Anna Carolina 22/04/2017
"O que você me mostrou não é a maldade dos pobres, é a pobreza dos pobres."
Tem um artigo na revista mexicana Nexos que levanta a seguinte questão:
"Ler "O Pequeno Príncipe" e outras histórias do tipo pode nos ajudar a sobreviver? Existe, deveras, evidência mensurável, obtida a partir de testes criados exclusivamente para responder a essa pergunta, de que é possível mudar algo em nós ao ler um conto, uma novela ou qualquer outro gênero de ficção? Se, suponhamos, algum ex-governador acusado de corrupção, em seu período de gestão, lesse "Morir en el Golfo" - ou, no mínimo, "A pobreza e a humildade levam ao céu", dos irmãos Grimm -, teria ele roubado menos?"
(http://www.nexos.com.mx/?p=29998)
Conclui-se, ao longo do texto, que, sim, a ficção ajuda a desenvolver a empatia. Se isso é o bastante, porém, para mudar determinadas ideologias, ou interferir significativamente no comportamento do político corrupto, por exemplo, não dá pra atestar.
Num cenário otimista, A Santa Joana dos Matadouros pelo menos nos pouparia daquela capa maravilhosa da EXAME (cof, cof https://www.facebook.com/Exame/videos/10154909915298953/?hc_ref=NEWSFEED).