Cartas a uma negra

Cartas a uma negra Françoise Ega




Resenhas - Cartas a uma negra


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Graça 27/04/2021

Quarto de Despejo na França
Esse livro é como uma surra em todas pessoas que tem aquela síndrome de vira-lata que acha que tudo no exterior é melhor. Muitos problemas enfrentados aqui existem em países como a França, EUA, etc. Quarto de despejo existe em todo lugar.
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aliuscha 14/04/2021

Quando soube desse livro pela matéria na Piauí, tudo que eu quis era mergulhar nessa corresponde?ncia entre Carolina e Mam?e?ga; sempre me motivei pelo universo i?ntimo. A literatura tem essa possibilidade sublime de ficcionar, imaginar outros mundos e? poderoso, especialmente no caos. Mas so? quem viveu sabe e pode contar. Descolonizac?a?o, racismo estrutural, sociedade de classes, todo esse versado das cie?ncias humanas e?, antes de tudo, a vida na sua mate?ria bruta. Franc?oise na?o faz so? denu?ncia ou desabafo, a ponte que ela constro?i (Carolina e Mam?e?ga; Caninde?, Antilhas e Franc?a) e? a verdadeira expressa?o do interca?mbio, das infinitas possibilidades de propagar. Eu procurei maneiras sublimes de dizer o quanto esse encontro de Carolina e Franc?oise me emocionou, mas e? o puro comportamento branco de querer explicar o que Franc?oise ja? (des)escreveu ta?o perfeitamente.
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Elisana 09/06/2021

Distantes, mas próximas
A nossa personagem principal e escritora escreve cartas relatando suas vivências a nossa ilustre escritora, Carolina Maria de Jesus. As narrativas se aproximam a medida que relata as dificuldades enquanto pretos em seus respectivos países. Carolina escreve sobre a vida difícil de catadora de papel com seus filhos e a nossa narrador-personagem escreve também a partir de suas dificuldades trazidas pela cor de pele e por ser imigrante Martinicana, porém oferecendo novas perspectivas e novos moldes do racismo sistemático e estrutural e a xenofobia. A escritora tem a intenção de parecer cartas trocadas entre amigas, ainda que nunca tenham se conhecido e que a nossa narradora nunca tenha lido Quarto de despejo, mas ainda assim, o objetivo é alcançado e as cartas retrataram um panorama histórico-social desse momento da população negra em território Francês. A hipertensão da narradora me chamou muito atenção, pois os dados reais quanto a essa doença atribui mulheres negras como as maiores acometidas por essa doença.
O livro é muito bom, o formato é interessante e nos faz refletir bastante acerca da narrativa de Carolina Maria de Jesus e de Françoise Ega.
Aline Mota 09/06/2021minha estante
Já fiquei curiosa para ler.


Elisana 09/06/2021minha estante
Tenho certeza que você vai gostar!




Toni 10/06/2021

Leitura 37 de 2021

Cartas a uma negra [1978]
Françoise Ega (Martinica, 1920-1976)
Trad. Vinícius Carneiro, Mathilde Moaty
(Cortesia da) Todavia, 2021, 256 p.

“Pois é, Carolina, as misérias dos pobres do mundo inteiro se parecem como irmãs”: assim tem início o romance feito de cartas-diários para nossa Carolina Maria de Jesus escrito pela antilhana Françoise Ega. Resolvi trazer logo de início a palavra “romance” para classificar esta leitura como forma de contestar um certo viés de análise e chamar a atenção para a insistência com que obras escritas por mulheres, sobretudo mulheres negras em situação subalternizada, são amiúde celebradas por seu “valor documental” da miséria, do racismo ou da violência, como se não houvesse ali trabalho literário, apenas testemunhal.

Em “Cartas a uma negra” há criação literária de sobra e de imensa qualidade: construção de uma voz narrativa (que se identifica com a escritora), condução de cenas com clímax, frustração e encontro de expectativas, desenvolvimento de personagens—está tudo lá. Nesta obra magnífica publicada postumamente, partindo do que aparenta ser uma subversão da famosa frase que abre Anna Kariênina (“Todas as famílias felizes são parecidas entre si”), Ega nos apresenta dois anos durante os quais uma aspirante a escritora e faxineira-faz-tudo, insubmissiva e sagaz, conta as lutas diárias e conquistas de imigrantes e mulheres na cidade de Marselha.

Um dos poucos luxos a que “Maméga”, a narradora, se permitia era comprar a revista Paris Match. Foi em uma edição desse periódico que tomou conhecimento da “escritora brasileira favelada” que escrevia em papéis achados no lixo e publicara, com enorme sucesso, seu “Quarto de despejo” (que seria traduzido para o francês em 1962). Maméga não chegará a ler de fato o livro de Carolina, além de alguns trechos apresentados na revista. “Cartas a um negra” chega até nós, portanto, como essa longa correspondência entre irmãs que nunca será enviada, mas cuja força poética nos transforma, leitoras e leitores, em portadores de um diálogo precioso. Da conversa entre essas duas mulheres saímos todos—literatura, mundo e nós—mais fortalecidos na luta contra o cinismo e a injustiça.
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Rosa Alencar 19/02/2022

Posta Restante
Françoise não enviou as cartas que Carolina adoraria ter recebido, mas nos legou com uma escrita pungente e tocante, nos ensinou que lá, como cá, as desigualdades estão presentes e dão o mote aos preconceitos e dificuldades. Françoise faleceu em 1976, Carolina em 1977, as cartas foram publicadas em 1978.
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regifreitas 24/03/2022

CARTAS A UMA NEGRA: NARRATIVA ANTILHANA (Lettres à une noire: Récit antillais, 1978), de Françoise Ega; tradução Vinícius Carneiro; Mathilde Moaty.

Françoise Ega certa vez se deparou com uma reportagem sobre Carolina Maria de Jesus na revista Paris Match. Como não poderia deixar de acontecer, a história de Carolina acabou calando fundo nela. Ambas eram mulheres, negras, vítimas de preconceito, trabalhando em subempregos, uma na França, outra no Brasil.

Vivendo em Marselha, Françoise emigrara da Martinica, nas Antilhas, como tantos outros de seus conterrâneos, em busca de melhores condições de vida. Comparada com a favelada Carolina, ela levava uma vida até razoável, embora também tivesse que lutar diariamente por condições mais dignas. Para incrementar a renda, trabalhava como empregada doméstica em casas de família, conhecendo e convivendo com toda a sorte de pessoas.

Como Carolina, Françoise possuía vocação literária. Entre 1962 e 1964, ela escreveu estas "cartas", cuja destinatária seria Carolina Maria de Jesus. "Pois é Carolina, as misérias dos pobres do mundo inteiro se parecem como irmãs", assim inicia a obra. Nestes textos, ela relata seu dia a dia trabalhando como doméstica, enquanto deve cuidar também da sua própria casa e da educação dos filhos. Além disso, Ega se arriscava a escrever outras coisas, como ficamos sabendo através de algumas passagens do texto. Ela sonhava em ser publicada, muito embora não tivesse o apoio do próprio marido, que a desacreditava desse sonho, nunca incentivando-a nesse sentido.

Ega acabou tendo um outro romance autobiográfico publicado, LE TEMPS DES MADRAS (1966), ainda sem tradução por aqui. Além de as "cartas" nunca chegarem às mãos de Carolina, tampouco Françoise viu esta obra vir a público, em 1978, já que ela falecera dois anos antes.

Françoise e Carolina, duas vozes irmãs separadas por um oceano! Duas vozes que merecem, mesmo tardiamente, o reconhecimento que não tiveram em vida.
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Doug 21/11/2021

O começo arrebatador na passagem "pois é Carolina, as misérias dos do mundo inteiro se parecem como irmãs" François Ega em seu relato sobre a vida de imigrante na França é um livro tão necessário quanto o sua irmã brasileira o Quarto de Despejo.
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Lurdes 06/05/2021

Que lindo seria se Carolina Maria de Jesus e Françoise Ega tivessem se conhecido.
Posso imaginá-las tomando um café em São Paulo ou em Marselha, conversando sobre seus filhos, as dificuldades enfrentadas por ambas para sobreviver em condições adversas, vítimas de racismo, preconceito, desigualdades sociais e econômicas.
Mas o assunto principal da conversa de Carolina e Françoise seria a escrita, que move a vida destas duas grandes mulheres, grandes escritoras.
Não se enganem com a simplicidade de suas vidas. Duas mulheres fortes, conscientes das injustiças a que são submetidas, não se conformam e lutam, cada qual à sua maneira, para reverter esta situação.
Cartas a uma Negra é um apanhado de cartas escritas por Françoise a Carolina, que apareceu em uma matéria em uma revista francesa e encantou Ega.
As duas nunca se encontraram, mas a existência de Carolina serve como um incentivo para que Françoise siga seu sonho de se tornar escritora.

"Você tem que falar sobre lanchonetes e piscinas! Garotas bronzeadas tomando banho nas praias, as pessoas adoram isso! Quem vai se interessar por histórias de negros??. Eu poderia ter desanimado. Mas, Carolina, vejo você escrevendo à luz de vela, sem a presença de ninguém para lhe dizer que tipo de mamoeiro você é, me debruço então sobre uma nova página e a encho de realidade".

São relatos pungentes que nos envolvem, nos causam revolta, admiração e esperança.

A realidade de Françoise não é tão dura como a de Carolina, mas ela, mesmo com curso técnico, na condição de imigrante antilhana, negra, em Marselha, consegue apenas trabalhos como faxineira ou outras atividades subalternas, submetendo-se a patroas exploradoras que muitas vezes nem se davam ao trabalho de perguntar seu nome.

"Os dias serão semelhantes uns aos outros, os anos uns aos outros, já as madames serão sempre as mesmas, anônimas e tristes. O gado humano que vem da minha terra será distribuído ao acaso por todos os cantos da França. Ninguém vai perceber, vai se tornar algo natural. Tendo uma irmã que conseguiu um trabalho assim, o estudante evitará falar sobre o assunto, e a irmã dirá que não é o caso dela: então tudo ficará bem, para a alegria de uns."

Em um trecho do livro, ela consegue viajar a Paris com os filhos e resolve enviar postais a ex-patroas. Sua fala reflete muito o que vemos ainda hoje quando pessoas de classes menos favorecidas conseguem alguns feitos como viajar, ingressar em uma universidade, dentre outros.

"O que seria mais divertido do que escrever as seguintes palavras a uma patroa que a imagina enraizada numa região: ?Envio lembranças de uma Paris ensolarada?. Já a vejo jogando com desprezo o cartãozinho numa cesta de lixo, ou dizendo: ?Só faltava essa".
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Henrique Fendrich 16/09/2022

Aquilo que a Carolina Maria de Jesus fez em "Quarto de despejo" foi tão memorável e digno da atenção do mundo todo que chegou ao conhecimento de uma negra nascida na Martinica e que vivia uma vida de exploração similar na França. Reconhecendo em Carolina uma irmã de infortúnio, Françoise Ega passou a escrever cartas destinadas à brasileira contando sobre todas as agruras e as injustiças de que eram vítimas as antilhanas trazidas à França para trabalharem como domésticas para uma elite talvez até mais preconceituosa que a brasileira.

E como revolta o que faziam com essas domésticas! E como é escandaloso e degradante o tratamento que esses "patrões" e "patroas" dispensavam às suas empregadas antilhanas! As pessoas costumam ter a visão de que a França é um país de gente "chique" e "culta", mas muito disso foi conseguido ao custo da vergonhosa exploração de gente como Françoise. Então o livro promove um inusitado paralelo entre a pobreza e o racismo do Primeiro e do Terceiro Mundo, pois a autora se dirige à brasileira Carolina sabendo que ela passava por coisas ainda piores enquanto lutava para sobreviver em uma favela de São Paulo.

Não era isso, contudo, a única característica que as unia, pois ambas acalentavam o desejo de publicarem aquilo que escreviam, mas ambas também eram talentos não aproveitados, porque não tinham o dinheiro, a cor da pele, a "network" que permitiria chegar ao mundo das editoras e receber o mesmo tratamento que recebiam os brancos, ricos e bem relacionados. Viver da escrita! Que sonho! Carolina e Françoise escreviam nos intervalos de suas jornadas extenuantes, no tempo que sobrava dos subempregos que as consumiam e as humilhavam.

Elas mesmas tinham dúvidas, mas insistiam, algo dizia para elas continuarem a escrever, que o ponto de vista e a perspectiva de mundo delas precisava ser conhecido. Por fim, ambas tiveram livros publicados, embora não tenham recebido em vida o reconhecimento do qual se fizeram merecedoras. Ler esses livros então é uma forma de fazer justiça ao esforço e ao talento das duas e de negar boa parte dos preconceitos que sedimentam a literatura "padrão".

Esses preconceitos persistem mesmo na França que publicou os livros de Françoise, já que não deram até hoje muita atenção a essa Carolina que foi destinatária das suas cartas. Por aqui, no Brasil, é preciso que o diálogo com o livro de Françoise seja aprofundado e que, mais do que isso, que se pense além da literatura feita pelo homem branco de classe média.
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Maria Faria 23/05/2021

Exploração à francesa
Françoise, apesar de ter qualificações para trabalhar como costureira ou secretária, sempre terminava limpando avidamente o chão de alguma francesa que acreditava que as mulheres pretas antilhanas somente tinham utilidade para o serviço doméstico.
As cartas da autora foram endereçadas a Carolina Maria de Jesus, escritora do famoso diário sobre as condições de vida e pobreza numa favela brasileira. Françoise leu um artigo em uma revista com um resumo sobre os escritos de Carolina e, entendendo que a luta da pobreza e o martírio do racismo era universal, resolveu falar sobre sua rotina como se escrevesse para Carolina. Mesmo sabendo que as cartas nunca chegariam até as mãos da brasileira, ela encanta contando sua rotina.
A questão é que a rotina de Françoise tem muitas ocorrências que se encaixam no racismo ainda vivido por pretos no mundo todo e outras vivências que nos deixam indignados com a situação de exploração dos antilhanos na França da década de 1960.
Essa obra epistolar é composta por cartas datadas de maio de 1962 a junho de 1964.
A autora expôs a rotina de crueldades das patroas que submetiam as empregadas domésticas aos mais árduos serviços.
Já cansada da infinita exploração, a narradora buscava outras alternativas. Procurou emprego como costureira, mas ao chegar ao trabalho descobriu que a vaga de costureira era uma fachada para enganar as antilhanas, o trabalho era de fato doméstico.
E apesar de tudo, Françoise tinha imensa paixão pela escrita. Ela escreveu três livros, dentre eles as cartas não enviadas à escritora brasileira. Procurou avidamente alguém que publicasse seus escritos, mostrando-os a vários agentes literários, que reconheciam que seu texto era atraente.
Ler Françoise Ega foi uma das melhores escolhas de 2021. Seus relatos causam um misto de orgulho e revolta. Orgulho da mulher que mesmo batalhando para manter sua família e ajudar seus conterrâneos, não desistiu de escrever, ainda que não houvesse nenhuma esperança de ser publicada ou valorizada. Revolta por saber sobre as crueldades praticadas naquela época, ainda que a abolição já fosse história velha. Foi difícil constatar que a mesquinhez não possui bandeira e que muito da evolução divulgada fora dos territórios franceses naquela época, não era prática costumeira dentro dos limites do país.
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Emerson Dylan 25/06/2023

O universo de Maméga
Que obra singular! Tudo na narrativa de Françoise Ega impressiona. Poderia ser apenas um diário, poderia ser apenas um conjunto epistolar; mas o que ali é narrado transforma em um potente relato de seu tempo e de seu espaço. Uma obra tão completa e complexa que fica difícil enquadrar sob qualquer tipologia.
A singularidade começa pela escolha da destinatária das cartas-testemunho. É notável demais o impacto que apenas a notícia da existência de Carolina Maria de Jesus causou na autora. E é lindo ver o quanto essa revolucionária da literatura brasileira se torna personagem onipresente no decorrer de todo o relato, apesar de Ega ter lido somente uma matéria sobre Carolina.
As mazelas da pobreza paulistana se replicam na realidade das antilhanas violentamente exploradas sob o sol de Marselha. Há uma universalidade na exploração, na desigualdade, o que faz com que a obra dessas duas autoras existam. Mas há universalidade também nos elos de solidariedade e criatividade e na necessidade de se fazer ouvir (e ler), o que faz com que elas existam.
Naa cartas há passagens emblemáticas das violências sofridas (o que lembra muito o contemporâneo e extraordinário filme "A Negra de...", de Ousmane Sembène), mas há outras que chamam muito a atenção do quanto Ega era uma cronista ímpar de seu tempo. Penso em como a narração da festa dos jovens, quase nas últimas cartas, e da descrição do cotidiano do prostíbulo, captam com olhar único a França no início dos anos 1960. Em ambas as cenas, a história dos costumes acontece; em ambas existe uma empregada negra, que a crônica de Ega ajuda a não inviabilizar.
Findada a leitura (que se complementa com o excelente posfácio dos tradutores na edição da Todavia), fica o anseio por passar o livro para frente, para gritar ao mundo que leia Ega. Fica também a vontade de revisitar a velha amiga Carolina, imaginando a felicidade que seria a concretização em vida desse encontro literário.
NathaliaEira 26/06/2023minha estante
Tive o mesmo ímpeto: sair gritando "leiam Ega", fenomenal! Ótima resenha!




Gabriel.Sousa 14/11/2021

10/10
Esse livro nos mostra o quão grande foi a nossa Carolina Maria de Jesus, servindo de inspiração para a autora Françoise Ega a escrever seu livro, tento conhecimento de quem é Carolina por meio de uma revista em Paris. Esse livro são cartas escritas para Carolina falando sobre sua realidade e de outras pessoas que buscavam melhores condições de vida, em outro país outro
continente.
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Nay__ 01/11/2023

Didático
Só faltou desenhar pra mostrar a realidade que ninguém quer ver. Pode ser dos anos 60, mas é muito atual.

Nesse relato o tom é tão otimista (ainda que realista) que me passou certo mal estar, mas entendi que ela não quis se assujeitar ao sofrimento imposto, o que a meu ver beirou tanto a fantasia e os óculos de Pollyana (em relação as atitudes/pensamentos da protagonista) que só então eu descobri que o livro é uma ficção autobiográfica, acostumada que sou com o relato de sofrimento em situações de sofrimento.

O final, aos solavancos, mostra que o corpo é frágil, não nos esqueçamos, e arremata a história do cotidiano às vezes repetitivo, às vezes com uma viagem de férias ou uma festa, às vezes com um acolhimento a quem não tem família, não tem lugar, não tem oportunidade.

Não li Maria Carolina, isso parece que fez diferença. E, mesmo sabendo que as realidades são outras, a de Ega talvez menos precária, ainda é uma realidade de sofrimento, luta e não pertencimento. Discordo de quem disse que Carolina diria que Ega não sabe de nada, ela sabe... e talvez tomassem um café juntas.
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João Witor 28/12/2022

Esse livro me surpreendeu de tantas formas que eu não consigo nem explicar. E o melhor é parar pra analisar que são "cartas" verdadeiras. E confesso que chegou a doer de verdade ver como as mulheres negras eram/são tratadas. Esse livro é uma mostra escancarada do racismo que mulheres negras continuam enfrentando até hoje
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José Cláudio 10/11/2021

Me agrada muito que já nos anos sessenta tenha havido essa conexão entre Carolina Maria de Jesus e Françoise Ega. Ê um livro muito bem escrito, mostra bem as mazelas da pobreza na França, que não são tão diferentes daqui, recomendo
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