Resenhas - Razão e Sensibilidade

Iris 05/12/2022

Perfeito e Realista: Um jogo de amor versus interesse
A Jane é, sem dúvidas, uma mulher à frente do seu tempo. Com uma escrita sagaz e, por vezes, irônica, ela descreve a sociedade inglesa como ninguém. Razão e Sensibilidade é o segundo livro que leio da autora e sinto que já posso me considerar uma admiradora dessa escrita potente. Sobre o desfecho das personagens, acredito que não teria final melhor do que esse, tendo em vista, claro, o desenvolvimento de ambas as protagonistas.

Luisa lamega 09/11/2022

O livro fala sobre duas jovens, as senhoritas Dashwood, Elinor e Marianne.
A primeira é o símbolo da razão na história, sendo assim a mais madura e racional da narrativa.
Ja Marianne é totalmente sentimental e irracional. Em cada fala dela é possível perceber quão sentimental ela é.
As duas personalidades das garotas nos traz uma observação muito interessante sobre a vulnerabilidade das mulheres na época: Elinor preocupada com os outros e por propriedades sociais está mal equipada para competir com outras mulheres egocêntricas como uma das personagens, Lucy Steele. E Marianne em seus próprios sentimentos se torna mais perigosamente suscetível aos desígnios de homens sem honestidade.

Além dessas duas principais personagens existem outros que não possuem uma descrição tão detalhada ou então são um pouco misteriosos com o intuito de que a gente não saiba o que estão pensando e como é a sua personalidade, como é o caso de Willoughby, um homem que entra na vida de Marianne e que pelo narrador se subentende que os dois estão comprometidos porém nada é deixado muito claro sobre isso e sobre seu caráter. Ele aparece repentinamente e vai embora se muitas explicações.
Falando também sobre Willoughby entramos em uma crítica que está presente no livro e essa personagem também está envolvida: a crítica à sociedade inglesa da época, onde o mundo girava em torno do dinheiro e os homens ao se casarem estavam muitas vezes mais interessados em suas fortunas do que na mulher em si, - uma crítica que nos fala sobre o egoísmo e o egocentrismo presente nos homens da época e em muitos homens da sociedade atual também - ainda existem casos a parte na história e tais personagens são altamente criticados por suas respectivas atitudes .

O livro em geral é muito bem construído e pensado em todos os detalhes, desde a construção das personagens - que eu acho que foi o principal da mensagem da história - até a narrativa em si.
Eu amei o livro e acho que ele traz muitos ensinamentos até sobre os dias atuais quando ainda vemos tantos homens que ainda vivem nas crenças do machismo e a base do egoísmo. Serve como lição sobre o quanto o dinheiro é importante para a sobrevivência mas também que o mundo não gira em torno dele.
Um livro necessário para o mundo!

Eulália Vitória 14/10/2023

"Não preciso de sílabas onde as ações falam tão claramente."
Consideravelmente bom, me sinto uma palhaça, porque errei os casais e não desconfiei de nenhuma das revelações feitas, talvez uma, mas enfim... Esperava que Elinor casasse com o coronel Brandon? Sim, mas o marido dela não é detestável. Não tenho muito a falar só que gostei do livro.

Myllena 14/01/2023

O que eu mais gostei no livro é a forma como a Jane escreveu o mundo real sem romantizar e nos mostrando quais as consequências de nossas escolhas.
Esse livro mostrou a ingenuidade e a ganância dos homens e a fortaleza de muitas mulheres.
Eu achei lindo, a escrita não é fácil mas depois que a gente começa a gostar dos personagens a leitura flui.

Debora.m.s 01/05/2024

Gostei muito!
No começo eu pensei que não iria conseguir me apegar ao livro, tanto que comecei 3 vezes até realmente me envolver com a leitura. Estou em um período de muito trabalho, então o cansaço me atrapalhou um pouco de me concentrar nos diálogos.

Como em outros livros, Jane Austen traz várias críticas a sociedade da época, em que o dinheiro e as aparências importavam mais que a verdadeira felicidade.

As irmãs Dashwood, as mocinhas da história, não possuem fortuna ou conexões aparentemente importantes. Apesar de ambas serem bondosas, não poderiam ser mais diferentes em personalidades. Enquanto a irmã mais velha, Elinor, é sensata, séria, centrada e possui um autocontrole invejável em praticamente todo o livro, a Marinne é espirituosa, impetuosa, muito intensa com seus sentimentos e emoções, o que acaba fazendo com que ela sofra muito ao longo da narrativa.

Alguns personagens eu comecei detestando, mas depois mudei minha percepção, como a sra. Jennings. Outros eu detestei do início ao fim, como o John e a Fanny Dashwood, irmão mais velho e cunhada da Elinor e Marianne.

Enfim, mais um livro da Jane que nos faz refletir muito como era a vida naqueles tempos, como a sociedade limitava a vida das pessoas, principalmente das mulheres e quais traços ainda podemos perceber nos dias atuais.

Giovana 29/09/2022

Me apaixonei
O primeiro livro q le da Jane e me apaixonei demais. No começo achei a leitura difícil pelo conflito de vocabulário, mas é tudo questão de costume

naaascimento 11/03/2024

"Razão e Sensibilidade" é uma obra clássica da literatura inglesa escrita por Jane Austen, que explora as complexidades das relações humanas, especialmente no contexto das convenções sociais da Inglaterra do século XIX. A história gira em torno das irmãs Dashwood - Elinor, a irmã mais velha, racional e reservada, e Marianne, a irmã mais nova, emocional e impulsiva.Através das experiências das irmãs Dashwood, Austen aborda temas como amor, casamento, classe social e o papel da mulher na sociedade. Elinor representa a razão e a prudência, enquanto Marianne personifica a sensibilidade e a paixão. Suas personalidades contrastantes e as maneiras como lidam com o amor e as adversidades oferecem uma reflexão profunda sobre a natureza humana e as escolhas que fazemos em nossas vidas.A narrativa é repleta de diálogos afiados, humor sutil e observações perspicazes sobre a sociedade da época. Austen tece uma trama intricada, cheia de reviravoltas inesperadas e personagens secundários interessantes, que contribuem para a riqueza e a profundidade da história.Além disso, "Razão e Sensibilidade" é uma crítica às injustiças e às hipocrisias da sociedade da época, especialmente no que diz respeito às restrições impostas às mulheres. Austen oferece uma visão subversiva e progressista das questões de gênero, ao mesmo tempo em que celebra o poder do amor verdadeiro e da resiliência humana.
No final, "Razão e Sensibilidade" é uma obra-prima da literatura que continua a encantar e inspirar os leitores com sua representação vívida da vida e dos relacionamentos na Inglaterra do século XIX. É uma história atemporal que ressoa com pessoas de todas as épocas, lembrando-nos da importância de encontrar o equilíbrio entre razão e emoção em nossas próprias vidas.

tamaraa.vi 02/11/2023

Um mergulho na sociedade da época
A leitura não é difícil, eu diria que é intermediária. Primeira leitura da Austen com o 1° livro dela, e posso dizer que foi uma delícia de ler. A história no meio para o final fica repetitiva, porque não há novos personagens, mas isso não é um empecilho.
Eu amei acompanhar Marianne e Elinor, suas jornadas em busca de um casamento que as tirassem da pobreza. Elas enfrentam dilemas como possíveis rivais e homens libertinos (Willoughby, estou falando de você), tudo isso junto à ironia de Austen, criticando a sociedade.
Único ponto negativo seria o final. Não consigo acreditar que Marianne esteja realmente realizada, além de um breve capítulo falando sobre Elinor e Edward. Quando a glória finalmente chega às irmãs, o livro acaba de maneira repentina.

Jamille Santos 25/01/2024

Razão e Sensibilidade
A perspectiva da história muda quanto mais você amadurece. Lembro- me que gostei muito dessa história quando li pela primeira vez. Agora achei algumas atitudes dos personagens tão egoístas e super erradas. Ninguém constrói sua felicidade em cima da tristeza de outra. E fingir gostar de uma pessoa e manter ela no seu círculo de amizade é completamente inaceitável na minha opinião. Tudo bem que a época era outra, mas mesmo sabendo disso, o incômodo foi real.

Emily 10/03/2024

Elinor e Marianne, sua almas que se completam
É incrível como Elinor e Marianne são tão distintas, mas ao mesmo tempo se completam tanto!
Marianne é muito emotiva, ela se entrega a dor e gosta de lamentar sobre si mesma, mas que bom que ela tem Elinor, que a ajuda e a faz a primeira de sua vida, esquecendo de si própria.
Não sei dizer se gostei mais desse ou de Persuasão. Acho que os dois são únicos e incomparáveis. Concerteza indicarei e falarei muito sobre.