Resenhas -

Tassia.Neves 25/01/2022

Maravilhoso.
Uma dualidade entre passado e presente. Um local paradisíaco como a Ilha de Chipre também carrega tristezas e traumas de uma guerra. Sensacional a presença da natureza nessa livro, tão encantador e profundo ao mesmo tempo. Final surpreendente.

Mi 04/03/2024

Demorou pra ficar bom mas ficou
Esse livro até a metade eu quase parei de ler umas 50 vezes, por causa que tem POV da árvore. tava me irritando muito e muito papo de botânica/animais que não tinha nada a ver com a história. depois da metade a história começou a melhorar e tomou outro rumo totalmente, muito melhor do que o que eu achei que o livro era sobre. a segunda metade do livro eu devorei, quase chorei várias vezes com a melancolia e a narrativa. o final eu gostei bastante também.

romulorocha 21/07/2022

The island of missing trees, de Elif Shafak - 10/10
Elif Shafak é uma romancista turca, com suas obras traduzidas para cinquenta e cinco idiomas. O romance de Shafak "10 Minutes 38 Seconds in This Strange World" foi selecionado para o Booker Prize e o RSL Ondaatje Prize, selecionado para o Dublin Literary Award e escolhido como o Livro do Ano da Blackwell. "The Forty Rules of Love" foi escolhido pela BBC como um dos 100 romances que moldaram nosso mundo. "The island of missing trees" é o seu mais novo livro.

The island of missing trees se passa em Chipre entre os anos de 1970 a 2010. Defne (de nacionalidade turca) e Kostas (de nacionalidade grega), são dois jovens que conhecem em uma taverna recém inaugurada pelos amigos Yiorgos e Yusuf. Ali, os dois começam uma história de amor, que além de proibida, por serem de nacionalidades diferentes, será marcada por uma guerra civil, separação forçada dos dois e por alguns segredos, os quais somente uma sábia figueira que repousava sobre a taverna será testemunha.

Com certeza "The island of missing trees" foi o melhor livro que li em 2022 até agora. Achei incrivelmente brilhante a forma como a autora trouxe a narrativa de uma árvore para a história, e como a fez contracenar com os outros personagens, de forma a roubar toda a cena. A história é narrada por dois personagens, um em terceira pessoa e o outro pela figueira. E para vocês terem noção de como a figueira rouba a cena, eu ficava por vezes esperando a vez da figueira narrar, só pra ouvi-la contar o seu lado da história. Sério, terminei o livro apaixonado por essa figueira, ela é fofa demais.

Observei também uma ligação interessante da perspectiva antropomórfica do livro com o "Só os animais salvam" da autora australiana Ceridwen Dovey. Mas sem dúvidas, em The island of missing trees, Elif leva essa realidade a outro nível.

Por favor, leiam este livro!

Trechos do livro:
"O amor é a afirmação ousada da esperança."
"A tristeza é para a alma o que um verme é para a madeira".
"A verdade é um rizoma – um caule de planta subterrâneo com brotos laterais. Você precisa cavar fundo para alcançá-lo e, uma vez desenterrado, deve tratá-lo com respeito.""
"Uma árvore é um guardião da memória. Emaranhados sob nossas raízes, escondidos dentro de nossos troncos, estão os tendões da história, as ruínas de guerras que ninguém veio vencer, os ossos dos desaparecidos."

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