Dentro da Baleia e outros Ensaios

Dentro da Baleia e outros Ensaios George Orwell




Resenhas -


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Claire Scorzi 18/04/2021

Lendo uma Mente Fora da Caixa
Vai um comentário simples e sucinto, apenas para não deixar passar em branco esse meu encontro com o Orwell ensaísta.
Acho que gostei mais do que do Orwell romancista, Não pelas ideias, que aqui como no romance são ótimas, mas porque Orwell não se mostra esperançoso como autor de ficção, e ficção deprê eu até leio, mas dificilmente vira meu favorito para ficar relendo.
Nos ensaios, essa visão de Orwell desce melhor, até porque aqui ele lida com a realidade, então, pode fazer previsões ora funestas, mas não pode determinar que os resultados serão de fato os que prevê - como numa obra de ficção.
Nesta edição, são 9 ensaios, e o que dá título, "Dentro da Baleia" é o melhor. Outros que merecem destaque mesmo sem achá-los tão bons como o primeiro, são "A prevenção contra a Literatura" - onde se comenta um encontro do PEN Club centrado na liberdade de imprensa, e onde segundo Orwell, pouco se falou - aliás, o tema foi escamoteado - sobre a liberdade política do escritor, a bandeira do direito à obscenidade sendo levantada com muito mais empenho (uma distração conveniente?); "Mina abaixo", sobre a realidade do trabalho dos mineiros ingleses, pelo menos nos anos de 1930; ""Inglaterra, sua Inglaterra", um interessante retrato da mentalidade do inglês comum segundo Orwell; "Política vs. Literatura: uma análise de As Viagens de Gulliver"; etc.
As observações e análises de Orwell são inteligentes, atentas, dando uma impressão de leitor curioso que não se contenta com lugares comuns seja qual for o tema. Nem sempre concordei, mas não senti - como já senti tristemente com autores que até gosto - que Orwell havia deixado sua inteligência de folga ao abordar política, por exemplo. Ele soava lúcido. Isso é bom. Para mim, é vergonhoso ler um contista ou poeta que, filiado a A ou B, põe sua mente para passear quando se trata de olhar para uma situação constrangedora que seu "partido" não pode explicar sem parecer covarde ou hipócrita. Que bom ler alguém que não faz isso.
Valendo como 4.5 porque Orwell não entende muito de cristianismo e faz generalizações que deixam isso vergonhosamente (para ele) evidentes. Uma afirmação sua porém merece destaque:
"O romance é praticamente uma forma de arte protestante; é produto da mente livre, da autonomia do indivíduo." Uia!
Divina Comedia Humana 18/04/2021minha estante
Também gosto muito do ensaio "Dentro da Baleia". Incentiva a gente a se abrir para a literatura além da politização.


Claire Scorzi 18/04/2021minha estante
De modo geral, acho política uma chateação, e me frustra ver ou ler gente bacana que muda da água para o vinho quando o assunto é esse. Mas Orwell conseguiu me manter interessada, e sua argumentação é consistente.


Cláudio Regis 02/05/2022minha estante
Essa frase que você citou para encerrar a sua resenha me chamou muito a atenção, também!
Ainda estou terminando de ler o livro, mas, sem dúvida, percebe-se um mente lúcida, perspicaz e muito inteligente...
Concordo que Orwell tem uma exegese bíblica um tanto "particular" (pega figuras bíblicas populares e coloca em seus ensaios conforme seu gosto) e não é muito diferente de muitos autores que cresceram em igrejas sem prestar muita atenção nas coisas!!! Rs
O que mais gostei foi sua crítica aos escritores panfletários que só conseguem falar de um único assunto (normalmente sobre seu viés político ou identitário)... e, de fato, é algo que empobrece toda uma geração!
Enfim... é um livreto que mostra o quanto Eric Arthur Blair é muito mais que suas obras ficcionais (e não é difícil encontrar algumas referências diretas ou indiretas em seus ensaios).


Gabrielle.Mendes 10/02/2023minha estante
Nossa! Eu achei o livro um pouco complexo, pois não entendi muito o primeiro texto e desisti de ler na página 28.




Vênus_Alice 30/08/2023

Dentro da baleia e outros ensaios
Eu adoro os livros do George Orwell e criei muitas expectativas nessa coletânea.
Mas o objetivo seu é complementarmente diferente dos demais, ele sempre se mostrou muito crítico à sociedade, comportamentos e alienações, mas nos demais livros, usando de metáforas, analogias e outras figuras de linguagem para essa construção.

Nesses ensaios o George Orwell faz inúmeras críticas diretamente, a maioria à escritores e ele apresenta ter uma grande resistência à mudanças, novas gerações, estilos e um apego ao conservdorismos.
Crítica bastante obras e autores muitos conhecidos, alguns momentos senti contradições (talvez ele só quisesse reclamar e apontar defeitos).
Alguns textos achei boas construções e passou a ideia de como era viver numa Londres em um pico da revolução industrial, na pré e durante guerra e todas as suas características culturais que eu não conhecia.
Outros textos não consegui me apegar e fiquei entendiada, parecia um desabafo sme muito fundamento para os leitores.
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Luuizafkr 20/02/2022

Meio confusa
Eu não entendi muito bem alguns ensaios, pois se referiam a outras histórias e eu não tinha lido, então fiquei meio confusa.
Emerson318 20/02/2022minha estante
Muita coincidência. Acabei "a flor da Inglaterra" nesse segundo; venho aqui "dar baixa", e dou de cara com essa resenha, que é exatamente o proximo que vou ler!




Francisco240 29/03/2021

Queria dar uma beijoca na testa do Orwell
Sua escrita é muito fascinante. Não sou muito fã de livro de não ficção, mas particularmente Amei esse livro ensaio do Orwell.
Creio que isso se deu pelo fato dele comentar a respeito de Ulisses, o livro O qual eu estou lendo no momento. Em geral é um livro ótimo, que vai falar de muitas obras e muitos autores, como Mark Twain, Tolstói e James Joyce.
Angel's Roses 30/03/2021minha estante
Beijoca kkkkkkkkk. Eu preciso criar vergonha na cara e ler o 1984.


Francisco240 31/03/2021minha estante
É o melhor livro dele


Francisco240 31/03/2021minha estante
Eu Simplismente devorei aquele livro sem sombra de dúvidas é um dos mais incríveis que já li e eu me lembro de ter ficado muito impressionado com o término da leitura!




Jasmim214 17/04/2023

George Owel
Lembrei de fazer as resenhas calmamente e chegou a vez desse livro ser avaliado.
Vou ser sincera, comprei esperando mais uma distopia típica de Owel, porém são realmente alguns textos não fantasiosos com 100% Da opinião do autor, ótimo para estudar política e temas sensíveis.

"Enquanto eu escrevo isso, seres humanos extremamente civilizados estão sobrevoando a minha cabeça tentando me matar. Eles não sentem nenhuma aversão à isso, estão apenas fazendo o seu trabalho"
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none 11/03/2021

A liberdade e a verdade e a sabedoria contra os totalitarismos
Nova edição de ensaios do autor inglês. Essa da editora Principis inclui além do ensaio que dá nome ao título do livro; Mina abaixo; Inglaterra, sua Inglaterra; O abate de um elefante, Lear, Tolstoi e o Bobo; Política x Literatura: uma análise de As viagens de Gulliver; A política e a língua inglesa, A prevenção contra a literatura e Semanário de meninos.
Meus ensaios particularmente favoritos são o primeiro, Dentro da baleia trata de literatura, mas também de política, os ensaios de Orwell cutucam aqueles que se aproveitam dos recursos da propaganda, da literatura panfletária, do oportunismo empresarial, que fazem má política ou que não fazem política nenhuma. Outro favorito é Mina abaixo, reportagem que o autor desce às profundezas da terra mais de 400 metros e quilómetros além de distância para mostrar-nos o árduo trabalho dos atarracados mineiros ingleses; posteriormente desenvolveria o tema em O caminho de Wigan. Em Inglaterra, sua Inglaterra trata dos nacionalismos nefastos, da cultura de seu país e da imprensa como formadora e deformadora de fatos; O abate de um elefante poderia a despeito de sua crueldade muito bem ser um esboço de um roteiro de um excelente filme, mas ao dizer isso estaria diminuindo a beleza do ensaio bem feito, da vida de um jovem oficial inglês à serviço do Império na Birmânia; O ensaio Lear, Tolstói e o bobo, retorna à literatura tratando de um texto menos célebre em que o autor russo ataca Shakespeare. O curioso é que Orwell jamais fica em cima do muro nem toma partido de um ponto de vista em detrimento de outro, forma tão baixa de ensaios tão comuns mundo afora nesses tempos, Orwell elogia quando é preciso e critica negativamente também quando vê essa necessidade. Não defende simplesmente Shakespeare porque é inglês, nem ataca Tolstói porque é russo. E o bobo? O bobo é o leitor que usa a literatura para sustentar pontos de vistas frágeis. Os demais ensaios (Política x literatura, a política e a lingua inglesa e a prevenção contra a literatura) servirão para quem lê tirar conclusões acerca da verdade na literatura de Orwell (1984, Revolução dos bichos), na literatura de forma geral. Orwell era socialista e tinha leitores e defensores de outras ideologias porque sabia qual terreno estava pisando, claro que muitos de seus divulgadores tentaram jogar o autor para as suas plateias e audiências, mas sempre o autor inglês tinha argumentos para defender o que era certo no jornalismo, na literatura, e na vida real (atacava pacifistas, capitalistas, católicos, conservadores, comunistas, ortodoxos na medida em que assim entendia correto, com fatos). O último ensaio Semanário de Meninos pode até soar datado para nós, mas nesse texto Orwell já atacava a Disney que criava filmes em linha de série, e os filmes de Hollywood. Semanários de meninos eram jornais para adolescentes ingleses da classe média trabalhadora que sonhavam e se inspiravam nos heróis desses textos vendidos em banca sobre meninos mais ricos em uma sociedade idealizada com detetives, sucesso futuro, ciência, maravilhas tecnológicas. Contrasta as estórias inocentes inglesas com as norte-americanas da mesma época que estavam cheias de malícia e idealizações de beleza física. Esses semanários ingleses também tinham suas versões para meninas com suas idealizações, romances e tramas rocambolescas. Eram jornais relativamente baratos que faziam os jovens em tempos de guerra sonharem. No entanto, não citavam o desemprego, a fome, estrangeiros eram sempre retratados como figuras estereotipadas e carregadas de aspectos negativos, a guerra, Hitler, o fascismo e o comunismo eram ignorados.
O que Orwell quer nos mostrar nesses ensaios é que os totalitarismos não são exclusividade de países ditatoriais, encontramos autoritarismo no dia-a-dia de uma Grã-Bretanha alheia aos expurgos e violações na Alemanha nazista e na URSS de Stalin, no comportamento das grandes mídias, da passividade ou alienação dos ministros, lordes e políticos, na idealização que a classe trabalhadora faz da riqueza que jamais vai alcançar, na ignorância do PEN CLUB (clube de poetas e autores) sobre a situação do mundo recusando-se a tratar da liberdade de expressão.
Notei que essa edição continha menos textos que a da Companhia das Letras, mas a tradução é competente e não compromete a leitura dos textos. É sempre um grande prazer e um enorme ensinamento ler Orwell
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Val Alves 17/03/2021

Um livro sincero e aparentemente contraditório
Nos principais ensaios- na segunda parte- Orwell fala bastante sobre política. Questiona se o escritor deve ou não exprimir em suas obras o seu posicionamento político.  Aparentemente ele era contra essa tendência e, inclusive, critica alguns autores que usaram sua obra com fins panfletários. O que, francamente,  achei estranho porque sempre acreditei que seus escritos fossem de cunho político. Enfim... fui tapeada.

Foi curioso descobrir que Tolstói considerava Shakespeare um escritor medíocre e que, inclusive,  se deu ao trabalho de escrever um ensaio para "provar" que sua obra não passava de mediana, além de acusá-lo de plágio.
Orwel deve ter deixado muitas pessoas admiradas e até mesmo irritadas porque critica vários escritores famosos e aclamados, como é o caso de Tolstoi  (principalmente,  devido à sua crítica à Shakespeare).
Em um dos ensaios ele nos fala que já trabalhou numa livraria e conta,  dentre outras coisas, um fato ainda bem comum: sobre a predileção dos leitores por livros ruins. Pois é... essa galera aí que diz "o importante é ler, não importa o quê, pois tudo é literatura..." sempre existiu. Um pensamento que, particularmente,  acho muito irritante pois desmerece a literatura como arte. Bastaria pensar com um pouco mais de razão e perceber que esse tipo de generalização não se faz com outras áreas de conhecimento.  Não se diz que toda construção tem as mesmas características técnicas, ou que todos os pratos e receitas tem a mesma qualidade, ou que todo professor tem o mesmo nível de conhecimento ou todas invenções e descobertas científicas são igualmente úteis.  Daí insistem em fazer isso com a literatura,  essa arte tão valiosa, e com os escritores, sendo que a minoria de nós tem a  habilidade para criar uma grandes obra. É um absurdo querer colocar tudo o que já foi escrito numa grande bacia e dizer: é tudo igual.  O máximo que se pode dizer é que o gosto é individual e, esse sim, não deveria ser discutido. Se a pessoa quer, por exemplo, passar a vida toda lendo Stephenie Meyer porque acha bom, tudo bem! Mas daí querer compará-lo a Machado de Assis para dizer que ambos são iguais em questões técnicas e qualidades literárias,  aí já é mais que absurdo: é idiotice mesmo.
Gabriel 17/03/2021minha estante
Gostei do seu desabafo! De fato, não dá pra comparar literatura assim.

E, quanto ao Orwell, acho que a obra dele fala sobre política, sim, mas talvez não como canal ideológico-partidário (provavelmente o que ele criticava). Não?

Todo mundo tem uma visão política, afinal, e ela vai ser expressada nas manifestações literárias tbm, eu acho.

Abraços !


Val Alves 17/03/2021minha estante
Ei Gabriel! Não estou certa quanto a declarar a contradição do Orwell pq tenho pouco conhecimento da obra dele pra afirmar qualquer coisa desse tipo... Só registrei minha impressão mesmo. Mas aparentemente vc tem razão, pois mesmo sendo de esquerda ele criticou bastante os grupos de esquerda nesse ensaio... preciso ler mais pra dizer algo mais assertivo.


Gabriel 17/03/2021minha estante
Poisé, muito se diz que, p.ex, em 1984 ele estava fazendo uma crítica - bem sofisticada - sobre os regimes totalitários da época (Alemanha, Itália, Rússia etc).

Crítica essa que, no meu entender, pode ser cada vez mais atualizada pra hoje, com sociedades hiperconectadas, expostas e vigiadas.

Enfim, ja to é me apropriando do teu espaço e falando demais ?

Obrigado por compartilhar suas impressões sobre o livro!

Abraços e boas leituras


Val Alves 18/03/2021minha estante
Eu que agradeço pelas considerações! ?




Lara1822 17/11/2023

Demorei para terminar essa por ser um livro fora da minha realidade e diferente de 1984 e A revolução dos bichos. Mas foi bom entender alguns pensamentos do nosso querido George, aprendi bastante com ele.
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Rhuan 06/12/2021

Abandonei, no momento.
Tentei ler, mas não consegui passar algumas páginas. Para mim, esses ensaios seriam melhor entendidos se lesse antes os livros citados. Fiquei muito perdido, não entendi nada e desisti, por enquanto.
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Giih 02/04/2023

Exaustivo.
Eu comprei o box do George Orwell porque eu queria os livros "1984" e "A Revolução dos Bichos", e esse aqui veio junto com eles. Eu achei a leitura bem arrastada e foi muito cansativo para mim, os únicos ensaios que gostei foram "Mina Abaixo" e "Seminário de Meninos", não gostei do desenrolar dos outros.
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Fabiana 21/08/2022

Gosteeeeei
Até que, depois de alguns meses enrolando, terminei esse livro. Pois bem, já vou adiantando que, pra quem quer, ou fugir da realidade ou algo que te mantenha entretido, talvez esse não funcione pra você. Talvez seja por isso que eu demorei tanto.

Tem algumas várias verdades nesse livro, que acaba se tratando mais de não opinião, mas mais como uma "resenha", "esclarecimento", até uma "discussão" em ensaios ( talvez seja pra isso que sirvam ensaios - desculpa - kkk). Eu realmente comecei o livro com alguma espectativa, com a inocência de que fosse outra coisa, não conhecia isso, então acabei me frustrando um pouco, mas quando peguei pra ler, as coisas foram passando rápido, acabei me interessando por alguns dos textos (por isso a nota). Ele fala sobre alguns assuntos (política, várias vezes) trazendo alguns pontos de vista até interessantes pra mim.

Mas bem, pra terminar, gostei bastante. Dos 30% pro resto do livro funcionou bastaaaante, começou a fluir bem mais. Pretendo, mais futuramente, ler outros ensaios do autor, gosto da forma como vê as coisas.

?????
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Acaui 09/11/2022

O livro conta com nove ensaios escritos pelo autor George Orwell, das quais ele critica, comunismo, capitalismo, nazismo, cultura, literatura e etc.
Recomendo bastante o livro, ele é bem interessante.
Lelouch_ph 24/12/2022minha estante
Recomendo que leia a Planta de ferro.


Acaui 24/12/2022minha estante
Obrigada pela recomendação.




spoiler visualizar
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Shaylanne 03/06/2023

A escrita de George Orwell sempre me parece um pouco cansativa, e foi assim a leitura dos ensaios, mesmo assim me interessei por vários tópicos e ensaios como "mina abaixo" e "Inglaterra, sua Inglaterra" onde ele fala sobre a experiência de sua visita a uma mina de carvão e sobre nacionalismo, respectivamente.
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