nandagilmore 06/01/2022
Romance de segundo plano
!!A nota de verdade é 2.65??!!
mas eu resolvi arredondar
Quando me deparei com esse livro, eu esperava uma comédia romântica fofa bem clichê mesmo, mas o foco do livro não é esse. Na verdade, a personagem principal (Eliza) é uma menina do segundo ano do ensino médio que quer o cargo de editora chefe no jornal de sua escola. Ela acaba perdendo para um garoto com menos experiência, mas que tem mais carisma. Eliza fica indignada (com razão) porque ela trabalhou por muito tempo no jornal com objetivo de ganhar o cargo, e o Len, que chegou recentemente ganhou por nada. Ela associa isso com o machismo, que em meu ver esta certo, porque quando um homem dá ordens chamam ele de chefe, mas quando uma mulher dá ordens, ela esta sendo mandona. Por isso, ela levanta essa pauta para os estudantes e muitos discordam mas alguns entendem seu ponto de vista. O que me incomodou muito é como Eliza e seus colegas tem certeza que o feminismo que eles pregam inclui todos, mas a questão é, ele não inclui. O feminismo liberal exclui diversas mulheres (trans, pretas, etc) e falar que isso é a solução, esta completamente errado. Incluir as mulheres no sistema capitalista não vai acabar com a opressão, com o machismo, pois o preconceito esta interligado com o capitalismo. Uma das coisas mais absurdas que eu li no livro foi que a Eliza acha que gostar de um garoto te faz menos feminista, o que faz zero sentido. Ela também não gostava de se arrumar por que ela achava que isso reforçaria o machismo(?). Porém, acabei concordando com alguns dos problemas que o livro abordou, como o quanto as pessoas demonizam as mulheres quando elas transam/beijam mas parabenizam os homens. O romance de Len e Eliza é bem raso e apressado, queria que eles tivessem se comunicado mais antes de toda confusão no jornal da escola.
Tinha muitas expectativas e elas não foram atingidas, o livro não é terrível, mas eu não gostei, não recomendo e não leria de novo.