Morte em suas mãos

Morte em suas mãos Ottessa Moshfegh




Resenhas -


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João Vitor 19/04/2023

Quem é Magda?
?Seu nome era Magda. Ninguém jamais saberá quem a matou. Não fui eu. Aqui está seu corpo.?

quem é Magda e quem a matou será que isso é um tipo de pegadinha ou é algo que aconteceu mas cadê o corpo em que a frase se refere não deveria estar aqui e quem é esse Eu que se diz não culpado e como pode ter certeza e que ninguém vai descobrir por que isso veio parar aqui se ninguém caminha no meu bosque de bétulas quem é Magda e quem a matou?

É assim que fica a mente de Vasta Gul, uma viúva de 72 anos que se muda para uma cidade minúscula em busca de paz. Apenas na companhia do seu cachorro, Charlie, Vasta Gul passa seus dias em silêncio, com uma rotina monótona e infeliz ? mesmo que ela não se dê conta disso ?, até encontrar um bilhete em uma de suas caminhadas no bosque, um bilhete de um caderno pautado, preso no chão por pedrinhas pequenas e pretas. Ninguém anda por lá e ela estava na manhã anterior, como ou quem deixou esse bilhete?
Assim, acompanhamos a obsessão de Vasta para tentar descobrir quem é Magda. A viúva começa a inventar histórias, como uma Agatha Christie, fantasiando o passado de Magda, sua vida, o passado do assassino, o passado do autor do bilhete. O looping de obsessão de Vasta por Magda é tão grande que faz essa garota/mulher se tornar sua única companhia, revelando a esse espectro seu passado conturbado com seu falecido marido. Vasta fica perdida entre a ficção e a realidade, tudo parece agora uma conspiração, um sinal, um plot cheio de personagens do mistério que ela precisa desvendar ? talvez o da sua própria vida?
Em morte e suas mãos, Ottessa continua afiada, brincando com o gênero de romance policial/mistério, e nos mostrando como algo considerado banal ou uma mudança de rotina pode afetar uma mente solitária em inquieta.

Escrevo sobre livros no meu insta: @jojoaaao
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Yasmin957 05/01/2024

Não é pra todo mundo, mas é bom
Muito diferente do que eu esperava! Achei original e diferente dos outros do gênero. Em muitos momentos fiquei em dúvida se o que a Vesta falava era real ou imaginário, e fiquei muito triste com o final. Não indicaria pra qualquer pessoa, mas acho que alguns tipos de leitor curtiriam sim
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Mari Pereira 26/08/2023

Um livro que parece ser sobre uma coisa e é totalmente sobre outra coisa rs.
Se estiver com o espírito de entrar na viagem da personagem, essa é a leitura perfeita!
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Sarah 10/12/2023

Que loucura foi essa???
É minha terceira leitura da autora, amei Eileen, me diverti com Meu Ano de Descanso e Relaxamento, mas Morte em Suas Mãos me deixou perplexa em diversos momentos.
O fluxo de pensamentos que Ottessa Moshfegh descarregou nesse livro é complexo em detalhes, são menos de 200 páginas pra dizer a verdade e ainda assim, tantos são os sentidos dessa história.
Uma senhora, atenta aos detalhes, tão atenta que tem fôlego de criatividade através de um simples bilhete, com informações vagas, sobre alguém que ela não conhece. Será que não conhece?!
O livro aborda de maneira bizarra o luto e solidão. Com afinco uma questão de sanidade que se converge em existencialismo, a vida é o grande tema quando se fala em morte.
Não amei o final, não amei o livro. Fiquei embasbacada com uma espécie de plot que vem logo nos primeiros capítulos, envolvida em tentar entender toda a aura de mistério ao percorrer a história, um pouco de Magda, muito de Vesta que é uma protagonista que pede amparo o tempo inteiro.
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bella 11/01/2024

Esse livro é diverso de interpretações desde o começo até o seu fim. Confesso que fiquei um pouco confusa no final e achei meio caótico, mas eu adoro livros assim então curti muito refletir sobre a história maluca de Otessa.
O livro conta sobre uma mulher de 72 ano, viúva, que se muda para uma cidade pequena e faz de sua casa um antigo acampamento de escoteiras. Já era rotina Vesta e seu cachorro Charlie caminharem sempre pela manhã no bosque, até que a mulher encontra um bilhete que dizia:

? Seu nome era Magda. Ninguém jamais saberá quem a matou. Não fui eu. Aqui está seu corpo?

Vesta, intrigada em resolver o mistério,tenta descobrir quem era essa garota, quem deixou o bilhete e quem a matou.
A trama não é óbvia e o final é o verdadeiro mistério da história.
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rosa328 27/01/2024

O cachorro.
Eu achei que o livro seria sobre desvendar um crime e que a história teria um criminoso, uma vítima um herói etc mas na verdade apenas fala sobre uma senhora solitária tentando superar o luto e falhando miseravelmente. Confesso que até agora não entendi o que foi o que ela inventou e o que foi real(isso se alguma coisa foi real), pois acho que magda morreu sim mas acho que o resto foi o que vesta alucinou.
A cena mais chocante pra mim e até mais macabra(??) foi quando após o cachorro à ataca-lá ela pensa ?Entendi que não havia ninguém no bosque, nenhuma ameaça externa. Era Charlie quem estivera me observando o tempo todo?.
Minha interpretação foi que, desde que a Vesta achou o bilhete ela mudou, e nisso Charlie percebeu isso, após ela mudar tanto e sua obsessão a controlar por tanto tempo Charlie já não a reconhecia mais, era uma ameaça, uma estranha.
Sinto que teria gostado mais do livro se soubesse que ele seria mais como um conto do que como um livro de suspense, porque fiquei esperando até o final para descobrir o que aconteceu com magda e não obtive uma resposta.
De fato ninguém saberá quem a matou.
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camb. 12/02/2024

Gosto da genialidade do livro e da proposta que se mostra evidente ao concluir a leitura; a solidão pode causar insanidade e o real e a ficção podem se mesclar, até chegar um momento onde não sabemos o quê de fato aconteceu ou o quê só foi criado na imaginação, e por isso eu dei três estrelas, mas sinceramente, não acho que esse livro foi para mim, talvez eu tenha começado com outras expectativas, achando que o problema ia ser solucionado e o mistério ia ser revelado, mas ao chegar nos últimos capítulos a percepção de que na verdade nada seria explicado já tava caindo sobre mim, mas eu já estava desapontada. De certa forma, é um livro interessante, tem uma proposta, só não é o que eu estava esperando, mesmo assim valeu a pena ler e conhecer a história de Vesta, uma senhora que claramente se lamenta pelo caminho que sua vida seguiu e esse sentimento de lamúria, arrependimentos e solidão a devastou e a fez perder a cabeça aos seus 72 anos.
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Camila 05/01/2024

Sufocante
É uma leitura diferente, exige empenho... Cansa. Os capítulos são longos, os parágrafos são enormes. Mas tudo faz sentido.
Assim é a maneira de se expressar de Vesta, a senhora viúva, protagonista da história. Ela vai morar em uma cidadezinha, numa área que foi um acampamento, somente com seu cachorro Charlie.
Ali, seguindo sua rotina nada divertida, ela se depara com um bilhete. E a história se desenrola a partir do que Vesta imagina que possa estar relacionado a este bilhete. Só imaginação?
Eu demorei a ler, a narrativa, os detalhes, são longos. Mas ao final, não poderia ter sido escrito de outra forma. Gostei muito.
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Manuelli.Luise 01/02/2024

Não sei
Não sei, realmente não sei o que pensar sobre esse livro. Sobre a escrita e a leitura dele: os capítulos são gigantescos, mas a escrita é fluida e compreensível. Otessa é ótima em deixar o leitor com vontade de trancar as portas e olhar por cima do ombro.
Acho que é um grande delírio de uma senhora solitária que encontra um bilhete tosco. Não tem como dizer até onde é real e o que é coisa da cabeça dela.
A leitura é valida? É, se vc quiser ler um romance angustiante. Querendo ou não, a curiosidade fica atiçada e o leitor chega até o fim.
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Yasmin O. 06/09/2023

Terceiro livro da Ottessa que leio e o meu favorito. Começou bem-humorado, um enredo absurdo com uma senhorinha pirando dentro da própria cabeça após encontrar um bilhete inexplicável no bosque, e tornou-se cada vez mais melancólico até o final. Iniciei rindo e terminei triste rs.

Adoro as personagens esquisitas da autora, e enquanto as dos livros anteriores, além de insólitas, tinham um quê de desagradáveis, achei a Vesta, nossa solitária heroína nesse livro, apenas adorável em sua paranoia. Amei, amei, amei.

"(...) A morte era como uma renda frágil e antiga, o bordado prestes a se separar da linda malha de fios, quase esfiapado, pendente, belo e delicado, prestes a se desintegrar. A vida não era assim. A vida era robusta. Teimosa. Muito difícil de reduzir a ruínas. Era preciso arrancá-la do corpo".
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Bela 19/05/2023

Perdida entre o real e o imaginário
Nesse livro, acompanhamos a vida da viúva Vesta Gul após mudar-se para outra cidade, onde viverá sozinha com seu cachorro Charlie numa cabana no meio do bosque. Em uma de suas caminhadas matinais, encontra um bilhete denunciando a morte de Magda, uma desconhecida até então.
Ao longo dos capítulos (que são bem longos, à propósito), Vesta cria incansavelmente cenários e acontecimentos relacionados a vida de Magda a ponto de confundir o leitor ? em diversos momentos, já não sabia quanto tempo tinha se passado na vida real, na cronologia dos fatos da história.
Acredito que exatamente essa confusão é a parte mais interessante do livro. Quando as histórias de Vesta e Magda se mesclam, se aproximam, e quando você já não sabe se o que está lendo é um fato ou uma ideia da narradora.
É o primeiro livro de Ottessa que leio e fiquei bem impressionada. Recomendo!
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ottessarevoc 25/05/2023

Que loucura
Ainda não entendi, mas amei. Acho que é uma das melhores coisas que a Ottessa Moshfegh escreveu e eu amei cada página.
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maria 06/08/2023

Esse livro é impressionante. com todas as letras da palavra, impressionante. ele é diferente, definitivamente algo que eu não esperava, um final que eu não esperava de jeito nenhum. a protagonista, afinal, só queria paz, ser amada corretamente, ser ouvida, ser alguém importante para alguém, o que nunca aconteceu, já que seu marido a tratou daquela forma. ela é tão sozinha que sua imaginação cria companhia para a vida dela com apenas um bilhete. um bilhete encontrado e ela já consegue pensar em vidas inteiras relacionadas a esse bilhete, que poderia ter sido inclusive, uma mera brincadeira dos vizinhos. esse livro é fantástico e me surpreendeu.
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