Gabyh 22/06/2023
TUDO PRA MIM!
Ler esse livro é uma experiência COMPLETA! E todo mundo que tem vontade de ir para a Parada deveria ler essa belezinha!
Ao invés de citar pontos gerais, eu vou fazer o que essa obra prima merece: um dossiê de cada conto!
Começando pela MARAVILHA que foi o conto dê Lolline!
Primeiramente, eu já sou apaixonada por tudo que ê Lolline vier a escrever, afinal quem tem a capacidade de escrever "Entre Livros e Fios Dourados" tem a completa capacidade de ac4bar comigo. Esse conto é perfeito para abrir a antologia! Ver Déb enfrentando sua ansiedade e indo até a maior Parada LGBTQIAP+ do MUNDO por conta da sua namorada e por conta das RebuMinas é uma aventura que te deixa feliz (porque não tem como não ser feliz num evento desses) e nervoso, por conta da saúde de Déb. É tão fofo ver como Laura, sua namorada, tem absolutamente tudo planejado para que Déb possa ter o melhor dia de sua vida, sem se preocupar tanto com a sua ansiedade, fobia social e afins. O jeito como esse casal funciona exala tanto uma vibe saudável, sabe. Se for para eu namorar um dia, que seja exatamente desse jeitinho. No final, eu gostei de ver que o que era para ser uma missão "ver namorada, aproveitar as RebuMinas e não passar mal" virou uma missão mais para dentro de si, uma missão sobre enfrentar o que te impede de ter um dia feliz, mesmo sendo uma das coisas mais difíceis, principalmente porque envolve saúde.
Lolline fez um excelentíssimo trabalho, e eu espero que um dia elu também consiga ter coragem (e saúde, claro) de se enfiar nessa festa tão animada!
"Nada poderia dar errado nos próximos dias se eu tivesse aquele abraço."
Esse segundo conto, escrito pela perfeita da Lethycia, é o puro suco do humor. Não pensei que logo depois de um começo tão emocionante eu iria estar me segurando para não rachar o bico. O dia da Alana foi tão caótico e tão aleatório que eu não sabia se sentia pena, choque ou se só ficava rindo que nem uma abestaIhada. Primeiro que ir pra rolê sozinho já não é fácil, de quebra você resolve deixar tudo na mão de Deus, e pelo visto ele é um ótimo comediante. Para completar, a menina ainda me paga um mico e VIRALIZA, coitada KKKKKKKKKKKKKKK.
É claro que o romance repentino é uma grande graxinha e uma grande surpresa, porque a essa altura do campeonato eu tava esperando no mínimo que ela fosse tropeçar e derramar cerveja em alguém. Porém, ver que no meio de tanto caos ela achou uma certa calmaria em alguém do passado só mostra que a vida é isso mesmo: dedo no **, muita gritaria e uma calmaria no final.
"Era a nossa festa, a minha festa. E eu estava ali para ser feliz."
O terceiro conto é simplesmente EXTRAORDINÁRIO! A Bruna fez um trabalho IMPECÁVEL, e olha que essa é a primeira publicação dela (já começou acertando)!
Muito bom ver uma história com uma família que apoia e incentiva a protagonista a ir atrás dos seus sonhos, ter uma família que acolhe é tudo de bom. E essa família então, nem se fala, quando se tem uma amizade com a mãe, o pai e/ou irmão(s) é a melhor coisa do mundo! Não bastando tudo isso, ainda tem uma TRADIÇÃO DE DECLARAÇÃO AMOROSA EM PÚBLICO! Porque afinal, se você já tem o "não" o que custa ir atrás da humiIhação? V:
A Talita e a Dandara tem uma química de outro planeta! Mesmo havendo aquela insegurança, aquela desconcertada ao receber um flerte indireto e pensar "pena que foi só na brotheragem", é lindo ver elas passando um tempo juntas (principalmente depois de uma pandemia). É claro que a melhor parte foi a declaração em público! Sei nem como a Talita conseguiu, eu facilmente teria preferido me j0gar do trio do que falar num microfone (e olha que eu já cantei em um KKKKKKKKKK), mas é claro que tudo fica bem, porque os deuses estão sempre do lado do povo animado!
Esse conto é alegre, divertido, pura comédia e muita, MUITA boiolagem!
"-- Seria cedo para um eu te amo?
-- Para sáficas, acho que não.
-- Eu te amo.
-- Também te amo."
Sim, o quarto conto é o meu preferido porque o casal principal é recifense, como adivinhou?
Eu sempre quis ler algo da Mirela, e começar a devorar toda a carreira dela nesse livro foi a minha melhor escolha. Se tem uma coisa que eu amo é sotaque nordestino, melhor ainda sendo recifense, eu me sinto completamente em casa! De quebra eu me vejo muito na Clara, principalmente sabendo que ela foi "motivada pela força do 0dio" para ter um futuro que ela gostasse, e todo mundo que é motivado pelo 0dio tem o meu respeito.
Clara e Maju são uma dupla belíssima, tanto profissionalmente quanto romanticamente. Toda pessoa que se fecha para relacionamentos sérios merece alguém que trocaria o mundo por você, já que ela também faria isso, e ver essa dinâmica entre elas é lindo. De quebra, há aquela famosa incerteza clichê de flertes que ambas pensam "é só na brotheragem", o que eu não sei se me fazia rir ou me deixar mais aflita pensando "meus deuses tá TÃO na cara, COMO QUE ELAS NÃO PERCEBEM?".
Esse conto foi esplêndido, não poderia esperar menos de uma autora tão talentosa (e de quebra da minha terrinha).
"Só me resta uma opção: me jogar em seus braços."
O quinto conto é simplesmente uma fofura. Primeiro porque tem criança fofa, segundo porque tem família que apoia e incentiva, terceiro porque tem mulheres emocionadíssimas se apaixonando. Esse conto é tudo que eu imaginei que a Brenda poderia me propôr: amor, acolhimento e muito sentimentalismo.
Eu tive um surto de fofura lendo sobre a filha da Brida, fiquei com vontade de am4ssar aquela graxinha, e saber que os pais da Brida a apoiam só me deixou mais ainda com o coração quentinho.
Eu achei o encontro da Brida com a Cléo muito repentino, foi muito do nada, mas acho interessante como isso mostra que nem sempre o amor da sua vida vai aparecer quando a luz estiver perfeita num ângulo que a deixe extremamente mais bonita. O amor da sua vida pode literalmente aparecer pela primeira vez caindo de cara no chão V:.
Não tenho nenhum direito de julgar a Brida por não ter ideia do que fazer em São Paulo, do jeito que eu sou perdida meu único plano seria sobreviver até voltar. Fico MUITO feliz que ela acabou encontrando a Cléo e que ela foi basicamente uma guia para a coitada da Brida. Inclusive, não tinha ideia que o nome dela fazia referência a uma obra do Paulo Coelho, eu definitivamente preciso ler mais coisas dele. Vou parar de falar porque se não daqui a pouco tô contando a história inteira de tanta emoção.
Definitivamente o final me surpreendeu, não esperava que a Brida ia aproveitar nesse nível a Parada, mas fico feliz por ela, afinal sabe-se lá quando a felicidade vai bater de novo na sua porta!
"Aliás, por que estava pensando nisso? Só porque uma mulher linda estava de papo comigo?"
É claro que o sexto conto precisava ser envolvendo diretamente uma RebuMina. Eu já estava ansiando por alguma história com elas envolvidas mais diretamente, então esse conto da Ingra foi pura alegria!
Eu tenho que admitir, cortou um pouquinho o meu barato quando envolveu c1g4rro (não sou a maior fã, desculpa), mas obviamente isso não deixa a história menos boa.
Eu adoro o clichê de "vou trabalhar com uma banda, mas não sei nada sobre ela", a pessoa tem a sorte de trabalhar com alguém famoso e não sabe 1/5 do básico, é muito bom KKKKKKKKKKKKK. Melhor ainda é ver que seu romance do passado é da banda, só melhora KKKKKKKK.
Brincadeiras à parte, foi muito interessante ver mais uma vez um lado da parada: temos o lado das pessoas que vão para se divertir, dançar e por aí vai; e temos o lado mais profissional, em que o maior foco é em trabalhar e organizar tudo para nada dar errado durante a parada. Eu definitivamente não tenho condições de trabalhar com evento, capaz de eu ter um d3rr4me no meio do negócio.
É claro que não dá para deixar de citar os burburinhos sobre a relação das RebuMinas entre si, e como eu acho uma falta de respeito você perguntar isso, principalmente com um tom não tão bom. Beleza que se tem a curiosidade, mas tentar invadir a privacidade da pessoa não é legal.
Aqui temos mais um casal que conquista corações. Uma coisa muito interessante (e que se repete em todos os contos) é que mesmo em tão poucas páginas, nós conseguimos nos envolver com os casais de uma forma impressionante. Parece que eu li um livro de 300 páginas sobre cada um e eu preciso do casamento de cada para ONTEM. É maravilhoso isso! Só mostra o quanto que essa antologia é muito bem feita.
De uma forma meio interessante, eu terminei esse conto com mais orgulho. Não sou lésbica, mas sei lá, parece que eu sinto mais orgulho de mim depois dessa experiência de leitura.
"Estar em cima de um trio elétrico enrolada na bandeira lésbica ouvindo cinco mulheres fodas cantando sobre amar outras mulheres era libertador."
Pelo amor dos deuses, que conto PERFEITO para fechar a antologia! Luana caprichou DEMAIS escrevendo essa obra prima!
Primeiramente, temos uma protagonista RECIFENSE! MDS EU AMO MEU PAÍS PERNAMBUCO!
Segundo que a dinâmica da Alice e da Aruna é MARAVILHOSA! Eu gosto demais da trope "grumpy X sunshine", e eu entendo que a Aruna tava mais recuada por pensar X coisas da Alice, mas essa dinâmica delas no início me deixou tão Q8QBEHX6WEMBQKA9WN. Elas são tão LINDAS juntas e funcionam TÃO BEM! Alice é MARAVILHOSA, que mulher INCRÍVEL! Animada, uma auto estima enorme (mas não maior que o cabelão dela), uma energia contagiante e um profissionalismo excepcional! Ela não deixa um fio de cabelo na mão!
Juro, esse daqui disputa demais com o conto da Mirela... D4n3-s3, os dois são os meus favoritos. Tenho coração de mãe: sempre cabe mais um!
"-- Alice, pare de me olhar.
-- E por que você não para?"
"De todas as paradas do mundo" foi uma experiência que eu não tenho IDEIA se vou experienciar pelo menos 1/10 disso na minha vida. Eu preciso que o RebuMinas seja real (ou no mínimo que tenha um livro só delas).
EU AMEI TUDO ISSO!