Igor_Resenha 11/01/2024
Uma história emocionante !!!
Rapidamente se tornou um dos meus livros favoritos sobre a Segunda Guerra Mundial. A obra de Erik Larson é simplesmente incrível trazendo detalhes tão profundo de Churchill e sua família quanto das condutas de seu governo durante a guerra e resistência da Inglaterra. É um completo e com um trabalho de pesquisa bibliográfica monumental. Você se sente como se fosse o braço direito de Winston Churchill estando em seu lado em todos os momentos, das tomadas de decisões militares aos problemas familiares. Não existe livro melhor para descrever o primeiro ano de governo de Churchill (esse será o foco do livro - o período em que apenas Churchill enfrentou Hitler) e a resistência do povo britânico aos ataques constantes de Hitler (depois de ler o livro não acreditei como Londres ainda existia...foram toneladas e mais toneladas de bombas lançadas naquela cidade e mesmo assim ela se manteve no mapa....de fato não era para os britânicos perderem a guerra).
Quando o Reino Unido declarou guerra a Alemanha nazista em resposta a sua invasão a Polônia foi realizado toda uma preparação para resistir aos bombardeiros e a possível invasão. Afinal, a Blitzkrieg nazista ainda não tinha encontrado um "freio" na Europa (a maioria dos exércitos estavam esperando/adaptadas a uma guerra parada no estilo trincheira da Primeira Guerra Mundial. Algo bem oposto ao estilo e guerra relâmpago de Hitler. Por isso muitos deles sucumbiram apresentando pouca resistência). "Sozinhos, a Grã-Bretanha poderiam enfrentar e manter a Alemanha sob controle, mas apenas a força industrial e o poder humano dos americanos poderia garantir a erradicação final de Hitler e do Nacional-Socialismo alemão" (a impressão que temos é que se não fosse o ataque japonês em Pearl Harbor não haveria um comprometimento direto dos EUA com o conflito, apenas uma ajuda bem indireta - fica claro o enorme alívio de Churchill com a entrada dos EUA no conflito armado).
Nosso querido Churchill, do partido conservador, era desacreditado por muitos para comandar o país nesse contexto - incluindo o próprio rei -, mas, contava com o apoio da população, principalmente, por conseguir dar noticias ruins sem parecer derrotista. E era um político habilidoso e inteligente que sabia o quanto Hitler era perverso. Se a Inglaterra tivesse qualquer outro primeiro ministro nesse período, muito provavelmente teria assinado um acordo de paz com os nazistas e teria sido engolido pelo seu poderio posteriormente... parafraseando a frase do filme "Destino de uma Nação": não se negocia com um tigre quando sua cabeça está na boca dele.
Além disso, devemos dizer que os heróis da resistência da Inglaterra além de seu primeiro-ministro e de seu povo, foi a RAF. Embora praticamente pouco eficiente durante a noite, ela foi imprescindível para manter a Blitzkrieg impraticável em solo britânico e reduzir as possibilidades da Operação Leão Marinho - aqui destaco o papel fundamental de Lord Beaverbrook que conseguiu aumentar exponencialmente a produção de Spitfire e Huricans.
Somado a isso temos o inicio do fim para Hitler com a fuga de Rudolf Hess (número três no governo Alemão) para Inglaterra, a abertura de uma nova frente com ataque aos soviéticos em um período desfavorável, a entrada dos EUA no conflito etc.
Poderia ficar escrevendo por horas o quanto aprendi novas informações sobre a Batalha na Inglaterra e a guerra do ponto de vista britânico. Um livro que vale a leitura e releitura !!!!
"Eu nunca dei coragem a eles... Eu consegui que eles se concentrassem na própria coragem"
A única crítica que tenho para o livro é que o momento clímax do livro está cheio de passagens falando sobre as aventuras amorosas de John Colville, Mary Churchill e Pamela Churchill. Isso me incomodou um pouco e pulei algumas histórias de amor....