A cidade de vapor: Contos reunidos

A cidade de vapor: Contos reunidos Zafón




Resenhas -


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Livrendo 27/07/2023

Porque sou apaixonada demais!!!
A prosa é envolvente e cheia de descrições peculiares, típicas de Zafón, para quem o amanhecer “ensanguenta de escarlate o horizonte”. Os temas explorados são igualmente angustiantes: a injustiça do destino, a fugacidade da vida. As histórias se conectam não só pelo tom taciturno, mas também pelo cenário: Barcelona, cidade pela qual o autor era apaixonado. Ao contrário do comum retrato feito da “cidade de prodígios”, assim chamada por Eduardo Mendoza em seu livro homônimo, a Barcelona de Zafón é um tanto nebulosa e deprimente. Enquanto viajamos pelos séculos, a cidade passa por momentos sombrios, como a chegada da peste e os bombardeios da Guerra Civil Espanhola.

Fotografia em preto e branco do rosto de Carlos Ruiz Zafón, homem branco, calvo, com óculos de aros redondos e barba curta.
Carlos Ruiz Zafón viveu em Los Angeles e teve sua obra publicada em mais de 50 idiomas. [Imagem: Reprodução/Twitter]
Alguns dos contos são mais extensos (como O Príncipe do Parnaso, com quase cinquenta páginas), mas a maioria tem cerca de dez, e O apocalipse em dois minutos mal ocupa duas páginas. Mesmo assim, independentemente de tamanho, Zafón comunica solidão e desespero em suas histórias; faz críticas à sociedade e hipocrisias de seu tempo, e homenageia algumas das mais emblemáticas figuras espanholas.
O livro tem um potencial emotivo imenso. Uma senhorita em Barcelona é de uma solidão particularmente desoladora. A adolescente Laia tem o talento de se transformar em outra pessoa a partir de uma foto. Assim ela satisfaz desejos de clientes desafortunados e que perderam a sua pessoa amada; pessoas que não a querem de fato, mas sim quem ela finge ser. Homens cinzentos mostra a degradação e o sofrimento nos quais Barcelona se submergiu com as sucessivas crises que viveu, com descrições bárbaras. Blanca e o adeus, que inaugura o livro, pode ser a mais misteriosa e delicada das narrativas sofridas. O jovem David Martín, protagonista de O jogo do anjo, vive uma paixão pela triste figura misteriosa de Blanca.
Gente, só afirmar que tudo de Zafon me prende do inicio ao fim, e o que eu mais queria era que mais manuscritos com obras guardadas de sua autoria, fossem achados e revelados a nós leitores.


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Re Nader 06/03/2023

O clássico nunca sai de moda
Zafon não erra... ou não errou ?
Escreveu com muito estilo todos os livros. Suspense, amores profundos, histórias imensas tão envolventes quanto pequenos contos.
Tudo estava amarrado nas suas tramas. Tudo tinha aquela sensação de ser observado, paredes tem ouvidos, cidades escondem histórias, construções tem coração... e alguns seres humanos... não.
Nesse compilado de contos, dá para relembrar melhores momentos de outros livros e se assustar com novas histórias.
Não é uma leitura leve... Mas para quem é fã, não se esperava menos.?
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