spoiler visualizarGG 14/03/2016
Resenha Original no blog DNA Literário
CONTÉM SPOILERS DOS LIVROS ANTERIORES!
Como todos sabem, Dragões de Éter me conquistou completamente, desde o primeiro livro. Círculos de Chuva é o terceiro da trilogia, só não digo que é o último, pois o autor já disse que pode fazer um quarto livro, mas que se a trilogia fosse uma série, seria como se houvesse terminado a primeira temporada. Eu estou me apegando piamente nisso, pois muitas coisas foram deixadas no ar e eu fiquei órfã de mais um livro. E como toda pessoa que tem esperança, qualquer coisa é considerada um sinal... Há uma frase no livro que diz “Nenhum conto de fadas termina mal. Se atualmente não está bem, é porque ainda não chegou ao fim.” E eu apliquei isso ao livro, porque estou desesperada. Draccon do céu! Faça mais livrooooos! Por favor, nunca te pedi nada...
Bem, neste livro, Draccon traz mais personagens, inspirados em mais contos de fadas, como Peter Pan, João e o pé de feijão, Rapunzel, O patinho feio e O Flautista de Hamelin (no segundo livro a história é somente citada, nesse, Hamelin é um personagem – muito legal, por sinal). Também há referências à mitologia grega e até às histórias da Bíblia, como Davi e Golias. Apesar de não ser o melhor dos três livros – gostei mais do segundo -, Círculos de Chuva é o que mais tem conteúdo, mais surpresas e reviravoltas. A guerra mundial em Nova Ether é iminente, as alianças estão sendo formadas e Anísio, em tão pouco tempo de reinado, já está tomando grandes decisões que, para mim, já fizeram-no superar seu pai. Ele realmente foi incrível.
Se existem livros que merecem e precisam ser relidos, Dragões de Éter com certeza é um deles. Sinto que muita coisa passa despercebida na primeira leitura e que, na segunda, talvez, eu perceba, mas isso é papo para daqui a um bom tempo. Falarei das coisas que foram perceptíveis desta vez, como a mudança de Axel. O príncipe de Arzallum mudou desde que se separou de Maria Hanson, para ir atrás de sua noiva prometida. Perder o amor da sua vida para cumprir um compromisso que fazia parte de um plano maior, é com certeza um bom motivo para mudar. Eu não sei se mudou para melhor ou para pior, ele ficou mais forte e mais responsável, mas perdeu algo que eu gostava nele, não sei dizer o que, talvez seja porque foi uma dor enorme para mim, ver Maria e ele separados. Sofro com livro mesmo, me julguem.
Falando em Maria, ela foi outra que mudou. Nos outros livros ela era mais esperta, ágil... Nesse ela praticamente foi uma donzela em perigo e tem novos pretendentes que a protegem. Mas continua como professora e todos a conhecem por ser a garota que conquistou o coração do príncipe Axel, entretanto, com isso vem a lembrança da separação, o que deixou-a um pouco pra baixo também. Esse foi o livro que menos gostei dela, ao contrário de seu irmão, que teve seus melhores momentos! João passou de menino para homem, entrou para os escudeiros e teve coragem para agir quando Arzallum e sua Rainha precisavam dele. Ele passou por mais provações que qualquer garoto da sua idade e se saiu muito bem. Sua noiva, Ariane, ainda está descobrindo seus dons e tentou ajudar ao melhor estilo Ariane de ser. Ela também amadureceu bastante, sempre com um jeito espontâneo típico dela, mas cresceu muito durante a série.
Aliás, as personagens femininas foram bem fortes no geral. Branca tornou-se a Rainha que disse que se tornaria no primeiro livro: forte e de atitude. Bradamante, a capitã da Guarda Real, já havia me conquistado, mas nesse livro ela tornou-se ainda mais grandiosa. Sem dúvida, uma das melhores personagens. Liriel mostra-se importante para Snail, para que ele não deixe sua humanidade de lado. Ainda conhecemos algumas elfas, que são extremamente sensacionais.
Em Círculos de Chuva, um personagem, que muitos podem ter esquecido momentaneamente, volta. Confesso que já desconfiava, pois eu percebo os detalhes que indicam tal retorno. É claro que o autor me surpreendeu nas reviravoltas que se seguiram, mas enfim... Sem spoilers. Falando em autor, o narrador de Dragões de Éter foi sensacional na parte da guerra. Ele não mostrou a “superfície” da guerra, ele descreveu a realidade, ele falou do que ninguém fala, disse todas as coisas que ninguém que nunca foi a uma guerra sabe. Eu nunca fui a uma, não sei se é realmente verdade, mas fez sentido para mim.
Como eu disse, a trilogia foi fechada. Pode existir um quarto livro, mas o ciclo desta etapa se fechou. Porém, muitas coisas foram deixadas em aberto e o final deixou uma espécie de gancho para uma continuação. Eu estou bem esperançosa, deu pra perceber né? Hahaha
Com toda a certeza, Dragões de Éter conquistou seu espaço no meu coração. Entrou para a lista dos meus preferidos e eu indico MUITO para qualquer um. Deixo aqui meu OBRIGADA ao Raphael Draccon, por ter me proporcionado essa leitura maravilhosa e ter me apresentado a esse mundo fantástico – em todos os sentidos da palavra.
site: http://dna-literario.blogspot.com.br/2015/11/resenha-dragoes-de-eter-circulos-de.html