Onde pousam os urubus

Onde pousam os urubus Andre L Braga




Resenhas - Onde pousam os urubus


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Aelita Lear 24/07/2023

Tanto o que falar...
Onde pousam os urubus tem muitas questões envolvidas, então quero enaltecer mais uma vez a escrita perfeita do autor, que consegue trazer esses temas de maneira envolvente e surpreendente. Há questões políticas, sociais, religiosas, sobre autismo... tudo abordado de uma forma tão incrível. Amei demais e recomendo a leitura!
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Fabiana.Windjaba 13/08/2023

Um texto criado para incomodar
Uma sociedade nos confins do norte do Brasil se torna independente, esse é o cenário para a ficção política de André L. Novamazônia é um país dividido, Londonésia, sua capital, têm tudo (será?), a ilha de Pouso Alegre, nada. E mesmo entre os miseráveis ilhenses há aqueles que são ainda mais miseráveis. A morte do presidente é o pano de fundo para o desenvolvimento da história.

A história de André me levou diretamente à relação entre a cidade do colonizado e a cidade do colonizador, de Fanon. Além disso, é impossível não se relacionar com questões do nosso tempo presente. Uma escrita feita pra incomodar
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Pedro 08/02/2023

Um ficção hiperrealista
Que livro incrível! Me faltam palavras para descrever a grandiosidade dessa obra.
Essa obra vai além de uma ficção política. Ela poderia muito bem representar o nosso, ou qualquer outro país com seus políticos que interesses próprios.
Durante a narrativa somos inseridos em um país fictício que vive sob um regime ditatorial com personagens bem construídas e uma narrativa única.
"Onde Pousam os Urubus" nos estrega um livro repleto de reflexões, que nos despertam diversos sentimentos. Com uma trama instigante e cheia de crítica social, onde cada personagem tem um papel fundamental culminando em uma história perfeita do início ao fim.
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Abduzindolivros 03/09/2023

é aquela velha história: no brasil nada acontece feijoada

A trama de ?Onde pousam os urubus? não se passa necessariamente no Brasil; logo após o fim da ditadura militar, rebeldes fundam uma nação no coração da floresta amazônica, separando-se do resto do país e instaurando o próprio regime centrado em uma figura substituída somente após sua morte, pelo próximo membro mais velho do partido. Trinta anos depois, contudo, Novamazônia será assediada para escolher seu próximo presidente através de eleições diretas.

Digo ?assediada? porque ambos os candidatos, Júnior Pedrosa (da situação e conservador) e Ophelia Marabaixo (da oposição, progressista) lançam-se na caça aos votos da população abastada da capital e dos pobres esquecidos em uma ilha, Não-Te-Vejo, depósito de lixo da nação. O que os dois fazem é assédio mesmo, encheção de saco, maracutaias de políticos que só são diferentes em algumas palavras dos seus discursos (mas a essência é a mesma).

Vemos isso logo de cara, e quanto mais adentramos aos jogos políticos pelo poder em Novamazônia, mais vemos que a pior sujeira não está no lixão na localidade de Não-Te-Vejo. Mesmo o único líder religioso da nação, Romualdo, encabeçando um projeto para ajudar as crianças carentes da ilha e tendo a aparência de alguém bem-intencionado, esconde segredos de corrupção. Ninguém escapa.

É bem semelhante à sujeira na qual chafurda nossa classe política, que muitas vezes só enxerga o pobre e o miserável como engrenagens para garantir mais dinheiro e mais poder. Tal semelhança entre a ficção e à realidade também se estendem ao fato de que as coisas só mudam na velocidade e consonância dos interesses de quem detém o poder. À população, os restos, e o avanço que é permitido por poucos, somente para manutenção da fidelidade do povo.

Os esquemas foram revelados pela garotinha autista, Carla, cuja falta de atenção e tratamento desencadearam uma série de sofrimentos a ela que expuseram muita podridão nas mãos limpas dos que nunca tocaram todo aquele lixo.

Esse livro é um prato cheio ? e fétido ? para todos aqueles que desejam se revoltar ainda mais. Se você acha que a realidade não é o suficiente, encare.
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Jeferson.Gomes 31/08/2022

ESTAVA OCUPADO RECICLANDO SEU LIXO. COMO LIMPAREI MINHAS MÃOS PARA VOTAR, ALÉM DAS POÇAS E RESPINGOS?
É comum andar pela terra batida e sentir o atrito dos buracos da vida. O cenário não está nos livros, folhas de papel encardidos.

A ilha é uma aventura com amigos. Ela é uma necessidade para os desnutridos, e os bichos que reviram lixos.

As histórias de exploração, descobertas e do rio, é um ato na superfície da Capital Estatal que vive no conservadorismo.

A democracia não está no voto. Ela é a "Compaixão" que se alinha ao ronco da barriga.

O tempo para ouvir, digerir e se expressar, está em cada gole de água, jogada da caminhonete que promete.

O desespero confia na palavra, sem a certeza das letras, da lousa e dos cadernos.

A vida é o existir para sobreviver. As cestas de lixo das casas, é o romance da fome na carruagem, dos reciclados e reaproveitados.

site: https://www.instagram.com/meuslivros.minhaleitura/
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Tathi (@Doidosporserieselivros) 02/05/2023

Olá queridos amigos leitores! Hoje venho aqui para compartilhar minha primeira leitura de maio, o finalista do sétimo prêmio Kindle , Onde Pousam os Urubus de @escritorandrelbraga .

??????????
Nessa trama conhecemos uma nação chamada Novamazônia , que acabou de perder seu presidente e veem nessa morte a oportunidade de após 30 anos, poderem ir as urnas pela eleição direta.
Conhecemos então os candidatos, seus interesses e até onde estão dispostos a descer para vencer.
E para um resultado positivo é necessário que se conquiste os votos de Pouso Alegre, o lugar onde literalmente se despeja todo o lixo da nação.
E é lá que conhecemos os melhores personagens do enredo.

?????????

Em onde pousam os urubus, o leitor mergulhará em uma ficção política de primeira, que trará também uma gama de personagens cheios de nuances, e interesses que vão fazer você refletir sobre nossa própria história.

Não posso deixar de falar de Carla, uma garotinha peculiar, com necessidades especiais, que nunca foi tratada ou diagnosticada e sofre com tudo que passa com as crianças que não a deixam em paz.

O enredo tem também algumas reviravoltas, e diálogos reflexivos que te prendem nas palavras, ávidos por sabermos mais.

O que mais me chamou a atenção foi o fato de o autor falar de coisas mais complexas da política, e o modo como moldam e manipulam o povo, sem tornar a escrita cansativa ou rebuscada, o que torna a leitura ágil e de fácil compreensão.

Onde Pousam os Urubus está disponível em formato físico e digital.

#premiokindle #ondepousamosurubus #melhoresdoano
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Carol 05/06/2023

Este livro é excelente, não só nas críticas políticas citadas no decorrer da história, mas na ambientação do país e na sociedade criada para o livro. Eu amei a escrita do André, ele consegue explicar de uma maneira fácil conceitos complexos que eu só fui aprender na faculdade de História, quando começa a descrever a sociedade e ele faz uma analogia certeira e ácida. Amo fazer leituras assim, admito que me prendeu muito, mas não pensem que a história é somente política. Os personagens são tão reais que você vai querendo conhecer e entender cada vez mais o que se passa na Novamazônia. Esta ficção política está mais próxima com a nossa realidade do que imaginamos, onde políticos não veem seus eleitores como pessoas e sim números e após as eleições voltam a ser esquecidos e negligenciados pelo estado. Ele faz a gente refletir sobre o nosso meio, nosso senso de coletividade e de olhar ao próximo. Recomendo muito esta leitura.
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Jefferson 12/02/2023

Excelente!
Olá, para você que me segue!?
Resenha #4?
Livro: ONDE POUSAM OS URUBUS?
Autor: Andre L. Braga?
Nota: ??????
?
?? É bom a gente sentir medo bom. Porque tem medo que só serve para nos fazer sofrer.??
?
Hoje vamos falar desse incrível livro do Andre, com esse titulo maravilhoso e que tem tudo a ver com a história.?
?
?Com a morte de seu Presidente, a população de Novamazônia, uma jovem nação, situada no coração da floresta amazônica, se vê numa inédita situação: pela primeira vez, em trinta anos, escolheriam um novo Presidente, através de eleições diretas.?
Dois candidatos disputam o cargo: Júnior Pedrosa, conservador; e Ophelia Marabaixo, progressista. Para vencer, um dos candidatos precisa conquistar os votos dos eleitores de Pouso Alegre, uma ilha fluvial, na qual o lixo da capital, Londonésia, é despejado.?
Na disputa por votos, Pedrosa e Ophelia se envolvem com figuras populares da Ilha: um líder religioso e o líder dos miseráveis que vivem do lixo. No meio da disputa política, uma menina com necessidades educacionais especiais, uma misteriosa criatura das águas e um segredo.??
?
Eu embarquei na leitura desse livro através de uma LC que, sinceramente, para mim não deu muito certo - (Aliás, nenhuma LC nunca dá certo para mim porque eu sempre fico para trás na leitura aí evito entrar no grupo de debate para não tomar spoiler!) ? mas, dando certo ou não, eu não consigo me arrepender de ter topado fazer a leitura dessa história incrível. Novamazônia, uma nação fictícia muito bem construída pela mente brilhante do Andre, exala realidade (muitas das vezes a nossa própria realidade) e nos sentir pertencentes àquele lugar, muitas vezes triste e difícil de se viver, mas ao mesmo tempo belíssimo pelas pessoas que ali habitam.?
?
É assim que eu quero finalizar, destacando os personagens muito bem construídos pelo Andre. Nessa história tem gente para você amar ou odiar (alguns a gente vai amando e odiando conforme os capítulos vão seguindo). A construção dos diálogos também é algo que eu me levanto para aplaudir, porque se tem uma coisa que me incomoda nos diálogos são as falas mecânicas, certinhas, bonitinhas, robotizadas... Sabe do eu tô falando? Já viu aqueles livros em que uma criança de quatro anos fala como um homem estudado beirando os cinquenta anos? Neste livro do Andre a gente percebe muito bem as diferenças nas falas, principalmente quando se trata de faixa etária, mas é interessante destacar as classes também.?
?
Recomendo demais esse livro, classificado como ?Política Literatura e Ficção?, um tema que geralmente eu não me interessaria em pegar para ler mas que reafirmou em mim uma linha de pensamento, que é a de achar a maior besteira do mundo achar que político A ou B será a salvação. Político não tem que ser venerado, aclamado ou idolatrado. Eles têm que nos venerar, nos servir... Seria bom se a população os colocasse em seu devido lugar.?
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bibliotecadamalu 24/12/2022

Sensacional!
Júnior Pedrosa e Ophelia Marabaixo disputam este cargo, um conservador e uma progressista. E para vencer um deles terá de conquistar os votos do povo de Pouso Alegre, uma ilha fluvial, onde também é despejado o lixo de Londonésia (capital). Em meio à essa disputa, os dois se envolveram com as pessoas mais poderosas da ilha, um Bispo e o líder dos que vivem no lixo. O que pode os ajudar, também poderá ser a ruína desses candidatos.

O autor escreveu com maestria uma obra exuberante que envolve uma personagem com autismo, o poder da igreja, críticas sociais e corrupção política. Nesse livro nós conhecemos personagens bem trabalhos, com um desenvolvimento impecável e que o Andre nos faz amar e odiar ao mesmo tempo. A realidade dentro da ficção, ou melhor, a ficção dentro da realidade.
Vocês estão prontos para conhecer onde pousam os urubus?

O livro está disponível para compra na plataforma Kindle e disponível gratuitamente para os assinantes do K.U. Este livro é um dos cinco finalistas da 7° edição do prêmio Kindle de literatura.
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Larissa Tabosa 07/01/2024

"Onde Pousam Os Urubus é uma ficção política. É sobre o poder pelo poder. É sobre sonhar com um mundo utópico, enquanto vivemos em um mundo distópico. É sobre acreditar em um mundo melhor, enquanto compactuamos com as engrenagens que movem o que há de pior no mundo. É, portanto, uma história triste, sobre uma realidade que insistimos em varrer para debaixo dos tapetes, para longe de nossas consciências".
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Kamilla Gabriela 14/01/2023

Onde pousam os Urubus é uma história densa, chocante, mas tão verossímil que assusta.

A história tem foco político onde a fome, a miséria e a ignorância predominam. A trama se passa 30 anos após um Golpe de Estado com o falecimento do Líder Maior. Pela primeira vez Novamazônia terá Eleições Diretas e é nesse cenário que acompanhamos a campanha de duas figuras políticas em busca da vitória.

Andre Braga é um escritor talentosíssimo. Notamos a cada página toda a pesquisa e o cuidado que ele teve com sua obra. Sua escrita é elegante e ao mesmo tempo brutal. O autor consegue explorar muito bem os personagens e a ambientação. Não é à toa que o livro é finalista do Sétimo Prêmio Kindle de Literatura!
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Filósofo dos Livros 22/07/2023

INTRIGAS POLÍTICAS E SOCIAIS: ONDE POUSAM OS URUBUS, POR ANDRÉ L. BRAGA
Olá, Amigos Filósofos Literários!

No universo da literatura nacional contemporânea, encontramos obras que vão além das páginas e nos envolvem em jornadas emocionais únicas. "Onde pousam os Urubus", a magnífica criação do autor brasileiro André L. Braga, é um desses cativantes livros que nos arrebatam desde a primeira página. Com uma escrita habilidosa e uma narrativa envolvente, Braga nos presenteia com uma história que transcende suas palavras, proporcionando uma profunda reflexão sobre a condição humana em busca do poder.

No enredo fascinante de "Onde pousam os Urubus", percebemos também uma brilhante ficção política, que mergulha de cabeça nos intrincados meandros da política e da sociedade. A ficção política é um subgênero literário que se destaca por explorar e criticar questões políticas e sociais através de uma narrativa fictícia.

Com astúcia, o autor utiliza o poder da ficção para alçar voos imaginativos e, ao mesmo tempo, expor reflexões perspicazes sobre governança, corrupção, luta pelo poder e as inextricáveis relações entre os personagens. Essa obra-prima de André L. Braga ultrapassa os limites da ficção política, instigando os leitores a refletirem sobre a natureza do poder, as consequências das ações políticas e os dilemas éticos que permeiam nossas vidas.

Ao ler a obra e sabendo que ela foi finalista da 7ª edição do Prêmio Kindle de Literatura, posso afirmar com certeza que André L. Braga foi injustiçado. Com a criatividade exposta no livro, "Onde pousam os Urubus" merecia o primeiro lugar. O autor habilmente se vale do cenário fictício para construir uma narrativa política intrigante, mergulhando-nos em um mundo onde as nuances do poder são exploradas com maestria. Cada personagem é uma peça fundamental nesse intrincado tabuleiro de interesses e motivações, revelando facetas obscuras da política e da alma humana.

A trama se passa em Novamazônia, uma nação que se desprendeu do território brasileiro. Após 30 anos, a região perde seu líder máximo e o presidente interino convoca eleições diretas pela primeira vez. Surgem dois candidatos de peso ao cargo presidencial: Júnior Pedrosa, conservador; e Ophelia Marabaixo, progressista. Na disputa pelos votos, os dois candidatos são capazes de tudo para vencer. A ficção foca nas ações de Júnior e Ophelia para obterem a vitória, mostrando intrigas, jogos de poder e decisões tomadas pelos políticos.

André L. Braga explora as motivações e personalidades dos líderes, bem como as consequências de suas ações para a sociedade em que estão inseridos. A grande disputa dos dois candidatos está em conquistar os votos dos eleitores de uma região pobre onde o lixo da capital é despejado. Na trama, os que foram sempre desprezados acabam se tornando o centro das atenções para angariar a vitória.

Paralelamente, acompanhamos a vida dos cidadãos comuns, suas lutas e aspirações, e como eles são afetados pelas decisões governamentais. Percebemos que o povo foi tão massacrado que, apesar de desejar uma vida de qualidade, tornam-se passivos em sua realidade. Nesse contexto, a obra de Braga adota uma abordagem equilibrada, combinando as ações dos políticos e do povo para criar uma narrativa mais ampla e complexa. A interação entre as figuras políticas e o povo mostra como ambos os grupos se influenciam mutuamente, mas a influência acaba sempre privilegiando os líderes e tornando a população cada vez mais sujeita à exploração.

Ao longo da trama, a figura da mulher é destacada, mas não é um reconhecimento genuíno de seu papel, sendo vista apenas como uma peça em um jogo para favorecer grupos privilegiados. A religião aparenta também ser valorizada, porém, também é usada como elemento-chave para garantir o poder de alguns. "Onde pousam os urubus" é uma ficção que nos conduz a reflexões profundas sobre os jogos de interesses e como as pessoas se tornam descartáveis a partir do momento em que deixam de ser vistas como fonte de ganhos.

Em suma, a obra de André L. Braga é uma leitura poderosa que nos desafia a repensar as dinâmicas políticas e sociais, ao mesmo tempo que nos envolve em uma trama emocionante e repleta de significados. É uma narrativa que ficará conosco muito além da última página, nos acompanhando em nossas reflexões sobre a sociedade e a natureza humana.

site: https://www.instagram.com/filosofodoslivros1975
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Vinicius.Canabarro 20/01/2023

Arrebatador
Onde Pousam os Urubus é o tipo de livro que te angustia pelos paralelos que cria com nosso mundo. Não é um exagero dizer que eu senti certo medo ao notar o tom profético da história... de tão crível que é!

O André sabe muito bem usar o eterno "flerte dos brasileiros com o abismo" a seu favor. Tanto que não conseguimos largar a leitura até o final, mesmo que isso nos parta o coração por diversas vezes!

É simplesmente incível!

site: https://www.instagram.com/vinicanabarro/
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beatriz 20/07/2023

A faca e o queijo
Iniciei essa leitura por conta de um influenciador literário e, obviamente, pela premissa do livro. Acredito que essa história tinha tudo pra ser absolutamente arrebatadora, mas não funcionou muito pra mim. Eu amo ler histórias nacionais com enredos bem diferentões e esse é exatamente assim, mas não me encantou.
É uma ficção política atemporal contada a partir da perspectiva de diferentes personagens.Temos duas chapas e um núcleo familiar que fazem essa história se desenrolar de forma alternada; ora evidenciando as teias políticas, ora evidenciando os conflitos familiares.
Os personagens são tridimensionais, sem dúvida, nenhum é genuinamente bom ou genuinamente mau, são muitas nuances que se desencadeiam diante do contexto em que vivem.
A leitura é bem forte até, pois é recheada de cenários e vivências muito reais e atuais, se misturando e tecendo críticas sociais que nos fazem refletir bastante. Gostei muito da ambientação e de como o autor mostra a questão da estratificação social e da ojeriza dos personagens mais abastados em relação aos que vivem em situação de miséria.
O livro trabalha de modo excelente a caracterização dos personagens, porque os políticos ficaram perfeitamente ilustrados na minha mente em decorrência da semelhança com os de fora do contexto ficcional.
Apesar de eu gostar muito dessa pegada de personagens complexos e com falha de caráter, não consegui me apegar à ninguém. A Carla, por exemplo, que na minha opinião era uma personagem que tinha muita coisa pra entregar por ser neurodivergente, não acrescentou em nada à história.
Para a minha experiência, a escrita apresentou alguns problemas como a repetição de termos e expressões. A cada duas páginas, eu estava lendo a mesma coisa e isso passava a impressão de que o livro andava e não chegava a lugar nenhum.
Algo que particularmente me incomoda é o excesso de textos e reflexões e, consequentemente, a falta de diálogos e ausência de uma dinâmica mesmo. A leitura foi entediante e não teve nenhum ponto alto de acontecimento ou um plot-twist, algo que eu gosto bastante.
Também senti que o livro retoma o tempo inteiro questões referentes à construção política da nação, sendo que foi algo explicado nos capítulos iniciais, mas há uma retomada excessiva dos fatos.
Achei que seria uma leitura que explorasse questões culturais e religiosas de forma mais aprofundada, já que fala bastante da relação da Carla com a Yaritza, mas isso não ocorreu.
De forma geral, não supriu as minhas expectativas, mas é uma leitura válida e com um enredo relativamente diferenciado do proposto no cenário literário atual. Recomendo a leitura pra que tenham diferentes experiências e opiniões!
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jovensilusoes@gmail.com 04/12/2022

Cuidado com o lixo que você cria
Quando a guerra pelo poder é sustentada por um jogo político interesseiro e perigoso, o lixo da corrupção extrapola o campo metafórico e vira uma suja e miserável realidade.

A narrativa nos faz mergulhar nas fétidas mentiras é manipulações que dois partidos políticos fazem para ganhar as eleições, lembrando-se só então da sofrida população de Não-te-vejo que tenta sobreviver em meio ao descaso, abandono e lixo daquele lugar onde pousam os urubus!

Quando a luta pelo poder é apenas pelo poder, as consequências podem ser extremas e o lixo criado pode até mesmo matar!
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