Resenhas -

Carla.Floores 18/01/2024

No fim das contas só temos a nós mesmos.
Relíquia viva faz parte de uma antologia publicada no Brasil em 2011 mas foi publicado inicialmente em 1852.
Dois amigos saem para caçar, porém, devido à chuva não foi possível dar continuidade. Ermolai recomenda que ele e Piotr pernoitem num sítio de posse da mãe de Piotr e de que ele nem fazia ideia (obviamente). Chegando lá ele avista o apiário e segue por um atalho que dá no galpão. Neste lugar ele encontra uma velha conhecida numa situação deplorável. No entanto, da perspectiva dela, sua condição nada tem de penosa ou lamentável. E é aí que está o pulo do gato!
Fé, solitude, contentamento e resignação, a curiosidade sobre a desgraça alheia e o quanto ela nos ensina, mindfulness, autossuficiência, deficiência da medicina naquela época, solidariedade, oralidade. Como funciona esse incômodo que mexe com a gente ao ver o sofrimento alheio, mas ao mesmo tempo, como alguns riem disso.
Qual é a medida do sofrimento? Uns sofrem mais que outros? Como mensurar isso?
Sofrimento/prazer e beleza são aspectos subjetivos da vida.
Um ponto que imagino ter sido problema para Ivan ao publicar seja a crítica às personalidades da igreja.
Como é possível um conto tão curto gerar tantas indagações e sentimentos?!

Mel Rasera 31/01/2021

Um conto sobre aceitação e resignação em relação à vida escrito com leveza por Turgueniev.

Fernanda Sleiman 12/06/2020

Um conto sobre resignação. Sobre esperar e se conformar com a espera

Léo Araújo 24/05/2023

O valor da vida!
Turguêniev retrata nesse conto o valor que a vida tem e da luta com a morte.

Enquanto Piotr Petróvitch caçava com Ermolai, depara-se com uma situação em que outra pessoa, Lukéria, conhecida dele em épocas remotas, passa por uma vida miserável e sem futuro.

Um diálogo se estabelece e nesse ponto é possível questionar-se sobre a vida que temos: é realmente bem vivida diante do que é descrito no conto? Estamos satisfeitos com ela ou não? Podemos mudar de situação ou já nos resignamos?

Ana140 26/05/2024

Surreal
Este conto é incrivelmente surreal, e me fez sentir uma ingrata diante de tudo que Deus tem me dado, depois de ler sobre alguém que em uma situação tão extrema, conseguia vislumbrar a Graça de Deus, e a beleza em tudo, inclusive na própria dor e sofrimentos, e não se trata de ser conformista ou egoísta, de não permitir que a ajudem, que a tirem daquela situação, mas sim de ver com olhos doces que sua vida não é um mero acaso e que sua dor não foi em vão.

E claro que cada pessoa terá uma visão diante deste conto e essa foi a minha, recomendo que leia e tire as suas próprias conclusões, independente do olhar que você tenha com certeza vai acabar de ler com um outro olhar sobre a fé humana.