Gabyh 14/04/2019
"Nesse dia me contaram que ele se apaixonou pela minha mãe, uma mera humana, em uma de suas viagens à dimensão dos mortais."
O primeiro ponto para entender essa história é acreditar em fadas. Melanie é a princesa das fadas, mas viveu a sua vida sem saber que era uma - ao menos até o seu aniversário de 18 anos - quando ganhou de presente o falecimento de seu pai, uma estranha tatuagem e a descoberta de que não era um ser humano.
Por vezes fiquei tentando entender onde a autora queria chegar com o romance, que foi bem difícil de engolir, entre Melanie e Arthur, afinal os dois mal se conheceram e logo pareciam ter encontrado a alma gêmea, mas Arthur nunca demonstrou interesse pela garota, muito pelo contrário, ele parecia só querer saber mais sobre a magia que envolvia fadas e nada mais, e não foi surpresa ver que esse relacionamento, se é que podemos dizer que existiu um, terminou da forma como foi, no fim Melanie quis ser para Arthur o mesmo que a mãe dele foi para seu pai, uma grande amiga que conheceria a filha dele, mesmo sem nunca ter participado da vida dele, mas sugerindo um nome.
O que mais me incomodou foi o final do livro, afinal, Melanie acaba ficando com um garoto com quem conversou somente alguns minutos, o que faz parecer que por mais que a personagem tenha envelhecido e amadurecido em muitos aspectos, ela se sentia carente e se entregaria à primeira pessoa que falasse "eu gosto de você" pra ela.
Contudo o livro é bastante cansativo, a história é sem emoção, o que muitas vezes quase me fez desistir da leitura, o relacionamento entre os personagens principais é forçado, mas ainda sim é perceptível o crescimento da personagem principal no decorrer do livro, como ela encontra o seu lugar no mundo. A Fada conta uma história de amor, descoberta e superações, o que pode levar muita gente a redescobrir a magia em sua vida.