spoiler visualizarFrancy Pyller 06/07/2023
De pedaços em pedaços vamos nos montando
Tive que ler o livro para um trabalho, confesso que comecei a ler sem muito conhecimentos prévios. Logo o primeiro contato/leitura foi confusa, só fui até a metade do livro.
Mas...
Após uma roda de conversa com a professora, o livro começou ficar mais claro. A leitura não é difícil, mas ela tem suas nuances, sua escrita, sua proposta inovadora que normalmente não estou acostumada.
Então...
Fui para a 2° leitura, e assim as coisas foram se encaixando, os fragmentos, as memórias da autora e de sua família nos mostram tantas coisas, um passado que aos nossos não foi retratado como deveria, ou melhor nos foi negado, apagado, assim temos que catar pedaços e pedaços para compor nossa história, que infelizmente muitas vezes é marcada pela dor.
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Aline Mota conta sua história, à partir da história dos seus, mas não linearmente ou apenas com textos, essa artista mistura um pouco de tudo(conto, imagens, reportagens, diário, etc.) para ir ao passado e assim vamos montando o pedacinho que é ela, que foi a mãe dela.
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Ao final da leitura fiquei um pouco sem fôlego, pela mãe da autora. Tantas coisas foram ditas em pequenos pedaços de papel, em pequenas frases que não tem como voltar ao começo do livro e lembrar que também somos frutos dos nossos antepassados.
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Enfim, a leitura é curta, mas profunda, com vários espaços vazios e cheios que nos dizem muito, a autora intercala o texto verbal, com o visual. Ela preenche e esvazia. É um livro para refletir e com certeza eu preciso de uma 3° leitura, mas desta vez com o meu próprio livro e não emprestado (rsrs), para assim eu "rabiscar" e mergulhar ainda mais no texto.
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Boa leitura, leitores!
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Ah...talvez você estranhe um pouco no começo, mas de uma chance ao livro. Acho que vai valer a pena! ???