Resenhas - Não sou uma boa garota

Le ;) 06/11/2022

Todo mundo precisa de um terapeuta?
Uma história intensa, e acredito eu, muito real na nossa sociedade. Um assunto muito importante de ser colocado em palavras? tanto na visão da adolescente como na visão dos pais. Ambos precisam ser ouvidos. Não é um livro com muita ação mas mesmo assim bem envolvente. Fica bem claro nele, o quanto nós precisamos de terapeuta. Hahaha
Vale a pena a leitura.

arebecalopes 17/02/2024

Um livro sobre superação
Quando comprei esse livro, não esperava que ele fosse ser tão bom assim, uma leitura fluida, com acontecimentos muito marcantes. Apesar do nome ser ?não sou uma boa garota? a Mia só passou por muitas coisas ruins, o que para mim, não a faz uma pessoa ruim. Simplesmente incrível, no final do livro ficamos com vontade de uma continuação. Qual será o futuro de Mia?? Parabéns a autora, incrível!

Lina DC 28/08/2021

Extraordinário e sensível!
"Não sou uma boa garota" é narrado em primeira pessoa pela protagonista, a adolescente de 17 anos de idade, Mia Dempsey. A protagonista é inteligente, sarcástica e sabe muito bem a imagem que passa para os outros. Ela apenas não consegue evitar. Pois, enquanto todos a enxergam da forma que ela acredita que quer, ninguém perderá tempo tentando enxergar o seu verdadeiro "eu".

Mia é uma "garota problemática", o tipo de garota que faz sexo, tem tatuagem, está constantemente bêbada, não tem filtro para falar e que faz o que quer, quando quer. Seu pai e madrasta não sabem mais o que fazer com ela, então decidem enviá-la para um internato terapêutico, a Academia Red Oak. Red Oak tem como objetivo dar as ferramentas necessárias para as jovens, mas o processo não é fácil. Afinal de contas, quem realmente deseja avaliar a si mesmo e mergulhar nas profundezas da sua própria dor?

A narrativa em primeira pessoa permite ao leitor entender melhor os sentimentos da protagonista. Porém, ao mesmo tempo, isso torna a leitura mais pesada, pois vai abordando temas que podem ser gatilhos para algumas pessoas, como por exemplo: depressão, abuso, automutilação e outros. Não é uma leitura fácil, mas é essencial.

Mia representa milhões de jovens que escondem suas dores através de armaduras. Mas em algum momento essa armadura racha e a dor se torna insuportável.

"Estou pensando que, desde que cheguei a Red Oak, me assegurei inúmeras vezes de que não sou como as outras garotas. Veja, eu sou uma ruim normal, e elas são ruins ruins. Muito ruins. Ruins do tipo mentalmente instáveis. Porém, depois da minha conversa com Vera e Soleil esta noite, percebi que talvez eu não seja tão diferente delas quanto achei a princípio." (p.74)


Em Red Oak, Mia irá conhecer mulheres extraordinárias, que lutam constantemente e diariamente apenas para conseguir existir. Viver mais um dia. São histórias avassaladoras, que fazem com que o leitor reflita e questione o que as pessoas escondem atrás de um sorriso.

Read Oak é administrado pela Mary Pat, uma mulher que se importa verdadeiramente com as jovens do local, assim como Vivian, a terapeuta com quem Mia irá trocar confidências. São pessoas que realmente acreditam que podem ajudar, e se dedicam de corpo e alma para isso.

Entre as jovens temos Madison, Vera, Soleil, Trinity e tantas outras garotas. É através do convívio com elas que Mia começa a se enxergar de forma diferente, ao mesmo tempo em que se dá conta de que o "normal" não existe, mas que podemos encontrar nas nossas diferenças, uma maneira de viver e encontrar a felicidade.

"Fecho os olhos. Passo os dedos pela minha silhueta. Antes de entrar no banho escaldante, para me deleitar com a pressão da água e o xampu com aroma de rosas de Alanna, passo os braços em volta de mim, apenas para ver como seria segurar o corpo que sou eu." (p. 146)

site: https://www.leituraseafinsnolitoral.com.br/

Karini.Couto 19/08/2021

Em não sou uma boa garota pude ser surpreendida mais uma vez, com uma história verdadeiramente que te ata, através de Miaz uma jovem com vários problemas adolescentes, e na maioria criado pela própria Mia. Ela tem uma personalidade discutível e muitas das vezes apresentando um comportamento auto destrutivo, com uso de drogas e álcool.

Ela vive testando todos os limites daqueles que a cercam, e uma hora seu pai e madrasta decidem enviá-la para um internato que tem como objetivo dar um direcionamento para garotas como Mia.

E é nesse ambiente que Mia terá um choque de realidade, vendo como de faro a vida de outras meninas possui problemas verdadeiramente sérios e isso a faz dar aquela parada brusca e olhar para si mesma e com isso Mia percebe que seus problemas não são nada perto de algumas situações que viu no internato. Porém não é bem assim, ao começar seu tratamento terapêutico ela percebe que tem que lidar com seus fantasmas para que de fato possa ficar bem, afinal ela também tem algo trágico que a transformou. Será que Mia será capaz de mudar o rumo da sua história?!

Não sou uma boa garota é uma história que me cativou e me fez refletir muito sobre escolhas e consequências e nas conversa que tenho com meus filhos, sobre o meu passado e as minhas consequências, bem como o presente deles e as escolhas que eles tem na vida. Uma história palpável e Intrínseca que trás tantas reflexões a cerca do ser humano e suas complexidades e principalmente nos mostra que algumas situações, o que escolhemos não tem volta!

Eu achei que seria apenas um livro adolescente, mas o livro é bem mais que isso, e uma história que deve ser lida por qualquer pessoa, qualquer idade! Todos temos nossos terrores internos para lidar, a maneira como escolhemos lidar com eles e quem queremos nor tornar é que faz a diferença!

Favoritei!

site: @alempaginas

Raffafust 27/08/2021

Não se engane pela capa fofa. O livro aborda temas pesados que podem servir de gatilhos ( como automutilação, depressão, abusos, etc). Se esses temas não são sensíveis para você, então entre de cabeça.
Achei a escrita da autora muito boa, a forma como ela aborda detalhes de diversas questões pertinentes à uma adolescente que desconta suas dores e frustrações em tudo e todos e é vista como rebelde.
Após inúmeros episódios de nenhum limite, ela é internada em uma Academia especializada em garotas como ela. E é lá que no meio de tantas regras e sofrimentos alheios ela vai se encontrar.
As vezes precisamos lutar contra nossos fantasmas e conhecermos outras lutas para entendermos que a nossa tem como ser resolvida para nosso próprio bem.
Gostei muito, acho necessário abordamos esses assuntos para jovens, porque infelizmente os vícios estão em todo lugar à fácil alcance, mas os caminhos para cura, para nos sentirmos melhor nem sempre é fácil, precisa ser uma decisão do jovem mas também o apoio da família ajuda muito. Tem vídeo completo no Canal para quem quiser assistir.

site: https://youtu.be/pEewI0AXhug

Alex Nascimentto 08/09/2021

Incrível!
Gostei demais dessa história e o quanto que a Mia representa tantas outras pessoas que também escondem sua dor de uma forma ou de outra, mas que lá no fundo só precisam cicatrizar e sarar. A narrativa em primeira pessoa permite ao leitor conseguir compreender ainda mais o turbilhão que é a mente da protagonista e os motivos que a levou a chegar a ser considerada um problema. Vivian, a terapeuta, é uma personagem que cativa o leitor, pois se mostra totalmente disposta a ajudar cada uma das garotas que estão ali. As personagens secundárias também acabam conquistando, como é o caso da Vera, Madison, Soteil e Trinity. Simplesmente, uma história que merece ser lida e, sem dúvida, vai ganhar seu coração.

Bya/ @thebook_andthegirl 22/09/2021

Surpreendente e um tanto quanto real e provocador.
?? Alerta de gatilhos para estupro, automutilação, abuso de substância ilícita ??


"Tentar ensinar alguém a ser feliz é tão eficaz quanto tentar cortar água com uma tesoura "


Mia Dempsey representa bem o significado de garota problema, mas nem sempre foi assim.
Inteligente, sarcástica, durona; ela sabe que de perdeu a muito tempo, porém não faz questão de mudar - afinal mudanças não a beneficiariam em nada, só tornaria a vida de seu pai e madrasta mais fácil.

O que Mia não contava era que acabaria sendo Mandanda por seu pai para um lugar longe de tudo e todos, sem comunicação e tudo por que? Por causa de um soco que deu em sua madrasta após um comentário cruel?

Red Oak é um lugar isolado do mundo e feito para garotas como Mia. Ela não quer estar lá, mas não é uma escolha sua. A única coisa que lhe resta é aceitar, mesmo que as únicas coisas que sinta seja raiva, mágoa, rancor. E se quiser sua vida de volta terá que enfrentar um passado o qual por muito tempo fugiu e encarar feridas que jamais foram cicatrizadas? somente esquecidas.


"- O mais importante aqui é a jornada, Mia, e não o destino."


Não Sou uma Boa Garota foi um livro que me deixou pensativa tanto durante quanto após a leitura.
?Real, intenso, cru? Jessie Ann Foley entrega uma personagem complexa que inicialmente julgamos, mas que com o passar das páginas vamos entendendo e ao fim acabamos nos vendo em algumas das imperfeições e erros de Mia - afinal ela é humana e erra, é imprudente, cruel consigo mesma por vezes; mas que fez de seus erros uma armadura contra sua dor, afinal se você não vê, você não sente.

E quando Mia de fato se abre para encarar seu passado, seus medos, suas inseguranças e suas feridas; vemos quanta dor está guardada, juntamente da mágoa e culpa? Culpa essa que não deveria ser dela, não quando ela era uma vítima.


"- Viver com extrema culpa ou trauma, essa merd@ te altera em um nível celular."
?

Talita 28/09/2021

Existem livros que marcam nossa vida para sempre e "Não sou uma boa garota" é um deles. Talvez por eu também ter sido taxada com uma garota problemática aos meus 16 anos, não sei, mas Mia Dempsey marcou a minha vida para sempre. Ela é uma daquelas personagens que você acaba pensando nela uma hora ou outra.

Inteligente, sagaz e auto-destrutiva, Mia fazia de tudo para esquecer seu passado, até que seu pai em um ato de desespero a envia para "Academia Red Oak", um internato para garotas problemáticas, para tentar coloca-la na linha.

"Eu ainda sou eu. Ainda sou má. Então agora estou aqui."

Os personagens dessa história me tocaram profundamente. A amizade das garotas, a união e a força que elas possuem, tudo que ela passaram e tudo que enfrentam diariamente, suas evoluções diárias... Você se compadece com elas mas não sente penas, é como se fosse uma delas e estivesse ali em Red Oak com elas.
É uma leitura impactante, leve até certo ponto, se levar em consideração a escrita da autora que é super fluída, mas possui alguns gatilhos como estupro, suicídio e auto-mutilação, então não sei se todas as pessoas conseguiriam ler, mas creio que deveria ser uma leitura obrigatória para todas as adolescentes. Existem muitas Mias, Veras, Trinitys e Madisons por aí.

"Não importa o tempo ou o clima ou as propriedades do lugar em que brotamos, nós, garotas problemáticas, temos que persistir, (...). Podemos provar que eles estão enganados, todos eles: todos aqueles especialistas que disseram que éramos intragáveis."

Nyvia Lee 27/12/2021

Um livro incrível
A leitura nos faz querer sempre mais, nos envolve de forma incrível, nem um pouco cansativa. Este livro, aborda assuntos sensíveis de forma diferente, o que pode ajudar até mesmo o leitor a entender melhor situações das quais ele mesmo passou em sua vida pessoal.
Com certeza, recomendo!
Obs: O livro contém gatilhos.

Bru | @umoceanodehistorias 13/08/2021

Bom, mas com gatilhos.
Esse é um livro sobre olhar para dentro de si. Reconhecer o que te fez trilhar determinado caminho e como você pode mudar isso. Uma leitura válida, principalmente para adolescentes que se deixam entrar em estereótipos definidos pelos outros, mas é um livro com gatilhos e que me fez mal e causou crise de ansiedade. Então cuidado, pois o livro aborda estupro, automutilação, crises de ansiedade, depressão, suicídio, entre outros.

Entrelivros_efilho 01/09/2021

❝Porque ninguém me disse que não há testes experimentais; que tudo o que você faz na vida conta; que você pode beber ou fumar o suficiente para esquecer o que você fez e o que foi feito com você, mas você não pode fazer nada para esquecer como você se sentiu?❞

Mia é uma garota de 17 anos sem papas na língua que leva uma vida regada a álcool, sexo e faz o que quer e quando quer sem se importar com as consequências. Mas sua vida muda quando em uma discussão ela dá um soco no rosto da madrasta e é enviada contra a sua vontade para a academia Red Oak, um internato feminino onde ela encontrará outras adolescentes com problemas e terá ajuda para encarar o seu passado e rever suas atitudes.

Foi uma montanha russa de sentimentos essa leitura, o título foi inspirado na música You know i'm no Good de Amy Winehouse e achei a escolha perfeita.
Esse livro é mais que um livro adolescente onde conhecemos a fundo Mia que é uma garota que esconde suas dores através da armadura que criou pra si, aqui conhecemos também algumas garotas da Red Oak e seus sérios problemas, e acompanhá-las é desconcertante, impactante, intenso e doloroso porque elas nos mostram que na maioria das vezes os adolescentes precisam de ajuda, mas não sabem pedir.

Os capítulos são curtos e intercalam o presente com momentos do passado que foram decisivos para que Mia chegasse até ali, foi desolador vê-la não se enxergar como a vítima que é após o abuso sexual que sofreu, e desolador também imaginar quantas pessoas sofrem o abuso e não se enxergam como as vítimas que são, eu queria desesperadamente entrar no livro e dar aquele abraço e conforto que o pai e a madrasta deveriam ter dado e não deram, aliás, detestei esses dois, mas foi gratificante ver Mia aprender a se enxergar com mais amor.

A autora abordou temas importantes e nos entrega uma leitura reflexiva nos mostrando que muitas vezes as pessoas escondem suas dores atrás de um sorriso e das armaduras que criam, e que exorcizar nossos fantasmas é o que nos ajuda a seguir em frente.

⚠️ gatilhos de estupro, depressão, suicídio, drogas, ansiedade e automutilação.

site: https://www.instagram.com/p/CTQepxkLvdl/

Grazi.ela 01/07/2023

Bruto e delicado ao mesmo tempo
A frase "não julgue um livro pela capa" nunca caiu tão bem como aqui.
A imagem da garota delicada juntamente com um título que remete a uma história juvenil bobinha, na verdade esconde uma trama forte e cheia de profundidade. Muitos assuntos importantes são tratados nesse livro. E todos eles, apesar de não serem abordados com detalhes excessivos, trazem questionamentos e sentimentos fortes.
A autora foi muito inteligente em sua escrita envolvente e cheia de nuances, criando uma protagonista cativante, apesar de toda "errada".
Enfim, não é um livro fácil, já que traz gatilhos (depressão, suicídio, automutilação, estupro, uso de drogas, etc.), mas com certeza é um livro necessário.
Para mim, foi uma grata surpresa me deparar com essa história forte e comovente. Recomendo demais!

Jaque @blogmalucadoslivros 12/09/2021

Você sabe que eu não sou boa
"Eu te disse que eu era problema
Você sabe que eu não sou boa"

⚠️Este livro possui gatilhos de: abuso de drogas e álcool, abuso sexual, abuso psicológico, luto e ansiedade.

"Não sou uma boa garota" pode parecer apenas um livro leve e divertido, sobre uma garota que é vista como problemática por todos, principalmente por sua família. Mas isso é um engano, este livro é profundo, impactante, doloroso e mais intenso do que eu imaginava.

Mia tem 17 anos e apesar de ser uma garota muito inteligente, é vista como problemática, pois não leva nada da vida a sério, esta abusando do álcool e sempre arruma briga com sua família e principalmente com sua madrasta. Então, depois de dar um soco nela durante uma discussão, Mia passou dos limites.

Mia acaba sendo levada contra a sua vontade para um internato de garotas longe de tudo e de sua vida rebelde. E apesar da revolta por ter sido mandada para o internato, agora Mia terá a oportunidade de olhar para dentro de si mesma, se conhecer melhor e entender o porquê se tornou assim.

O QUE EU ACHEI:
Comecei essa resenha falando dos gatilhos pois essa obra é pesada, intensa mas muito necessária. Mia no começo me irritou um pouco com suas ações, mas aos poucos vamos olhando para dentro dela e entendendo o que a fez se tornar assim, e olha, este processo foi tão doloroso para Mia, quanto foi pra mim. Me peguei chorando várias vezes ao entender tudo, e como a Mia sofreu tanto, as vezes até sem entender.

"Se as palavras podem atingir um ponto de saturação, onde você as diz tantas vezes que elas deixam de ter um significado, então talvez os corpos também possam."

Mas não pense que só foi uma leitura triste e pesada porque não foi; me peguei rindo diversas vezes com Mia e com as outras garotas do internato. Além disso, ver a personagem criando laços tão fortes, principalmente com Vera, que se torna uma grande amiga foi tocante; Uma amizade das mais fortes que eu já vi na literatura.

O título do é inspirado na música "You know i'm no Good" de Amy Winehouse, e eu acho que a autora não poderia ter feito escolha melhor, além disso sempre amei essa música.

Não sou uma boa garota, se tornou um favorito da vida!

site: https://www.instagram.com/p/CTBAVwRLM08/

Lucia | @lucia_esta_lendo 24/02/2024

Muito mais do que eu esperava
Achei que seria mais um livro adolescente bobinho, mas me enganei muito. É um livro denso, quase uma sessão de terapia.
Não só a Mia, mas todas as demais meninas da escola apresentam questões que merecem atenção.
A profundidade com que as reflexões são feitas, os motivos e resgates de fatores que foram gatilhos para esses traumas, realmente me deixou impressionada.
Para mim, foi uma grata surpresa, leitura fluida por ser feita em capítulos curtos e sem enrolações.

Minha Velha Estante 13/10/2021

“Bem, como a ideia de normalidade varia muito de cultura para cultura e de pessoa para pessoa, não há referência real que possa ser útil. Assim, em certo sentido, todo mundo é normal e ninguém é normal.”

Não existe nada melhor do que uma leitura que vai além de suas expectativas, não é mesmo? E foi o que aconteceu com Não sou uma boa garota.

Mia, 17 anos, vive com o pai, a madrasta e as meias-irmãs, e é considerada por eles uma rebelde sem causa. Mas Mia não pensa assim... Vivendo uma vida desregrada onde a bebida, o álcool, o sexo casual, as baladas e, consequentemente, as faltas na escola são seus principais companheiros, e depois de várias outras tentativas frustradas de fazer com que Mia volte a ser a garota doce de antes, um soco no nariz da madrasta é o estopim para que ela e seu pai decidam que o melhor para Mia é ser levada para um internato de garotas problema.

"... nossa sociedade nunca soube lidar com uma mulher que se recusa a andar na linha. "

Pega de surpresa, Mia terá que conviver com a total falta de contato com o mundo exterior e com outras garotas com problemas tão sérios ou até piores do que o dela. Mas, afinal, qual é o problema de Mia? O que a torna essa bomba relógio que parece sempre preparada a ferir a si própria de todas as maneiras?

Não será fácil entender Mia. A terapia será a grande ajuda que ela terá para se conhecer e nos mostrar suas feridas. Isso sem falar na importância dos laços de amizade que ela fez em Red Oak e que mostram que ninguém está sozinho, que a sua dor não é a única no mundo e nem sempre a pior de todas.

"Todas as noites espero pelo apagar das luzes, porque o único momento em que estou livre é quando estou dormindo."

Impossível não se deixar envolver pela narrativa de Mia, a personagem fala diretamente com você, com total confiança e liberdade como um verdadeiro pedido de socorro. Abordando outros temas como suicídio, TOC, a necessidade de fazer qualquer coisa para ser popular, stalking, Jessie Ann Foley trouxe uma narrativa espetacular, que flui num ritmo intenso, graças aos seus capítulos curtos e personagens que poderiam ter saído da sua lista de contatos.


site: https://www.minhavelhaestante.com.br/2021/08/nao-sou-uma-boa-garota-jessie-ann-foley.html