Periféricos

Periféricos William Gibson




Resenhas - Periféricos


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giovana 26/05/2021

interessante
o gibson usa muito neologismos (sempre) e a escrita dele é rápida e cheia de informação. eu curto, mas requer mais atenção assim, não da pra divagar. a premissa desse aqui é muito interessante, com os ?multiversos? e no final a ideia de que o ser humano é bom sim, afinal pra que ajudar um passado que nem é o seu? um ato completamente altruísta.
a ideia dos periféricos achei mt louca tmb. tipo, se tu se apaixona por uma pessoa q não pode estar fisicamente presente cntg, tu ta se apaixonando pela pessoa realmente? querendo ou não o físico faz parte da pessoa em si. talvez os periféricos sejam uma ?versão? da pessoa.
é isso ai. la pelo final fica meio enrolado assim. e o clímax é tipo 2 páginas mas isso não incomoda muito não. faz parte da escrita do gibson. tem mt mais além da ação que ele descreve, mas fica bem implícito.
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Fernando Lafaiete 16/04/2021

Periféricos | William Gibson
*******************************NÃO contém spoiler*******************************
Resenha postada originalmente em: https://www.mundodasresenhas.com.br/

AUTOR: WILLIAM GIBSON

EDITORA ALEPH / IDIOMA: PORTUGUÊS / GÊNERO: FICÇÃO-CIENTÍFICA / 520 PÁGINAS

O que você faria se fosse testemunha de um assassinato ocorrido em uma realidade virtual que parece ser um resquício do futuro? Pois é exatamente diante desta situação que Flynne, uma azarada garota se vê ao substituir o irmão como segurança virtual em um misterioso jogo; e se tornar da noite pro dia a testemunha de um suposto crime. Situada em um mundo em que a impressão de itens em modo 3D são possíveis para serem utilizados como objetivos comuns do dia-a-dia, a jovem se vê diante de uma perigosa trama de intrigas, mentiras e suposições, onde o passado, o presente, o futuro e um suposto futuro, irão se entrelaçar, dando vida a uma corrida contra o tempo onde a solução do que presenciou não parece ser a única e necessária preocupação de todos.

Indo e vindo através de duas linhas temporais e focada em dois grupos distintos de personagens, a narrativa de Periféricos do autor William Gibson - escritor também de Neuromancer, a obra que serviu de inspiração para o clássico dos cinemas Matrix - apresenta uma intrincada trama que nos leva a um emaranhado de caminhos em que nem tudo parece ser o que demonstra ser. Com bastante audácia, Gibson entrega um extenso portfólio de personagens que interegem de forma dinâmica, levando a trama adiante - entre idas e vindas temporais - se aproveitando de elementos clássicos e intrínsecos ao gênero.

Indo de encontro ao conto clássico Mozart in Mirrorshades dos escritores Lewis Shiner e Bruce Sterling - o qual o próprio autor cita em seus agradecimentos - Periféricos se desenvolve de maneira a agradar quase que de forma certeira aos fãs tanto do autor quanto das temáticas em si. O que por si só me parece ser realmente o caso, tendo em vista as boas avaliações que vem recebendo de quem já o leu. Mas se eu o indico ou não, sinceramente? Não sei dizer.

MINHAS IMPRESSÕES:

Em se tratando de um autor conceituado e bastante temido por um grande grupo de leitores - devido a sua comentada complexidade narrativa - Periféricos me surpreendeu pela fluidez e facilidade de assimilação em relação a forma em que a tudo é narrado e apresentado ao leitor. Apesar ter me sentido perdido nos primeiros 20% da leitura, não tive uma experiência truncada, desafiadora ou desconfortável.

Os capítulos curtos colaboraram e muito para que as páginas voassem, não cansando ou transformando a leitura em algo enfadonho; o que ocorreria se o texto fosse formado de grandes blocos de capítulos. As explicações entregues também não são das mais difíceis, apesar de causaram estranheza em um primeiro momento. As grandes questões que me atrapalharam foram outras e não as que sustentaram ao longo dos anos e ainda sustentam a fama do autor.

Logo no início da leitura senti uma certa frieza na escrita. Tirando os últimos 10% do livro, não me senti de forma alguma conectado aos personagens e aos mundos apresentados. Os personagens não me causaram empatia e não entregam carisma. Apesar de humanos, parecem em sua maioria e em grande parte da trama como seres nulos de sentimentos ou de qualquer outros aspectos que os classificariam como seres não robóticos.

As ambientações apesar de interessantes, também deixam a desejar. O autor cita em vários momentos elementos acerca das avançadas telecnologias e estruturas sociais e políticas, mas não se aprofunda em nada. Tudo instiga e desanima nas mesmas proporções, fazendo com que eu me sentisse limitado como leitor, já que não me era possível ter um vislumbre amplo, seja ambiental ou situacional.

A parte investigativa é mais um dos elementos que pra mim ficaram aquém do esperado. Comparado com outras obras que misturam o investigativo com a ficção especulativa, como a série dos Robôs de Isaac Asimov e Encarcerados de John Scalzi, classifico Periféricos como um livro muito árido. Entretanto, engana-se quem pensa que o destetei ou terminei a leitura não desejando ler mais nada do autor. Apesar de milhares de ressalvas e escassez de elogios, permaneci durante boa parte do livro investido na leitura. Os últimos capítulos são muito bons, e a ideia do romance como um todo é bacaca, conseguindo me deixar no mínimo curioso para conferir outras obras do referido autor, em especial, aquela que muitos enaltecem e outros tanto nem conseguem passar das primeiras páginas, a temida Neuromancer.

CONSIDERAÇÃO FINAL:

Apesar dos diversos elementos já conhecidos dos leitores, Periféricos transmite uma sensação esquisita de algo inovador, mesmo que não o seja de fato. Para quem está iniciando ou pretende iniciar a leitura do gênero, eu certamente não o indico. Pra quem lê o gênero e gosta, confesso que fico em dúvida. O que posso dizer é: leia por sua conta em risco e tire suas próprias conclusões. Melhor conselho do que este, no momento não me sinto preparado para dar.
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yagotorres 01/03/2021

História envolvente
A história é boa e envolvente, mas a leitura, pelo menos pra mim, foi complicado por causa das linhas serem muito próximas.
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Leo Vieira 21/01/2021

Periféricos (William Gibson)
William Gibson é um dos mais importantes escritores de ficção científica de todos os tempos. Suas obras deram origem o gênero cyberpunk, influenciaram a cultura pop e o mundo todo, em geral. Em seu novo livro, Periféricos, Gibson retorna à ficção científica com triunfo, nos levando novamente ao futuro, em uma história original de mundos em colisão e viagens no tempo acidentais e interligadas.

A narrativa funciona em dois núcleos, em dois futuros diferentes. No primeiro futuro, o mais próximo do que conhecemos, seguimos Flynne uma jovem garota que vive em um mundo onde a política e a economia estão quebrando, com empregos disponíveis relacionados ao trabalho em restaurantes locais, fabricação de drogas, impressões 3D ilegais, jogando videogame por dinheiro entre outras coisas.

E é em um desses videogames que a história começa. Burton, irmão de Flynne, trabalhava em um jogo de realidade virtual, em que atuava como um drone afastando paparazzis de pessoas famosas. Em certa ocasião, ele pede que Flynne o substitua, quando sua irmã acaba presenciando um assassinato, durante a partida, que mudará não apenas a sua vida, mas também, toda sua concepção da realidade.

E então conhecemos Wilf Netherton que vive num futuro mais distante, em um mundo cheio de tecnologia extrapolada, corpos alugados chamados ?periféricos? e quase sem vida humana. Depois de um evento chamado ?Sorte Grande? , boa parte do mundo foi despovoado.

Nesse futuro em Londres, de alguma forma acidental, descobriu-se uma forma de transmitir dados de um lado para o outro no tempo, assim, quando Flynne presenciou um assassinato no ?jogo?, se tratava de um assassinato real de uma cliente de Wilf, uma vez que eles estavam interligados no tempo através de dados.

Dizer mais alguma coisa sobre a trama estragaria muito. Eu provavelmente já disse muito mais do que deveria, então esqueça tudo imediatamente e apenas leia este livro. O Periférico recompensa aqueles que respiram fundo e mergulham fundo ? sem saber nada, sem esperar nada.

Embora as primeiras páginas seja de uma leitura difícil, habitual de Gibson, no decorrer da trama ficamos completamente submersos na história. Os mundos de Periféricos não são nada novo, no que diz respeito a futuros imagináveis na cultura pop, porém a forma como Gibson prevê o futuro, através do texto, é absurdamente atual e condizente com tudo que somos hoje. Isso torna a história ainda mais fascinante.

Além da originalidade da viagem no tempo imposta nessa ficção, ela é concebida de uma forma plausível, levando em conta avanços tecnológicos, e fantástica por ir além do que jamais imaginamos antes.

Periféricos é o melhor trabalho de Gibson, desde suas primeiras obras. Aqui ele nos oferece novamente aquele futuro tátil, onde se pode sentir, na pele, as sensações de andar pelas ruas futurísticas criadas pelo autor. Gibson cria um futuro assombrado pelo passado o que significa, é claro, assombrado pelo nosso presente, lidando com contínuos agora em mundos afetados por mundos, que desagua em uma história que, além de entreter e divertir, nos faz refletir sobre as escolhas que fazemos hoje poderem interferir no futuro e forçar outros a viverem sob a consequência dos nossos erros.

Vale citar que a nova edição da editora Aleph está com tradução meticulosamente bem feita, possibilitando que a leitura seja ainda mais imersiva.
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Renan Barcelos 13/01/2021

Uma resenhícula
**Mais abaixo tem link de um vídeo com mais comentários, se gostar se inscreve no canal :)**

Seguindo meu desafio de ler 100 páginas por dia, terminei Periféricos, novo lançamento da Editora Aleph do autor William Gibson, o autor de Neuromancer.

Gostei bastante da leitura e, como sempre, Gibson se mostra bastante inventivo, seguindo seu estilo de escrita costumeiro, que leva o leitor pela percepção dos personagens acerca de seu mundo, trazendo novas tecnologias, situações econômicas e sociais. Isso significa que, assim como em Neuromancer, o autor apresenta muito, mas explica pouco, e fica ao cargo da atenção do leitor e de uma exposição feita a conta-gotas entender as várias terminologias e conceitos da obra. Muita gente detesta, eu gosto bastante, porque é bem centrado em como os personagens delem sentem e entendem sua realidade.

Diferente de Neuromancer, não temos aqui um futuro, mas sim dois, com uma trama envolvendo viagem no tempo. Mais ou menos.

Em 2070, a personagem Flynne faz um trabalho em um suposto jogo digital. Coisa simples, conectar na realidade virtual e afastar drones paparazzis que ficariam tentando filmar um prédio. Nesse trabalho, ela testemunha um assassinato horrendo, e logo começa a suspeitar que não era um jogo. A grana era alta demais para um jogo sem pé nem cabeça como aquele.

Na verdade, Flynne estava trabalhando para uma empresa do futuro, de 2170, que consegue se conectar com uma versão do passado através da troca de informações. Os habitantes de lá não podem se transportar fisicamente, mas conseguem fazer ligações, enviar mensagens e todo tipo de operação digital. Incluindo o uso de Periféricos, androides que o pessoal do futuro utiliza para se conectar e controlá-los a distância, como se fosse um avatar no mundo físico. A pessoa pode estar no brasil e controlar um avatar na china para um encontro de negócios.

Com isso, Flynne acaba precisando transitar entre seu presente e o futuro (usando um Periférico) para ajudar na investigação do assassinato que testemunhou. Enquanto isso, o pessoal do futuro precisa prover Flynne e seus amigos com recursos cada vez maiores para validarem toda essa operação e impedirem que os culpados influenciem o passado para garantir o assassinato da garota.

Esse é o ponto alto do livro, a forma como o núcleo de personagens precisa afetar o passado para garantir a segurança de Flynne, usando seus recursos e conhecimento para gerar uma riqueza vasta em poucos dias, subornar políticos, comprar empresa, trazendo toda uma mudança para a região suburbana empobrecida da jovem. Em poucos dias, a vida da personagem muda, e com isso de todo o seu condado, enquanto a economia mundial periga quebrar devido a todas movimentações financeiras de seus aliados e inimigos.

Os personagens coadjuvantes do livro também são ótimos, como de costume, Gibson consegue caracterizar os personagens e deixá-los bastante carismáticos sem gastar tempo com muitas descrições ou explicações, construindo eles principalmente em cima de diálogos e ações.

No entanto, é preciso dizer que toda a questão do "assassinato" no fim das contas parece mais uma desculpa para ele abordar o que realmente quer, que são as trocas entre os dois períodos. Apesar dessa trama de mistério mover as peças da história e trazer vários personagens ao palco, ela em si acaba parecendo bastante secundária a, e sua resolução no final do livro é um misto de apressada e pouco explorada. Não tive problema com isso, já que a intenção do livro parecia estar em outro campo, mas tem gente que vai com certeza ficar puto, afinal, são 520 páginas.

site: https://www.youtube.com/watch?v=SmW67XtCXRE
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