@vcdisselivros 18/11/2022Potencial desperdiçadoO QUE VOCÊ PRECISA SABER
° Antes de morrer, os pais de Hellen dividiram os bens de modo que os três filhos fossem agraciados com algo. Ela ficou com a bela casa vitoriana construída pelo pai, famoso arquiteto, em Greenwich Park. Rorry, assumiu o escritório de arquitetura da família e toca os negócios com o marido de Hellen. Enquanto Charlie, o irmão mais novo, ficou com todo o dinheiro.
° De longe a vida de Hellen parece ótima, ela está grávida novamente e para dar certo dessa vez ela tira licença maternidade do trabalho a fim de se dedicar e reduzir o ritmo conforme orientação médica.
° Hellen fica ansiosa para o primeiro dia de aula do curso pré-natal, espera o marido enquanto assiste aos outros casais na sala, mas o mesmo não aparece. Serena, esposa de Rorry que também está grávida, prometeu que iria ter essa experiência com ela, mas desistiu em cima da hora.
° Sozinha em meio aos estranhos, Hellen fica reclusa, mas uma grávida espalhafatosa chega desacompanhada e disposta a fazer amizade com Hellen, já que as duas são as únicas mães solo na sala.
° Em um primeiro momento Hellen não quer ser vista com Rachel, a jovem que fuma, bebe e demonstra pouco interesse pela gravidez não parece ser uma companhia para o momento. Ao mesmo tempo, Hellen se sente tão sozinha, que não percebe quando Rachel começa a se aproximar mais da vida dela, forçando encontros com todos de seu convívio e se infiltrando cada vez um pouco mais.
° Fica claro que Rachel quer algo, mas quem é essa pessoa que pouco fala e muito ouve a fim de descobrir todos os segredos de Hellen e da família?
POR FIM
O livro de estreia da jornalista Katherne Faulkner tem muito potencial, principalmente por abordar um ambiente pouco explorado, uma sala pré-natal e o momento tão íntimo que você divide com esses estranhos estando no mesmo espaço.
A obra funcionaria melhor com menos páginas, o dia a dia de Hellen chega a ser um tédio e a ingenuidade dela ultrapassa todos os limites, essa realmente precisa ver para crer, fora isso tudo passa despercebido.
Ela é uma protagonista fraca, sem voz ativa, zero de personalidade e facilmente manipulável, uma personagem que não sustenta a trama, bem como o restante da família, indigesta ao ponto do leitor não se importar com nada do que acontece com eles.
Greenwich Park lembrou uma leitura antiga que fiz (A última festa), foi boa enquanto durou, mas não lamentei o término, me despedi desejando adeus e boa sorte.