Resenhas - Uma Rosa no Concreto

Priscila 11/09/2021

Me surpreendeu
Recebi no turista literario de agosto e confesso que não esperava muito, porém me surpreendeu. A autora consegue nos prender e envolver na história do início ao fim, é impossível não rir e chorar com os personagens.
Fiquei sabendo que é do mesmo universo de O ódio que você semeia, com certeza pretendo ler ele!

Bia 17/12/2021

Angie Thomas não erra
Avisos de gatilho: racismo, violência, abandono/negligência familiar

Eu quis ler esse livro desde que vi sobre seu lançamento. Maverick foi um dos personagem que mais me intrigou e me conquistou em “O Ódio que Você Semeia”, e fiquei super empolgada pra ler um livro contando a história dele.

Gosto muito dos personagens no geral, mesmo que muitos tenham me irritado, todos são bem aprofundados e marcantes. Meu carinho pelo Mav só aumentou com essa leitura, ele é um protagonista admirável, assim como seu desenvolvimento.

A escrita é muito fluida e a maneira como a narrativa é construída nos prende muito na história. Eu ficava querendo saber o que ia acontecer, como as coisas iam se resolver, e várias vezes não conseguia largar o livro. Os acontecimentos provocam muitas emoções e, quanto mais a história anda, maior se torna nossa conexão com ela e com os personagens.

Acho que o que eu mais gosto nesse livro (nos livros da Angie Thomas no geral) é que ele não retrata nada mais que a realidade. Personagens reais que não são perfeitos, em situações reais que não são (nem de longe) perfeitas. Esse livro traz a realidade de muitas pessoas pretas e pobres e mostra como a vida pode ser cruel, mas, mesmo que no final nem tudo tenha se resolvido e ainda haja problemas, a autora ainda traz um toque de esperança. Por mais que seja um livro triste e forte, eu me diverti em diversos momentos.

Foi um livro marcante e senti muitas emoções lendo. Chorei de tristeza, raiva e emoção. A escrita é muito boa, consegue transmitir os sentimentos do Maverick muito bem, o que só faz aumentar nossa conexão com o personagem. Foi uma leitura triste, mas foi linda também. Eu sinto que sempre aprendo muito lendo os livros da Angie, espero ler mais obras dela no futuro.

Iavinia 30/01/2023

long live the rose that grew from concret when no one cared.
Foi muito bom voltar pro mundo de ?the hate u give? e saber de forma detalhada a jornada de Maverick (que viria ser pai da starr).
Devorei esse livro em dois dias, trouxe muitas reflexões acerca de gravidez na adolescência, os esteriótipos da sociedade do que se espera em um homem preto ? que muitas vezes é reprimido de sentir emoções para não ser taxado como fraco no submundo. angie thomas mais uma vez conseguiu mostrar a realidade periférica e como um acontecimento pode alterar toda a vida de uma pessoa, além de trazer suas clássicas referências ao tupac que durante a leitura se tornaram mais reflexivas.
Maverick é um personagem muito forte, sensível e batalhador; foi muito incrível acompanhar o amadurecimento dele durante a leitura, sendo pai, sendo namorado e até filho. Eu daria 7 estrelas pra esse livro se pudesse (pois como o mav disse ?Sete é o número perfeito).

Gabriel1994 31/05/2022

Tenha fé porque até no lixão nasce flor
O Ódio que Você Semeia foi um livraço digno do filme que aconteceu. Na Hora da Virada é um livraço que merece um filme e Uma Rosa no Concreto é um livraço que não deixa a desejar em nada!

Uma Rosa no Concreto se passa no gueto e por mais que tenham suas diferenças a voz da periferia é universal e muitas das coisas ditas nesse livro, servem de referência para muita coisa que eu vi e vivi.

Mas de qualquer forma esse universo criado pela Angie Thomas é maravilhoso e todos os personagens são memoráveis, difíceis de se esquecer e ficam no nosso coração. O Mav eu gostei de cara quando li O Ódio que Você Semeia e ler um livro DELE é uma nostalgia muito bacana!

O livro conta as dificuldades e perrengues na periferia estando nas ruas, fazendo parte de uma gang e sendo pai muito cedo. Aqui vemos a evolução e crescimento do Mav como homem, pai e pessoa. Uma Rosa no Concreto reafirma que existe uma luz no fim do túnel. Sempre tem uma forma de florescer novamente e que devemos ser como as Rosas e crescer independente das adversidades. Não é fácil crescer com um pai ausente, morar em um lugar onde a desigualdade é presente e os meios e refúgios para os problemas e as soluções são lugares ruins e é extremamente difícil ser pai jovem e aderir esse choque de realidade e tomar uma postura pra seguir em frente, invés de simplesmente correr e deixar as custas da mãe.

Uma coisa interessante no livro também é como Angie trabalhou esse lado da Paternidade. A importância de se fazer presente e os perrengues que um pai nas condições de Mav pode enfrentar.

Angie Thomas pela terceira vez para mim foi perfeita! Um livraço que guardo no coração e virou um dos meus favoritos! Mav é um personagem muito bom!

Um livro digno de 5 estrelas favoritado! Recomendo muito!

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Nem tudo são flores (contém trocadilho) e eu preciso abrir um adendo aqui! Teve algo que me incomodou no livro e gostaria de manifestar. Durante a leitura a tradução me deu nas coxas muitas vezes e algumas palavras me deram uma afastada durante a leitura porque eu percebi de cara que tal expressão ou forma de falar não condizia com a proposta urbana e periférica do livro. Algumas gírias e expressões "censuradas" ou "Gourmetizadas" não encaixaram com a proposta do livro.

Pesquisei porque me recordo vivamente dos dois primeiros livros da autora que eu li e percebi que mudaram a tradutora. Regiane traduziu O Ódio que Você Semeia e Na Hora da Virada maravilhosamente bem, já Thaís Britto, só não foi mais genérica porque a revisão não deve ter deixado. Você não precisa viver 10 anos na favela em um barraco para situar-se com as gírias. Basta simplesmente perguntar para um jovem ou alguém que vive na quebrada é simples. Seria útil e de ajuda para algumas partes não ficarem tão genéricas como ficou "Meu Chapa" (Quem usa isso???)

Mas de qualquer forma o livro é perfeito!!

Luiza Helena (@balaiodebabados) 21/08/2021

Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/
Em O Ódio Que Você Semeia, conhecemos Maverick Carter como pai da Starr. Aqui em Concrete Rose, vamos conhecer um Maverick Carter de 17 anos que se descobre pai de repente, além de lidar com o seu futuro incerto, a gangue que participa e um desejo de vingança.

Quando Angie anunciou a história de Mav, eu não sabia que precisava tanto de algo sobre o passado dele. Comparando os dois Mavericks, é ao mesmo tempo difícil e fácil comparar o Mav do passado com o Mav do presente. Enquanto Mav do presente é um homem que aprendeu com seus erros, o Mav do passado é justamente um jovem um pouco inconsequente que está aprendendo com suas atitudes impensadas.

Quando Mav se vê tendo que ser pai e cuidar integralmente de Seven, ele se vê perdido como muitos jovens que são pais novos. Por sorte ele conta com uma boa quantidade de pessoas que o ajuda, mas sempre relembrando de sua nova responsabilidade: a vida e bem estar do seu filho. Inclusive as cenas entre pai e filho são as coisas mais fofas do mundo.

Porém, do lado de fora de sua casa, a situação é outra. Sendo filho de uma lenda da gangue do bairro, Mav sente que é o seu dever continuar com o legado do seu pai, mas agora tendo uma criança para cuidar ele começa a repensar se vale mesmo a pena ficar na proteção dos King Lords.

Maverick é o tipo de personagem que erra tentando acertar. Ele vê sua mãe trabalhar dois empregos para sustentar a casa, agora com uma boca a mais. Ele vê seu próprio sustento não ser o suficiente para ajudar sua mãe e manter seu filho. Ao mesmo tempo que Mav tem decisões imaturas, estúpidas e bastante erradas para ganhar dinheiro, você consegue entender e sentir toda a motivação por trás delas. O principal de tudo: ele sabe que esse caminho pode fazer com que ele termine como seu pai, mas ele não aguenta mais ver o seu esforço e o esforço da sua mãe não ser bem recompensado.

Durante a leitura eu fiquei pensando em quantos Mavericks (homens ou mulheres) que existem por aí. Pessoas negras e pobres, que fazem de tudo para viver uma vida honesta e dar exemplo para seus filhos, que estão todo dia lutando e vendo que seu esforço não o suficiente. É fácil para nós, que temos uma casa sobre nossas cabeças e comida na mesa, julgar porquê jovens como Maverick e suas decisões, mas é difícil se colocar em seu lugar e analisar todas as razões que o levaram até aquele ponto.

Outro ponto que gostei muito foi ver a relação de Mav com Lisa, sua futura esposa e mãe de Starr. No outro livro, sabemos que a relação dos dois ficou bem balançada com Mav tendo filho com outa garota. Aqui Angie desenvolve o relacionamento dos dois de um ponto de vista que eu não esperava, mas que também é possível visualizar o casal que conhecemos na história da Starr.

Os personagens secundários também são bastante importantes na história e na formação do caráter de Mav. Há também várias referências de personagens que já conhecemos em O Ódio que Você Semeia. E a cereja do bolo é um baita crossover que ocorre com um livro da Nic Stone (Cartas Para Martin) que por essa eu realmente não esperava e me deixou super surtando horrores.

Concrete Rose já teve seu lançamento no Brasil anunciado pela Galera Record e deve sair no segundo semestre.

site: https://www.balaiodebabados.com.br/2021/01/resenha-631-concrete-rose-angie-thomas.html

Rê Vaz 29/05/2022

Tão intenso e tenso
Esse livro é muito difícil de ser lido sem que vejamos tantos exemplos próximos. É muito real e muito mais quando se viveu uma adolescência tendo que fugir dos padrões impostos pelo meio em que se vive. Nem sempre a história da nossa vida é escrita pelo que escolhemos para viver, o meio em que vivemos influência em muitas escolhas que resolvemos ter.
Mav é um adolescente que um dia sua vida seguia normal e tudo mudou quando se viu pai e se descobriu pai sem ter as mínimas condições financeiras e práticas para ser, mas teve que ser assim mesmo. Parece que quando uma situação começou a acontecer, foi uma atrás da outra. Momentos tristes porém reais foram cenários para o desenrolar e desenvolvimento desse livro tão intenso.

Anny 08/01/2023

Uma rosa no concreto
"Para todas as rosas que brotam no concreto, continuem florescendo"
Eu amei e chorei muito com esse livro. Ver como a Angie retrata a realidade de pessoas pretas/periféricas é tão forte. Ver a realidade de outras pessoas, se colocar na história, deveria ser algo que todo mundo deveria fazer pelo menos uma vez. E esse livro é uma ótima forma de fazer isso. Conheci mais sobre o Mav e ver a aparição de outros personagens como De Vante, Khalil e King foi incrível, faz a gente voar pra o ódio que você semeia e tudo se completa. A forma q o Mav lida com a paternidade na adolescência, a relação com os pais deles e a relação dele com o tráfico (uma forma que ele viu de ajudar sua família) foram assuntos muito importantes a serem tratados, pois faz com que se crie uma visão, conscientização e empatia maior sobre esses temas, além de ser um choque de realidade. Ver ele se reerguendo, seguindo o que o dre queria pra ele mesmo isso significando ter que trabalhar um pouco mais e abrir mão de certas coisas foi lindo. Esse livro é um despertar para abrirmos nossas mentes para outras realidades, vivências e entender que não são todas as pessoas que possuem as mesmas oportunidades, que muitas vezes elas vão para um caminho que já lhe é condicionado, muitas vezes fazem de tudo para ajudar a família, ou pelo menos sobreviver. Mas quando lhe é dado uma oportunidade, elas agarram. É um exemplo de perseverança. E eu realmente desejo, para que todas as rosas que brotam no concreto, continuem florescendo.

Vi | @dulcevibooks 02/04/2023

Angie Thomas não erra!
Eu já sabia que ia gostar muito desse livre pois: Maverick ??

Esse livro se passa antes de ?O ódio que você semeia?, então conseguimos entender alguns pontos melhor.

Os personagens são incríveis, a história é ótima, eu ri várias vezes, mas também chorei (nada de novo).

Só achei que alguns pontos poderiam ter sido um pouquinho mais desenvolvidos, mas a leitura foi MARAVILHOSA!

iammoremylrds 21/02/2022

uma leitura intrigante, estimulante, de bastante importância, com uma escrita muito fluida e única, além de abordar temas de extrema importância com muita responsabilidade, uma leitura essencial

Victor Hugo 29/11/2021

Não favoritei, mas...
Desde que eu soube que esse livro seria lançado, eu simplesmente explodi o meu hype. Depois de ter amado "O Ódio que você Semeia", um novo livro dentro desse universo, e ainda por cima contando a história do "Big Mav". Isso só podia ser um sonho.

Comprei o livro na pré venda. E depois que chegou eu mal podia esperar pra ler.

Pois bem, nesse livro conhecemos um jovem Big Mav (na época, ainda Lil Don). Cometendo seus erros, e sendo um adolescente comum de um bairro periférico. Entendemos um pouco melhor como a dinâmica das gangues funcionam, a hierarquia dos King Lords, assim como sua rixa com os Garden Diciples. Tudo estava "indo bem" na vida dele até que seu mundo vira de cabeça pra baixo quando ele descobre que de repente tem um filho.

Foi legal entender nessa história um pouco melhor sobre como Seven foi concebido e as problemáticas envolvendo isso.

No geral, o livro é muito bom. Tem uma pegada leve e envolvente como todos os livros da autora. Mas eu tinha outras expectativas sobre a história.

Esse livro foi muito mais focado na paternidade. Na transformação que o Maverick teve de ter de um adolescente comum, para um pai responsável pelo sustento de seus filhos. E isso não é ruim, mas eu esperava ver mais sobre suas escolhas como membro de gangue. Queria ter visto como as escolhas erradas o levaram a ser preso e assim por diante.

No final, eu senti que essa história foi muito mais feliz do que a de "O Ódio que você semeia". E não é que eu gostaria que fosse triste. Mas eu esperava um pouco mais de drama. Principalmente pq o ambiente no qual Mav foi criado, era muito mais hostil do que o da Starr.

Enfim, foi uma boa leitura. É livro recheado de pequenas referências sobre o primeiro livro e que com certeza te deixam com o coração quentinho.

Gostaria de falar que a Angie Thomas trabalhou de forma muito fofa representatividade LGBTQIA+ dentro desse livro. E por fim, destaque para o personagem do Dre, o primo do Mav. Sem dúvidas um dos meus personagens favoritos.

yass 25/11/2022

angie thomas é a melhor que nós temos! ?
esse livro foi o livro que mais me senti abraçada, incrível em todas os sentidos?divertido, sério, importante, triste e fantástico! me senti em casa lendo esse livro e óbviamente me vi representada, que saudades de ler livro em que eu me via nos personagens em questão de aparência?isso é tão importante me deixou feliz e talvez foi por isso que tive esse sentimento de que esse livro virou meu lar. os personagens são incríveis e a história é tão imersiva e é incrível ver o passado do mav, vê como ele foi amadurecendo e como as coisas do seu passado refletem no futuro (em o ódio que você semeia) de formas positivas.

obrigada angie thomas por esse presente você não imagina o quanto sua escrita é importante ??

Ana Vizentim 11/11/2022

Um livro necessário
Apesar de ter gostado mais de O ódio que você semeia, esse é outro livro necessário da Angie... Realmente não sabemos nada do q os pretos do subúrbio passam... temos muito que rever nossos conceitos.
Imagino o quanto deve ter sido difícil para o Maverick tomar as decisões q tomou!!!

Sharinha1 28/10/2023

Um livro que vale muito a pena ser lido!
A autora escreveu uma história totalmente envolvente, que aborda assuntos importantes e que muitos ignoram.
Uma rosa no concreto, faz uma crítica sobre como é a situação das pessoas afetadas pela desigualdade social e os perigos que rodeiam quem vive diante da violência.
Achei esse livro incrível, e recomendo mto!!!

ana 03/04/2023

To SUFOCADA
ler a história do maverick, pai da starr, me deixou sem ar. ver o tanto de coisa que ele tem que lidar aos 17 anos é desesperador, parece que ele nunca tem paz, coitado.
achei muito boa a leitura por ter o ponto de vista dele de uma situação que as pessoas vendo de foram com certeza julgariam muito. mas a gente entende o porquê das decisões dele e os conflitos internos.
gostei muito do livro, a leitura super fluida (li um capítulo depois do outro sem cansaço e tinha vontade de voltar a ler quando precisava parar), mas prefiro ?o ódio que você semeia? e achei o final corrido demais, parece que tudo ?se resolveu? de uma hora pra outra e eu esperava ver um pouco mais da história dele e da lisa.
um ótimo livro!