Marcos5813 26/02/2024
Esta grande ficção!
"O Estado é a grande ficção, através da qual todos se esforçam para viver às custas de todos."
Frederic Bastiat é um dos grandes pensadores liberais do século XIX. Em seus tratados e ensaios, critica duramente a importância do Estado na vida dos cidadãos, que não deveria ir além de garantir o direito a vida, a liberdade e a propriedade. O grande pacto social, materializado nas Cartas Magnas das diversas Nações, ou por leis esparsas de caráter constitucional, como no Direito Consuetudinário Inglês, cada vez que cria um direito, logo depois cria uma obrigação, muitas vezes em forma de tributos, para "garantias" dos novos "direitos" adquiridos pelos cidadãos. No entanto, Bastiat não é um anarquista, e reconhece que o Estado, como citado acima, deve garantir um ordenamento aos fatos sociais que implicam nessa tríade, para assegurar os exercícios cívicos na plena satisfação dos anseios de um indivíduo.
No meu humilde entender, a não ordem se realiza quando se supõem, a priori, dos limites da conduta de um indivíduo e, portanto, do que é previsível. Uma utopia, nos dizeres de Bastiat, é sempre algo delegado a outros, e não como parte das ações de quem elabora. Assim, toda falta de ordem carece de representação e fortalece as famigeradas utopias, de que nada mais são que massagens no ego de seus idealizadores.