelas que se escondem atrás de elogios falsos ou comentários ambíguos, tornando o problema mais complexo e difícil de identificar e abordar. Talvez isso se deva à natureza da história, na qual Maddy enfrenta agressões diretas e constantes, sem a intervenção de outros, e a violência explícita deixa pouco espaço para nuances. Não tenho certeza do motivo, mas senti falta de uma exploração mais aprofundada das camadas mais sutis do racismo na narrativa.

O FARDO DO SANGUE é um livro notável que utiliza a história de uma personagem marginalizada e submetida à violência para destacar como o bullying e o racismo continuam sendo problemas graves em toda a sociedade, longe de serem resolvidos. Isso é particularmente agravado pelo fato de que muitas pessoas, frequentemente devido aos seus próprios privilégios e posições de poder, ou não se importam ou negam a existência de tais problemas.

site: https://gramaturaalta.com.br/2024/03/23/o-fardo-do-sangue-uma-nova-perspectiva-do-livro-de-king/
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Vitor 16/12/2023

PERFEITO
Sem defeitos, história bem desenvolvida, protagonista fácil de se apegar, conflitos interessantes e que fazem refletir e um final DAQUELES.
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Kiarissima 13/01/2024

Uma releitura ok
Foi uma releitura de Carrie a estranha (mas a essa altura todos já sabem hahahah)
O bullying dessa versão é racial. Tem cenas com racismo explícito por todo o livro e o que me incomodou muito em relação a esse fato é que todo mundo ou era muito mal ou insensível, no início do livro ela sofre bullying só por ser "estranha" e tudo se transforma ainda no início do livro, que passa do bullying para o racismo. Todo mundo na escola se insenta de oferecer ajuda ou suporte. Entendo que o cenário racial e da cultura do racismo no EUA seja diferente daqui, mas sinceramente, não ter um pra estender a mão ou tomar partido da briga dela. Ninguém acolhe ela em momento algum.
A parte do romance achei bem fraca, porque ficou parecendo que o Kendrick estava hipnotizado por ela, ele de repente passou a enxergar ela, nossa a cena em que o nome da Maddy fica se repetindo na cabeça dele, não me desceu. Ficou só parecendo que ele estava sendo forçado por ela ou influenciado pelos poderes dela.
O livro em si não é ruim, tem um final meio aberto, meio fechado. Eu acho que esperava mais da cena do baile. Ainda não sei se gostei do final.
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shuhua 22/01/2024

Se hoje em dia o racismo ainda é uma questão muito presente e precisamos, a todo momento, nos mobilizar contra isso, imagine só em 2014, ano que se passa o livro.
Eu nunca imaginei que ficaria com tanto nojo lendo cenas de racismo, é tudo tão explícito, quem dera a cena do massacre fosse explícita igual aos abusos que Maddy sofreu, e me perdoem, mas os personagens são tão repulsivos, cruéis, ignorantes, que eu só continuei lendo porque sabia que no final todos iriam morrer.
Acho que esse é um reconto tão bom a ponto de chegar aos pés da obra original. Além de que a questão de racismo fez muito mais sentido para a obra em geral, torno o bullying mais real do que só ser uma garota estranha. Percebi também alguns easter eggs, como a menção à Zona Morta, um dos livros do Stephen King, um dos personagens tem sobrenome de King, e outras coisinhas legais de se notar.
A escrita, descrições de cenário e fluidez são muito bem feitos, sem aquela enrolação costumeira do Stephen.
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Isabella._. 03/11/2023

Foi a Maddy e apenas a Maddy
Oscilando entre um podcast e fatos (amo podcast?s)



Ninguém sabia que seria a última vez que a maioria deles seria vista com vida, e eles não
faziam ideia de que estavam participando do próprio cortejo fúnebre enquanto iam para o
baile. Maddie não passou de um bode expiatório, inocente e maliciosa ao mesmo tempo, o livro é sensacional, uma sobrenatural que você como cético se recusa a acreditar igual uma cidade em 2014 onde ainda se passeia com a bandeira dos confederados, uma cidade sulista segregada, uma menina que é ensinada a abominar sua própria identidade como se sua negritude fosse algo demoníaco a ser temido
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Jani.ribeiro 05/11/2023

Uma releitura de carie a estranha, só que nessa releitura a gente tem assuntos mais tensos como o racismo escancarado que a personagem e os outros personagens negros sofrem, uma história rápida bem fluída...eu esperava que alguns personagens tivesse outro final mas tirando isso foi uma boa leitura.
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melzinhols 04/02/2024

Queria poder dar 3.8, mas não é possível. eu gostei do livro, é o meu primeiro contato com a autora, e achei que ela sabe escrever um bom suspense. fiquei vidrada e completamente curiosa com o desenrolar da história. dito isso, o livro causa incômodo em muitas partes e eu acho que era pra ser assim. o pessoal dessa cidade é terrível, babacas r*cistas malditos, terríveis. agora o romance.....não tinha para que, se eles tivessem ficado amigos, teria sido mais convincente, o desenvolvimento não convence e toma tempo do livro que poderia ter sido aproveitado com o desenvolvimento da própria maddy......ou da história da própria mãe dela, e uma possível amizade entre ali e maddy poderia ter sido muito melhor aproveitada.......o final é bom, mas senti falta de algo a mais. um dos pontos que mais gostei foi o podcast e as entrevistas, com ctz dá um toque mais dinâmico e diversificado
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Gabfrx 02/05/2024

Previsível
A leitura do livro é bem fluída, tinha tudo pra ser um livro realmente bom, mas depois da metade do livro ele se torna 100% previsível a ponto se tornar chato.o final é tipo: maddy ta viva? 00:00 te conto
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