R.U.R

R.U.R Rogério Pietro
Karel Čapek




Resenhas - RUR: Robôs Universais de Rossum


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Ariadne 01/05/2022

Diferente do que muitas pessoas devem imaginar, não foi Asimov o criador da palavra “Robô”. Embora ele tenha ajudado a popularizar o termo, foi a obra RUR, uma peça de teatro, de Karel Capek, no ano de 1920, a responsável por tal feito.

Ao contrário do que costumamos imaginar ao ouvir tal palavra, os robôs de Capek se assemelham muito mais aos androides vistos em Blade Runner do que as máquinas de aço de outros autores do gênero.

Nessa história, eles são seres artificiais semelhantes a nós fisicamente (incluindo os órgãos internos), e foram criados para substituir todo o trabalho realizado pelos humanos, barateando drasticamente os custos de produção.

A palavra “robô” deriva do tcheco “robota” e significa trabalho escravo. Só pela sua concepção, podemos imaginar o tipo de críticas que o autor teceu em sua obra. Por causa da substituição, muitos trabalhadores perdem o seu emprego, e a obra passa a discutir relações de trabalho e classes sociais, além da alienação de boa parte do mundo.

Em paralelo a esses acontecimentos, os robôs começam a adquirir consciência acerca de sua condição e exploração, e um iminente conflito se aproxima.

Parece ser um enredo simples (e batido eu sei), mas Capek colocou em sua obra críticas que estavam apenas começando a aparecer naquela época, e que seriam amplamente discutidos muitos anos depois.

Mas apesar de eu a considerar uma obra essencial para os amantes de ficção científica, devo dizer que achei o final melodramático em excesso. O tom otimista empregado contrasta bastante com todo o resto irônico e pessimista que vinha sendo construído anteriormente, que torna o encerramento a parte menos memorável de toda a obra.

- Essa é uma edição belíssima que apresenta dois textos: a obra original de Capek; e uma adaptação romanceada feita por Rogério Pietro, o tradutor da peça, que moderniza e aprofunda alguns aspectos da história, além de expandir a narrativa original. Além do mais, conta com textos de apoio como prefácio, apresentação e posfácio.

site: https://www.instagram.com/p/CcTdU7AvQUI/
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Aelita Lear 16/01/2022

Um espetáculo!
Eu já tinha ouvido falar em rur, justamente porque foi o início da palavra "robô", mas nunca tive vontade de ler por ser em formato de peça de teatro (tenho trauma por causa das obras de shakespeare). Mas aí vem o meliante do Rogério Pietro e faz uma coisa dessas, transforma uma peça de teatro maravilhosa (passou meu trauma, eu amei ela também), em um romance maravilhoso e viciante do início ao fim! Como tradutor e escritor, ele zerou a vida haha. Esse livro é bom demais, e só é assim por causa dessa tradução/adaptação.
O que eu mais gostei desse livro é ter robôs querendo invadir o mundo... eu amoooo quando eles são assim retratados. E também amei as mil críticas sociais que tem nele... Li em e-book e agora preciso do físico, pois amei demais e recomendo a leitura!
Rogério Pietro 14/02/2022minha estante
Muito obrigado, Aelita Lear!




Ju Duarte 07/01/2022

Distopia ou realidade?
Apesar de nesta edição específica terem feito uma parte romanceada, só li a peça original de RUR.
Conheci a peça ao pesquisar sobre robotica e IA para uma palestra e como estudiosa do assunto achei muito interessante o tema e a abordagem.
Apenas o amor supera tudo.
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José Bauls 29/12/2021

EDIÇÃO BELÍSSIMA
Esse era um livro muito esperado por mim, pois é a obra responsável por cunhar a palavra robô na literatura mundial. O livro possui uma adaptação da historia original, e que particularmente gostei bem mais que a original, pois a original, que é uma peça é um tanto quanto "estranha" e com algumas problemáticas que não trarei aqui.

Sobre a edição, é em capa dura e de um trabalho riquíssimo em detalhes, a equipe da Madrepérola fez um esforço gigantesco para nos entregar essa obra, eu acompanhei o processo e vi o quanto eles se esforçaram. Por isso dei 4 estrelas, visto que a edição é surpreendente.
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Fer Oliveira 26/10/2021

RUR
Já imaginou se existessem robôs que fossem muito similares a nós humanos? Que pudessem nos substituir em todas as profissões? Que em um futuro próximo você não teria que ir trabalhar e poderia desfrutar de férias eternas? E que todos os bens de consumo custariam nada ou quase nada? Quase um sonho hein?

Agora imagina se esses mesmos robôs decidem que querem os mesmo beneficios que os trabalhadores humanos? E que eles soubessem que são a maioria que existem muito mais robôs que humanos? E então eles começam uma revolução. Que pesadelo hein!

“Estamos falando de máquinas, [..] É isso que os robôs são: máquinas...”

Rossum queria provar que Deus não existe ou mesmo que existesse ele poderia ser substituído. Que os humanos seriam pura biologia, pura ciência e com isso ele seria capaz de criar um ser muito semelhante. Rossum levou dez anos para criar o robô perfeito e sua invenção dominou o mundo. Todo o trabalho pesado fica nas mãos dos robôs, inclusive na fábrica da onde saem, robôs constroem robôs.

Robôs Universais de Rossum se tornou um monopólio da fabricação de robôs, a fórmula da criação deles é protegida como um segredo industrial e niguém tem acesso a ela. Donin é o atual presidente da empresa é o que ele mais quer é expandir cada vez a produção desses seres artificiais.

“O Roboticismo, como tem sido chamado, é uma grande roda que não pode ser mais parada. […] dizem que daqui a dez anos tudo o que consumimos vai custar dez vezes mais barato do que custam hoje. Isso só é possível poque a despesa com o trabalhador caiu absurdamente com a introdução dos Robôs no mercado de trabalho.”

Helena Glory é uma mulher que luta pelos direitos dos robôs serem tratados iguais a qualquer outro ser humano. Por isso quando ela conhece Radius, um robô experimental, dá a ele informações que o fazem enxergar como os seus iguais são tratados pela raça humana.

É a paritr desse momento que ocorre uma grande virada na história. Sob o comando de Radius os robôs ganham atenção e então se inicia uma grande revolução que não tem um final muito feliz para os humanos, ou teria?

“Dê poder ao oprimido e ele se tornará opressor”

RUR originalmente foi escrito em uma peça de três atos e encenada em 1921 e para a atual edição foi romanceada, mas parece que sempre foi escrito dessa forma. Para mim esse livro é uma crítica a sociedade moderna, na época, e o tema continua atual ainda hoje. Ele nos faz refletir nossa relação com a tecnologia,com as outras pessoas e com a sociedade.

Devemos ter emmente que em RUR, os robôs não máquinas de aço e fios, mas material biologico, criado em labotratório. E então podemos nos questionar será que a evolução de máquinas 3D e outros equipamentos podemos um dia imprimir um ser biologico totalmente em laboratótio?

“Em vez de termos uma máquina para cultivar cada músculo do corpo, nós cultivamos as células musculares, […] e depois algumas máquinas especiais montam os diversos músculos juntando as fibras.”

RUR – Robôs Universais de Rossum foi um financiamento coletivo da editora Madreperola. Uma tradução inédita e uma edição muito bonita em capa com textosde apoios que só acrescentam a sua experiência de leitura. Ele também está disponivel em ebook na amazon.

site: https://www.instagram.com/p/CVbaXD3r-bU/
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Davi Busquet 09/10/2021

Ainda atual
Antes que qualquer tecnologia de computação moderna sequer sinalizasse no horizonte que um dia teríamos algo como a inteligência artificial, Karel ?apek trouxe ao mundo sua visão pessoal sobre o que máquinas orgânicas pensantes seriam para nós humanos: escravos.

A escravidão geralmente se apoia sobre preconceito, argumentos econômicos pífios e uma relativização do sofrimento alheio. Num mundo avançado, com a tecnologia construindo seres através de corpos orgânicos sintéticos (tal qual a franquia Blade Runner veio popularizar décadas mais tarde), nada disso seria diferente.

Embora, dada a origem do autor e a situação em que vivia ? em conflito ideológico com o descaso trabalhista vigente em sua nação ?, a motivação para a história tenha sido a massificação, desvalorização e mecanização do trabalho, não é errado inserir nesse contexto o trabalho desumano e escravo.

A obra original, uma peça de teatro, é bem simples, mas suficientemente avançada e profunda, quando imaginamos que data do início do século XX (1921), e nela é narrado brevemente o auge e a queda de uma grande corporação e seu presidente, idealizadores e únicos produtores da mão de obra barata e eficiente que são os robôs.

Na versão adaptada ao romance, da editora Madrepérola, o tom questionador se mantém, sem se desviar muito do original e inserindo no contexto geral apenas elementos coerentes do qual se vale nossa realidade (computadores, comunicação global e avanços no campo de transportes).

A história, inclusive, culmina num ponto que a nossa própria vez por outra esbarra: quando oprimidos numerosos e poderosos entendem sua força perante seus opressores, sua revolução passa a ter caráter construtivo ou se tornarão eles a próxima classe opressora?
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Aglycia 02/09/2021

Uma leitura maravilhosa e com uma adaptação impecável!!
Um cientista após várias tentativas consegue produzir seres artificiais muito parecidos com os humanos. Porém, um deles acaba matando-o e seu sobrinho Harry funda uma fábrica de robôs com a  fórmula do tio. Os robôs são fabricados em grande escala para facilitar a vida dos humanos e Helena, a representante da liga da humanidade e filha do presidente americano, luta pelos direitos deles. O robô mais inteligente do mundo, Radius, que é  um protótipo, acaba tornando- se o líder dos robôs e fomenta uma revolução. Como a humanidade irá lidar com essa situação?  Qual será o futuro dos homens?


A obra em questão possui uma apresentação e um prefácio muito bem escritos. RUR é um livro de um autor tcheco e foi escrito no início do século XX em forma de peça. A edição que li é   dividida em 2 partes: a primeira uma adaptação  em prosa e a segunda a tradução do original. A adaptação foi muito bem escrita e a leitura flui naturalmente, os personagens humanos e artificiais têm sua importância e levam o leitor à refletir sobre várias coisas. Temas como ética, tecnologia, relações interpessoais e amor estão presentes na obra. As descrições são muito boas, levando o leitor ao mundo da ciência e da inovação tecnológica. RUR é um livro que gera reflexão e que cativa o leitor...um livro não somente para quem gosta do gênero, mas para aqueles que gostariam de conhecer um pouco mais  e adentrar num mundo de possibilidades. Um livro atemporal e repleto de aprendizagem.  Vale a pena conferir!

site: @entrepontoseletras
Rogério Pietro 15/11/2022minha estante
Muito obrigado, Aglycia!




Silas Jr 22/08/2021

Não esperava nada
SENHOR, Que livro perfeito. Do início ao fim me envolvi tanto que nem sei dizer como amei essa leitura.
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Talitinha 20/08/2021

Livro continua incomodando - E isso é ótimo!
Cem anos depois, a peça de teatro que deu origem à palavra robô continua incomodando! E isso fica claro na adaptação feita para o romance, que traz a trama para os dias atuais. O texto, muito bem escrito e de leitura fluída, é uma crítica muito bem construída ao capitalismo, ao comunismo, ao totalitarismo, e toda forma de colocar uma "casta" acima de outra. Quero chamar a atenção para as personagens femininas, porque são muito bem construídas e fogem do clichê batido de "mulheres fortes que nunca choram e não têm medo de nada", e isso também incomoda algumas pessoas. Mas as personagens são incríveis e profundas. Em especial a Helena Glory, que tem holofotes sobre ela na peça de teatro e que ganhou ainda mais luzes na adaptação. É uma personagem muito humana, de coração enorme. Muito real. Amei conhecer ela. Lendo a adaptação e depois a peça a gente percebe como a atualização das personagens é perfeita. Leitura mais do que recomendada. Leitura obrigatória!
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Rocha Anselmo 18/08/2021

É bom, mas só bom mesmo
Acho que a editora foi muito ousada em topar adaptar uma peça tão clássica da ficção científica para um romance e é inegável que foi feito um bom trabalho nisso, mas é notável durante a narrativa de que falta alguma coisa. Existem alguns problemas que estão presentes na peça que se perpetuam no texto em prosa (como a forma extremamente fragilizada como as mulheres são descritas) e a falta de personalidade nos personagens fica muito mais acentuada no romance do que na encenação e isso pesou bastante na leitura. É um livro bom, mas a sensação de que falta alguma coisa segue até a última página. Achei muito interessante que o texto em escaleta também entrou nessa edição feita pela madrepérola e fiquei com vontade de adquirir a versão física desse livro porque deve ser belíssima. O livro é uma homenagem muito bonita a Karel e também a seu irmão Josef, dois grandes nomes da ficção científica e com certeza é uma leitura que vale a pena (a edição ficou muito bem feita e várias informações relevantes e interessantes são dadas no pré e pós-texto). De qualquer forma, a impressão geral é positiva, um belo trabalho, mas uma leitura pouco envolvente.
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Marcia.Santos 07/08/2021

Robôs Universais de Rosum - RUR
Uma peça escrita diante do cenário social de transformação. Mais que colocar em evidência a sociedade e suas mudanças, a adaptação da peça nos traz a reflexão a respeito do nosso processo de mudança hoje.
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Christiane 22/07/2021

Obra essencial da FC
RUR: Robôs Universais de Rossum, obra conhecida por lançar e cunhar o termo "Robô", é uma peça de teatro escrita pelo tcheco Karel Capek no ano de 1920. Estamos acostumados a definir robôs como dispositivos mecânicos e eletrônicos capazes de realizar um trabalho autônomo ou programado. Mas na história de Capek, o Robô não é uma máquina, mas sim um ser humano criado de forma artificial. Segundo o dramaturgo, o termo foi criado por seu irmão, não por ele próprio, e deriva do tcheco “robota”, que significa trabalho forçado, um sinônimo de trabalho escravo.

Dito isso, vamos ao que você vai encontrar nesta edição da Editora Madrepérola: além da obra original traduzida diretamente do tcheco pelo Rogério Pietro, temos também uma adaptação do mesmo autor em forma de romance. E essa adaptação é a grande estrela dessa edição. Rogério trouxe a história original para os dias de hoje, acrescentando elementos que fizeram a história ficar mais clara e completa. Além de que a prosa é uma forma mais familiar para a maioria dos leitores. Claro que vale a pena ler o romance adaptado e também a peça.

Além disso, temos o Prefácio de Alexander Meireles da Silva. e o Posfácio de Hasan Zahirovic. E numa edição em capa dura, com ilustrações de Vitor Wiedergrün (essa capa está belíssima). Uma edição muito caprichada, diagramação super confortável, folhas amarelas, tudo pensado com muito carinho.

Obra essencial para quem é apaixonado por ficção científica.
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Helô 21/07/2021

(só li a adaptação)

A parte da adaptação é muito boa, eu não sou muito de ler sci-fi e por isso não peguei as referências incríveis do livro, mas no debate feito com o autor deu para compreender certinho quais foram.
A escrita é muito fluída, e a história prende demais, apesar de não fugir do comum dos robôs. Eu gostei bastante.
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MALU @amor_porleitura 09/07/2021

Será que os Robôs merecem ter os mesmos direitos que nós humanos?

Na ilha Rossum , robôs são criados para substituir a mão de obra humana.

Helena luta para que eles tenham os mesmos direitos que nós.

Será que eles conseguirão tais direitos, será que irão em busca de muito mais?

?Eu amei essa leitura e eu falo um pouco mais lá no vídeo do canal que acabou de sair .

O livro está disponível na Amazon e no site da @editoramadreperola , e no site usando meu cupom AMORPORLEITURA, vocês ganham 10% de desconto
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Maikel.Rosa 09/07/2021

Não sou um Robô...?
Uma revolta das máquinas pode ser difícil de se conceber depois que Asimov formulou as 3 leis da robótica, mas e se as "máquinas" fossem na verdade pessoas geneticamente modificadas, adaptadas pra servirem exclusivamente ao trabalho braçal?

É disso que trata "R.U.R: Robôs Universais de Rossum", o clássico escrito pro teatro pelo tcheco Karel ?apek que foi traduzido e maravilhosamente adaptado como romance pelo Rogério Pietro.

Até cheguei a dar uma "bizoiada" na peça original no final da edição, mas, depois de ler a #narrativa fantástica que o Rogério construiu a partir dela, não tem nem graça dar esse passo atrás...

O livro narra a criação de uma raça de seres artificiais: os Robôs em sua concepção original. Sim, diferente do que se popularizou a partir do tio Asimov, o termo "robô" surgiu justamente com essa peça onde eles eram, na verdade, criaturas feitas de matéria orgânica sintética.

É uma história de opressão e subserviência, uma vez que os Robôs foram "programados" pra se submeter à vontade dos Homo sapiens, MAS... como diria o dr. Malcolm na versão cinematográfica de "O parque dos dinossauros": "A vida sempre encontra um meio".

Neste suspense sombrio, Radius, um Robô experimental dotado de inteligência única, dá início a uma revolta que vai deixar os humanos (e os leitores) de cabelo em pé.

Tive muita raiva de Helena, que ao mesmo tempo defende os Robôs e "dorme com o inimigo" como se isso fosse muito natural, mas adorei a forma como o Rogério conduz a #trama, que em vários momentos me lembrou o estilo de Michael Crichton.

A adaptação, assim como a peça, é uma alegoria aos desdobramentos da revolução russa, quando a ascensão do Partido Operário passou da #utopia dos proletários ao pesadelo chamado União Soviética. Como no exemplo real, as coisas acabaram saindo do controle de um jeito bem tenebroso na fábrica de Rossum.

Enfim, o livro é excelente e a versão impressa tá bonita demais, o que torna essa uma obra imperdível em vários sentidos! Vale muito a pena.
Rogério Pietro 14/02/2022minha estante
Obrigado, Maikel Rosa!




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