Escravidão

Escravidão Laurentino Gomes




Resenhas - Escravidão - Volume II


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Rick Shandler 16/01/2024

Escravidão II - Laurentino Gomes
A segunda parte da trilogia de Laurentino Gomes aborda o auge da escravidão, durante o século XVIII. Não coincidentemente, aborda também o auge do colonialismo no Brasil com a descoberta de ouro e diamantes. Escravidão II esmiúça a relação única que nosso país teve com a escravidão, relação essa que deu origem ao Brasil que conhecemos hoje.

A descoberta de minas de ouro e diamantes em Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás redesenhou o mapa do Brasil. O foco da escravidão que era o nordeste passou a ser o centro e sudeste do país, sendo o porto de Rio de Janeiro o grande centro de transações, recebendo escravos da África e mandando ouro e diamantes para Portugal. Essa mudança acabou por mudar também o próprio processo de escravidão.

Ao longo do século XVIII a escravidão no Brasil passou por diversas mudanças importantes. Houve a troca do ambiente rural para o urbano, com uma dependência cada vez maior dos escravos para toda e qualquer atividade. Três séculos de escravidão acabaram por mesclar a cultura africana ao nascente Brasil. Festas, irmandades, práticas religiosas bem como fugas, rebeliões e quilombos passaram a moldar nossa futura nação.

É nesse caldo cultural que surge o Brasil. A corrida do ouro e dos diamantes, tendo por base o trabalho escravo, levou a um crescimento exponencial de nosso país, o qual aos poucos passou a não ser mais uma mera colônia de Portugal. Portugal tornou-se durante o século XVIII cada vez mais dependente do Brasil. O fortalecimento da aristocracia brasileira e a forte dependência de Portugal começam a criar um ambiente propício para a cada vez mais próxima independência, que com a vinda da família real tornaria-se um processo inevitável.

Laurentino Gomes em Escravidão II detalha cada um destes processos. Das mudanças na escravidão a assimilação da cultura africana, passando pelas revoltas e rebeliões que marcaram o século XVIII. Vemos, de Tiradentes à Chica da Silva, a história do Brasil como ela é, pautada pela escravidão. Tem que ler.
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Rinaldo 10/11/2021

Escravidão Volume II
Laurentino Gomes continua a tratar do tema escravidão de maneira sóbria, enfática, com suas fases, nuances com personagens que marcaram a história universal.
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Jeferson.Gomes 21/08/2021

A HERANÇA DE UMA CIVILIZAÇÃO.
A corrida do Ouro no período Colonial foi o auge da economia, riqueza e tráfico escravo. O Brasil viveu sob os domínios da Coroa Portuguesa e Leis Canônicas.

A exploração de minas e extração de um País Tropical, deu subterfúgios aos ricos brancos da nobreza e a negociata aos capitães de força bruta.

Sobrevivia o mais forte e portador de bens materiais. A religião difundiu a uma política benéfica àqueles de pele clara. O sincretismo foi mais um sistema de controle.

A luz da descoberta de outras colônias e suas revoluções, não foi o suficiente para libertar e igualar o que se pregava como ideias iluministas. O desejo e a ambição transportados em navios negreiros, é a insurreição da submissão.

A história romanceada de "grandes figuras icônicas" tornou invisíveis os verdadeiros lutadores e conquistadores. Aprendemos pouco e valorizamos demais as folhas em branco de uma natureza destruída e roubada.

Muito dos problemas sociais do século 21 é uma herança predatória, racista e preconceituosa. Pejorativos são nomes, e ser chamado por eles, é a caça proeminente e silenciosa.

A eliminação de direitos, origens, costumes e práticas, são milhares de cabeças expostas como "exemplo" do que hoje podemos chamar de civilização.



site: https://www.instagram.com/meuslivros.minhaleitura/
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Marcio 20/12/2021

Volume 2
Como já comentei anteriormente, achei esta obra (volume 2) melhor que a primeira (não menos importante), com uma vasta fonte de informações e curiosidades.
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Ronildo Abijaude 28/08/2022

Para entender o Brasil
Boa parte da história do Brasil se de nos tempos da escravidão. Ler os livros de Laurentino Gomes ajuda a entender nossa identidade e principalmente a entender como somos um país tão desigual. Colhemos até hoje os frutos da escravidão, da desumanização dos Africano e indígenas, do racismo semeado há séculos...
Dos livros essenciais que espero poder reler daqui há alguns anos e ver que nosso país pode enfim dizer que melhorou
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Vidal 08/07/2022

Formação da sociedade brasileira
O volume 2 focado no século 18 auge da escravidão no Brasil, descoberta das minas de outros e diamante.
Ver como era a relação dos escravos no Brasil com formação de uma cultura totalmente nova, formando família e raizes!
O volume 1 focou muito no continente africano o dois também fala mas pouco, focando mais nas tribos e guerras dentro do continente, que resultavam prisioneiros de guerra e que eram escravizados!
Recomendo essa trilogia pra conhecer nossa formação cultural atual!
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Fabi 08/02/2022

Sempre fui fã de história e gosto muito do relato de Laurentino Gomes. Li também Escravidão Volume I. Me interesso por esse período de nossa história e quero entendê-lo melhor. Aliás, essa necessidade é urgente para todos nós. O nosso passado escravagista é muito complexo e pouco conhecemos sobre ele. O estilo do autor é envolvente, não é para especialistas da área de história, e sim para o público em geral. Além disso, os capítulos tem uma extensão razoável, dando nos fôlego para os próximos. Recomendo todos os livros do autor.
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Guilhermo del Toró 09/08/2021

Leitura necessária e essencial para os dias de hoje. Em uma leitura fácil, é possível entender as influências da escravidão na formação da sociedade brasileira, além de explicações sobre como funcionava esse sistema desumano
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Konshal 01/01/2023

A escravidão urbana do século XVIII
Escravidão - Volume 2 concentra-se os seus relatos nos acontecimentos do século XVIII. Um período de grandes revoluções no mundo (Francesa, a Independência dos EUA) e de grandes transformações territoriais no Brasil colônia com a interiorização da população aqui presente, impulsionada em grande parte pela descoberta de jazidas de ouro em Minas Gerais.

Ao passo que o Brasil partiu da costa litorânea para ocupar as regiões mais ao fundo de seu território tendo a figura dos bandeirantes como protagonistas desse processo, o escravismo por aqui adquiriu também novas facetas, tornando-se ainda mais completo. A riqueza proporcionada pela mineração possibilitou indiretamente, por exemplo, a conquista de um número expressivo de alforrias, já que os dividendos muitas vezes eram divididos entre os senhores mineradores e seus escravos. Isso quando os negros eram recompensados pelas descobertas de novas jazidas, uma vez que aqueles oriundos da região do Congo tinham larga experiência na mineração.

Foi neste século também que algumas vilas do interior, assim como as cidades grandes do litoral (Salvador e Rio de Janeiro) viram surgir a escravidão de serviços. O trabalho braçal do engenho e nas lavouras era substituído principalmente pelo serviço de transporte (mercadorias, pessoas ou… excrementos). Uma espécie de cargo de confiança.

Outro destaque que o livro traz é sobre o papel da mulher escrava nessa época. Seja na quantidade expressiva de mulheres negras alforriadas em Minas Gerais - o que evidencia o seu senso de organização e obstinação, algo que a prosperidade trazida pelo ouro trazia -, seja pela história de Xica da Silva contada no capítulo 25, “Chica na Terra dos Diamantes”, que, acima de tudo, quebra os estereótipos amplamente construídos sobre essa personagem.

Em alguns momentos do livro, observo que Laurentino Gomes foge um pouco da temática do título, dedicando alguns capítulos sobre assuntos que envolvem ou se desdobram indiretamente da escravidão. Um apanhado sobre História Geral, mas que fazem pouca menção à escravidão em si.

Em meio a tantos movimentos revolucionários (como os já citados no primeiro parágrafo desse texto), a independência do Haiti em 1804 se destaca por ser a única no mundo que adveio de uma revolta de escravos. Algo muito irônico já que todas as buscas por direitos civis que a sociedade mundial buscava na época excluíam propositalmente os negros dessa luta. A dignidade humana que tanto queriam não era estendida aos escravos.

E, falando ironia, temos o caso da Inglaterra. No país se iniciou uma onda abolicionista que atingiu os quatro cantos do mundo. Algo inusitado, já que foram os ingleses que dominaram, entre 1730 e 1740, o transporte de negros escravos ao redor do mundo. A mesma Inglaterra a quem a combalida realeza portuguesa sempre manteve-se fiel, mesmo que tal fidelidade os colocassem contra a fúria de Napoleão Bonaparte. Essa foi a razão da Família Real fugir para a sua colônia além Atlântico em 27 de novembro de 1807.
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Bia 17/06/2022

Necessário
Mais uma aula excepcional, por Laurentino Gomes. É imprescindível que conheçamos o nosso passado e os horrores da escravidão para que possamos entender o racismo estrutural que ainda envenena a nossa sociedade. Ansiosa para o lançamento do 3o volume para enriquecer meus conhecimentos sobre o tema.
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Kelly899 06/08/2021

Nosso Brasil tem o coração totalmente africano, e graças ao trabalho duro, desumano e forçado dessas pessoas, é que o nosso país é o que é hoje. Deveríamos exalta-los e termos orgulho dessa mistura maravilhosa que somos!
Ler Escravidão te faz mergulhar nesse passado, se chocar, e colocar em dúvida até mesmo, suas próprias atitudes.
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Gois 09/06/2022

Precisamos entender mais da escravidão.
Num podcast que escutei com o autor desse livro ele falou uma coisa que me marcou: que a escravidão foi, como evento isolado, a coisa que mais definiu a história do nosso país, quiçá do mundo moderno. E isso vem me movendo a ler mais sobre o tema. Esse é o segundo livro de uma trilogia que esse jornalista está escrevendo sobre o tema, e ao meu ver é ESSENCIAL para qualquer pessoa entender melhor a nossa história e a nossa modernidade. Eu já conhecia o autor da trilogia 1808, 1822 e 1889 e ele continua afiado. Ele tem um jeito mais jornalístico do que histórico de contar as coisas, conta causos, traz exemplo, traz personagens interessantes... o que deixa a leitura divertida as vezes (se é que é possível ser divertido ao falar de escravidão!!). Vai alem dos cliches e manchetes sobre o tema, tentando falar de nuances não faladas, fazendo refletir, sofrer, desejar. Vale super a leitura. Não vou mentir que o primeiro achei que explodiu mais minha cabeça, mas esse também é ótimo, ótimo!! Pode ler. Nota 4,5/5
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Stella F.. 09/11/2021

da corrida do ouro à abolição da escravatura
Assim como no primeiro volume, a escrita é deliciosa, esclarecedora, pertinente e muito bem embasada. Gostei bastante.

Os capítulos, se poderia dizer, são independentes, já que podem ser lidos de acordo com o interesse de cada um, porque há um fechamento em cada um deles, sendo repetidas informações de outros capítulos ou mesmo do outro volume. A cada capítulo há um aprofundamento do assunto específico a ser tratado. O livro não segue uma ordem cronológica.

Esse segundo volume: Da Corrida do Ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de D. João ao Brasil, vai tratar da corrida do ouro e da descoberta de diamantes, com o apogeu das cidades mineiras, principalmente Vila Rica, atual Ouro Preto, sua ascensão e suas riquezas e depois sua queda vertiginosa, quando os veios foram diminuindo, e todos que viviam dessa riqueza específica, deixando de lado outros segmentos da economia, perderam tudo, sua fonte de renda, e mesmo a possibilidade de contrabando de pedras, escravos e outras ilicitudes. Aqui, na época da mineração vemos uma predominância de escravos vindo da região denominada Costa da Mina ou Costa dos Escravos, que eram comprados e trazidos mais especificamente para a região mineradora, porque já tinham um certo conhecimento do trabalho necessário. Vale ressaltar, que a mineração também ocorreu no Mato Grosso e Goiás.
“Até 1693, ano da primeira descoberta oficial de ouro, a população negra de Minas Gerais era praticamente zero. Esse número cresceu de forma exponencial nos anos seguintes. Na virada do século, os mineradores já compravam 2 mil escravos por ano.” (pg. 23)
E junto à descoberta do ouro, surge também um aumento dos bandeirantes, um grupo de exploradores que partiam para descoberta de um Brasil interior, principalmente São Paulo.
“Até recentemente, uma historiografia ufanista atribuía quase que exclusivamente aos bandeirantes, todos homens e supostamente brancos, a façanha pela descoberta de ouro e diamantes e a consequente ocupação do território brasileiro na primeira metade do século XVIII. [..] Essa imagem, no entanto, é distorcida. Os bandeirantes formavam um grupo multiétnico, composto por indígenas, brancos, negros e mestiços, em especial, de mamelucos.” (pg. 82)

O autor nos fala com propriedade das diferentes Áfricas brasileiras, porque, como visto no primeiro volume, os escravos vinham de diferentes regiões, e eram distribuídos diferentemente para trabalhos específicos. Ressalta a importância dos negros, pardos, mulatos, no surgimento das religiões de raiz africana como candomblé, umbanda e outras além da influência na gastronomia e língua.

Vai abordar a arquitetura das igrejas e o surgimento de irmandades religiosas negras e suas tradicionais festas, deixando um legado no Brasil, uma influência que modificou a maneira de tratar a religiosidade, de cultuar as divindades, influenciando a própria religião católica. Nessas irmandades, os negros muitas vezes tinham posição de destaque sendo chamados de rainhas e reis. E ainda em relação à religião vai abordar o sincretismo religioso, dando-nos exemplos de santos que são cultuados também nas religiões de matriz africana como São Jorge, Santa Bárbara e outros.
“Dessas festas negras nasceram as folias de reis, tão comuns ainda hoje nas cidades coloniais do interior brasileiro nos primeiros dias do ano. Segundo alguns estudiosos, estariam também na origem dos atuais desfiles de Carnaval.” (pg. 293)

Em alguns capítulos nos fala de algumas personalidades ou acontecimentos históricos. Dedica um capítulo à Chica da Silva, e esclarece alguns mitos que foram formados em torno de sua figura, sem deixar de dizer que era uma mulher à frente do seu tempo, uma figura marcante. Outro capítulo esclarece a Inconfidência Mineira, todo o processo de início da conspiração e seu desfecho com o enforcamento de Tiradentes e outras vezes vai nos apresentar algumas figuras em particular que se sobressaíram na escravidão. Vai nos falar também da lenda do Chico Rei, que tudo indica que nem existiu.
Voltando à África vai tratar dos entrepostos no comércio de escravos, e quanto eles foram importantes para o manejo dos escravos que eram trazidos do interior, e ficavam nos respectivos castelos ou fortificações, à espera da chegada de navios com destino às Américas. O autor descreve alguns deles, os mais importantes, em detalhes. Nesse viés vai nos falar de dois grandes países que brigaram muito pela primazia do mercado de escravos em determinada região: Daomé e Oió, região dominada por grandes líderes, que usavam toda a sua noção de guerra para vencer.
Houve muitas rebeliões e fugas, e o autor vai citar ao longo de um capítulo, o já conhecido Quilombo dos Palmares (abordado no primeiro volume) e outras revoltas importantes como a Revolta dos Malês (BA) e outras por toda a América.
Muito interessante, apesar de já ter um conhecimento sobre o assunto, da diferença entre a escravidão urbana e a rural, a diferença de tratamento dos escravos e suas diferentes especificidades de funções e ganho de soldo, para futura compra de sua liberdade. Uma relação melhor e mais direta entre patrões e escravos se apresenta na área urbana.

E chegamos à abolição da escravatura, sendo a Inglaterra o primeiro país a começar uma campanha, apesar do grande tráfico negreiro em sua história, e grandes companhias com pessoas de posse e até escritores entre seus contribuintes. A Inglaterra dará início a esse assunto, que é lógico, levou anos para ser “resolvido”, fazendo com que outros países como Estados Unidos e Portugal/Brasil pensassem sobre o tema com seriedade. Há uma tentativa de comparação em números, entre a escravidão nas diferentes colônias e seus colonizadores como número de escravos, número de mortos em viagens, número de libertos, número de descendentes e expectativa de vida. Tudo para dirimir a violência, fazê-la mais “aceitável”.

E por último, fala da fuga da Família Real Portuguesa, após conflitos com Napoleão Bonaparte, e toda a política envolvida na época, e sua chegada ao Brasil em 1808.

O Brasil foi um dos países que mais resistiu a abolir a escravidão!



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Vinicius.Pedrosa 13/07/2021

Ótimo
Livro muito bom que retrata nossa história, e como se desenvolveu o escravismo em todo o mundo, principalmente no Brasil.
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André 21/05/2022

Bom
O volume II chega a ser melhor que o I. Tem o estilo Laurentino Gomes de escrita: coeso, rápido e cheio de curiosidades.
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