Resenhas - Aprender a Falar com as Plantas

Monique | @moniqueeoslivros 13/10/2021

Aprender a falar com as plantas
{Leitura 25 - 2021}
Aprender a falar com as plantas - Marta Orriols

Um dos livros mas sensíveis que já li, Aprender a falar com as plantas conta a história de Paula, uma médica especializada em UTI neonatal, cujo marido, Mauro, a abandona para viver com outra mulher, e horas depois morre em um acidente.

Paula lida com o luto duplo, já que foi deixada subitamente pelo seu companheiro duas vezes. É uma história sobre como se reerguer depois de uma inesperada mudança na vida.

Há muitos simbolismos aqui, nenhum elemento é inserido ao acaso. O trabalho de Paula é vida, ao passo que ela lida com a morte. As plantas cultivadas por Mauro vão morrendo, pouco a pouco, conforme a raiva vai dando lugar à saudade de ser quem era.

Não subestime Paula na sua leitura: ela é apenas uma mulher tentando entender por que não pode controlar tudo, por que a vida muda de repente. Leia esse livro se colocando no lugar dela, e você vai entender por que ela age como age.

Anne 06/09/2022

Perdas e Solidão
Paula é uma médica neonatóloga de 42 anos que vê sua vida entrar no olho do furacão quando seu companheiro joga a notícia de que está a deixando e em seguida sofre um trágico acidente.
Ela luta então para enfrentar um duplo luto em segredo, tentando encaixar as peças e sobreviver ao golpe da traição e da perda incomum que acaba de sofrer. É como se seguisse às cegas se debatendo em cada parente que tromba, sem saber lidar com a nova realidade e ainda, sem entender. Sem entender como alguém simplesmente não está mais lá, como continuar, como se enxergar como pessoa e como mulher depois da bomba.
A leitura pode ser massante para a maioria dos leitores, como vi muitas opiniões sobre o livro. Talvez por uma questão de humor e momento, achei fluída e até bastante interessante. Aprendi muito com Paula, sua dor e solidão. Senti ainda a urgência de celebrar a vida, de cuidar e apreciar genuinamente os que estão aqui, como não poderia deixar de ser após um leitura de solidão tão marcada.
Essa não é uma leitura que recomendo a todos. Mas para quem procura algo sobre perdas e solidão, com certeza seria a minha indicação.

Ju Duarte 27/01/2022

Um livro lindo e profundo sobre luto e traição. Ao longo do texto é possivel perceber o reencontro da personagem consigo e como a vida pode sim continuar.

Mariana 19/10/2021

Aprender a falar com as plantas
Um livro que serpenteou entre curiosidade, interesse, tédio, raiva, empatia, respeito, compreensão e finalmente ENCANTO. Marta Orriols despertou todos esses sentimentos, com a escrita descritiva demais por vezes da Paula, uma mulher de 40 anos neonatóloga que fica viúva pouco depois de o marido lhe avisa que vai trocá-la por outra. Uma mulher que busca ardentemente se recompor.
" - Quando uma criança nascem com um estado tão grave, é tão importante lutar pela sua vida como não fazer isso. É tão importante saber salva- lá como deixá-la morrer. - E eu me recompus
Página 220

Adriana Scarpin 20/10/2021

Isso é o que chamo de livro que exala maturidade. Apesar de ser o primeiro livro de narrativa extensa que a autora lançou, Orriols tem um domínio muito maduro da narrativa, assim como seus personagens tem uma consciência da própria maturidade de forma sensível e indelével. O livro é sobre todo tipo de luto que atravessamos na vida, seja a morte de pessoas próximas, seja o fim de um relacionamento, nossa protagonista também tem um tipo de luto a mais com o qual a maioria das pessoas não precisa lidar: o luto da perda de pacientes, um outro tipo de sentimento de perda que soa ainda mais desamparado porque permeado pela culpa.
Um belo livro. E o aprender a falar com plantas é um ato bem mais sutil do que poderíamos imaginar.

Erika 20/10/2021

Aprender a falar com as plantas.
Premissa Boa. Estava bem ansiosa para o livro chegar e começar a ler.Porém esse livro Não funcionou para mim. Achei cansativo e um pouco entediante.

Letícia 26/01/2022

Profundo e pesado.
Este é um livro sobre o luto, sobre lidar com a morte e a dor, com a decepção. Também é um livro sobre recomeçar, errar e reconhecer, sobre se reerguer.
É um livro sobre dar tempo ao tempo, sobre preservar aquilo que há de bom e se reencontrar.

São muitas camadas e vale cada página. Recomendo bastante a leitura!

Thay 18/10/2021

minha primeira experiência da tag. não posso dizer que foi horrível, foi razoável. Não consegui me identificar com a personagem principal, achei ela bem esnobe, tratava algumas coisas como
inferiores, sempre esperando o pior de todo mundo. A história em si não seguia uma linha cronológica muito clara e a impressão é que não existe um começo, meio e fim. Termina sem mais nem menos, sem um ponto final que de entender o que vai acontecer dali pra de frente, parece que a autora só ficou cansada e resolveu parar. No geral a escrita é boa, ela flui, tem bastante frase de efeito. Infelizmente, não indicaria.

Su 14/11/2021

Aprender a falar com as plantas - Marta Orriols
"Da cama, olho para a sacada abandonada. Foram morrendo todas as plantas. Como você fazia, Mauro? Regá-las não deve ser o bastante. Você falava com elas. Não fazia isso abertamente, nunca na frente dos outros. Você dizia que falar com as plantas era um ato íntimo e transformador, um ato de fé para aqueles que não acreditam em milagres. Levanto, respiro e anoto na lista: "Aprender a falar com as plantas"."

Rick Shandler 28/05/2022

Aprender a falar com as plantas - Marta Orriols
Aprender a falar com as plantas é sobre o luto de Paula pela perda de sua mãe. Paula descobre que está sendo traída e será abandonada por seu companheiro que no mesmo dia morre. Entretanto, o duplo luto provocado por Mauro não é o centro do livro, é apenas o estopim para que Paula reflita sobre sua vida e aí sim consiga se resolver com seu real processo de luto, o luto pela sua mãe.

Paula é complexa, intensa, falha, sensível. Totalmente verosímil e irresistivelmente bela. Somos tragados por Paula e compelidos a dividir com ela sua dor, sua paixão, sua plenitude.

O duplo luto por Mauro joga Paula em um abismo de sentimentos contraditórios. Ao ser arrastada a esse luto ela se vê obrigada a olhar para dentro de si. Assim como faz com o neonato que nasce sem respirar, Paula revira seu âmago em busca de um suspiro de vida. Na morte ela procura vida.

Sua tentativa inicial de continuar a cuidar das plantas de Mauro mostra-se infrutífera (negação). Odiar Mauro e buscar em outros braços vingar-se também não resolve (raiva). A tentativa de entender melhor o que realmente aconteceu ao falar com a amante também não foi suficiente (barganha). Apenas quando vive a pleno seu luto é que ela é capaz de encontrar-se.

Para superar os lutos de Mauro, ela precisa primeiro superar o luto de sua mãe. Paula não aceitava ser vista como a criança que perdeu a mãe. Ao mesmo tempo ansiava por mais carinho de seu pai. Tudo isso gerou reflexos em Paula que se tornou um pessoa fechada, ?durona?.

Paula não queria se admitir viúva de Mauro porque em um primeiro momento ela não queria nem se admitir órfã de sua mãe. Só quando ela enfrenta seu luto com sua mãe ela é capaz de resolver seu duplo luto com Mauro. Da depressão à aceitação.

Paula aceita-se órfã de mãe e viúva. Ela não precisa de Mauro, ela não precisa de sua mãe, ela não precisa que Quim, ela não precisa ter filho, ela não precisa casar. Ela segue amando Mauro, e seguirá o amando. Ela atinge a maturidade de entender a magnitude e a complexidade do que eles tiveram. É como diz a música: ?é sempre amor mesmo que acabe?. Ela finalmente segue em frente.

Thais.Carvalho 19/10/2023

Uma história que fala sobre o luto e todos os sentimentos que fazem parte dele, a raiva, o medo, a vergonha... Paula perde seu companheiro em um acidente, logo após ele terminar o relacionamento por causa de uma amante. Na trajetória do luto e em seu trabalho a vida e a morte estão sempre próximas e Paula vai aprendendo a continuar a vida.

Marcelle 17/10/2021

Difícil
Gente, que dificuldade eu tive pra terminar esse livro. Achei muito chato. A capa, o cheiro e o mimo são lindos, mas pqp que personagem chata.

Desculpa pelo desabafo.

Ricarda Caiafa 20/11/2021

Recomeços
Paula e Mauro vivem uma vida comum de casal, com suas rotinas. Paula, lida diariamente com a vida e a morte. Médica neonatologista, ela cuida de bebês que muitas vezes pesam menos de quinhentos gramas e que lutam diariamente para sobreviver.

Até que chega um dia em que seu marido Mauro sofre um grave acidente e então Paula é quem passa a lutar diariamente para sobreviver ao luto, à raiva, aos seus questionamentos.

Ao ser ver sozinha no mundo, Paula passa por diversas reflexões, dificuldades, mas sim, sobrevive, e mais que isso, vive. Talvez por suas crianças, talvez pelas plantas, talvez por si mesma. Mas vive.

Laryssa 05/02/2022

A personagem desse livro está tão confusa, ressentida e angustiada quanto eu. Por problemas diferentes, claro, mas s angústia que ela passa me identifiquei. As vezes precisamos expor nossas indignações e tristezas. Foi um livro libertador.

Amy 21/10/2021

"Me pergunto como posso guardar sua lembrança intacta e de uma maneira justa." Um livro sobre luto e como conseguir seguir em frente.