Realismo Capitalista

Realismo Capitalista Mark Fisher




Resenhas -


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Rosangela Max 25/08/2022

Interessante a forma que o autor discorreu sobre o tema
O ponto que mais gostei foi sobre a relação do capital com o trabalho. Entre outras coisas, é citado que as grandes empresas vem obtendo lucros maiores a cada ano, mas isso não reflete no aumento do salário dos funcionários e nem na melhora dos benefícios. Muito pelo contrário. Acaba resultando na demissão da força de trabalho permanente para a criação de uma massa flutuante de trabalhadores contratados em regimes de meio-expediente e ?freelas?, por apresentar um custo de mão de obra menor para as empresas. Ele fala inclusive como a avaliação de desempenho afeta negativamente o funcionário.
O autor relaciona o tema com vários outros pontos alem do trabalho, como: a educação, a redução dos recursos naturais e o aumento de desastres ecológicos (clima, desmatamento), a oposição natural a qualquer noção de sustentabilidade, a saúde mental (aumento do estresse, angústia, ansiedade, depressão), burocracia etc.
Tudo é comentado de forma concisa, mas é o suficiente para o entendimento. A escrita também é clara e, mesmo falando sobre termos que tenho pouco conhecimento, consegui aproveitar a leitura.

Recomendo.
Rosa Santana 23/02/2023minha estante
Deu vontade de ler!
Obrigada pela resenha!


Jáderson 06/03/2024minha estante
Obrigado pela contribuição, resolvi ler depois que li suas impressões.




Veganoð 04/01/2021

Um fim do mundo politizado
Realismo capitalista sem dúvidas é um dos melhores livros que analisa de uma forma muito sensacional (misturando cultura pop com literatura, música, etc) a noção de realidade e como ela é limitada pela lógica neoliberal.

O livro cerca diversos conceitos ?fisherianos? que são imprescindíveis para entendermos a linha que a obra segue. Por ser um professor, fisher tem uma familiaridade com uma escrita didática, mas que ainda assim é pertinente e provocativa, fazendo com que o leitor deseje se debruçar sobre todas as questões, reflexões, conceitos...

Extremamente atual e tem um grande papel para relacionarmos a dinâmica da mentalidade e como ela é moldada, por isso criamos possíveis fins do mundo, mas não o fim do capitalismo.

E pode ter certeza que essa imaginação de fim do mundo tem uma ideologia por trás, por isso te convido a ler essa obra, especialmente essa edição cuidadosa com textos adicionais ótimos !
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Yuri.Selaro 19/03/2023

Alugou um triplex na minha cabeça
O livro desenvolve conceitos interessantíssimos sobre modelo político, econômico e social que arrebata a nossa sociedade nos dias atuais. Confesso que, por já ter uma tendência pessimista, acabei finalizando a leitura com uma sensação de impotência e fracasso generalizado, como se de fato não houvesse alternativa ao capitalismo que cada vez mais brutaliza a humanidade.

A privatização do sofrimento foi algo que me pegou DEMAIS. Como nunca pensei nisso antes? E como, após entender esse conceito, conseguir levar a terapia psicológica a sério? Pensar em tudo isso, e lembrar que acabamos de atravessar momentos pesadíssimos, com pandemia, Bolsonaro e o neoliberalismo em seu ápice aqui no Brasil é desanimador. Confesso que tudo isso, somado ao texto ?Não prestar para nada? do apêndice me deixaram em estado catatônico.

Por fim, acabei internalizando demais o conteúdo, e como diz a filósofa Viviane Mosé, a racionalidade envolve o querer e o sentir, e racionalizar sobre todas essas questões sociais me fez perder mais ainda a crença de uma sociedade que tenha futuro. Talvez o intuito do livro tenha saído pela culatra, o que acabou intensificando a minha depressão generalizada, e justamente por esse motivo eu recomendo o livro para todos.

Racionalizar é extremamente necessário e o entendimento dói demais. Mas é uma dor boa, necessária, como quando se arranca uma unha que encravou.

Nota final: 10
Enaia 07/05/2023minha estante
Oi, Yuri. Tudo bem? Espero que você esteja um pouquinho melhor com a pessoinha que mora dentro de você.
Queria dizer 2 coisas sobre sua resenha. 1) Longe de mim querer te dizer o que sentir ou achar que sei mais do que você sobre o que você sente. Mas acho que a terapia ainda pode ter um sentido pra você mesmo de posse das discussões trazidas pelo Fisher. Apesar de essa desesperança ser recorrente em muitos leitores, fica bem claro ao longo do livro que não era esse o sentimento que ele buscava produzir naqueles que o leriam. O Fisher escrevia porque cria que era possível mudar, e isso é possível ver também no posfácio, onde os tradutores nos mostram a trajetória intelectual do Fisher e de sua relação com a política na Inglaterra.
2) A terapia pode fazer sentido e eu acho de verdade que vc colheria bons frutos se persistisse nela porque, apesar de muito provavelmente as raízes do seu sofrimento (como o de muitos de nos) serem sociais e coletivas, quem está experienciando esse sofrimento é você. É verdade que buscar terapia seria quase que uma redução de danos ao invés de uma solução sistêmica, com certeza, mas você tem que buscar seu próprio bem e cuidado. A abolição do capitalismo porá fim a esses sofrimentos? É possível. Mas é preciso pensarmos que não sabemos quando isso acontecerá, e você precisa estar bem cuidado tanto pra si mesmo - afinal o autocuidado não precisa ter nenhum outro fim além de si mesmo - quanto para os outros, pois como você poderá contribuir coletivamente para as mudanças de que precisamos se estiver adoecido? Como o próprio Mark falou, no 3 capítulo salvo engano, a própria atuação enquanto sujeito político fica inviabilizada em casos de patologização.

Enfim, amigo. Cuide-se. Fique bem e continue estudando :)




amtnda 05/05/2023

Um ?must have? para iniciantes nos estudos marxistas
Mark Fisher escreve em ?Realismo Capitalista? sobre a ascensão do neoliberalismo na Inglaterra e a mudança de pensamento a partir de Margaret Thatcher e a chamada TINA - There Is No Alternative (não existe alternativa).
No livro, Mark descreve o realismo capitalista como um conceito em que o capitalismo se torna tão real que deixa de ser um modelo econômico para ser o único modelo econômico viável (?é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo?).
?Realismo Capitalista? é um livro didático e fundamental para iniciar os estudos sobre marxismo, neoliberalismo e militância. Mark cita os problemas que a esquerda possui ao tentar combater o neoliberalismo e propõe novos debates aos camaradas.
É necessário citar também, sobre a importância desse livro quando se fala de sofrimento psíquico na era moderna. Em uma era vertiginosa, cheia de informações, Mark discorre sobre a ligação entre os transtornos mentais e a ascensão do neoliberalismo no mundo.
O filósofo chega a contar a sua própria história e sua luta contra a depressão. Em janeiro de 2017, o mundo viria a perder esse teórico incrível, e seu legado será sempre lembrado.
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Elisa Dinah 23/04/2021

Fisher é um MONSTRO (no melhor dos sentidos, vale dizer)
O objetivo de Fisher nesse livro foi nos apresentar o conceito, criado por ele, de "realismo capitalista", mas ele consegue mais. Através da leitura dessa obra, o manto do realismo capitalista é retirado, algumas das incoerências desse sistema louco de produção e reprodução da vida são irremediavelmente expostas. Aqui, o capitalismo é desnudado. Já não se torna mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo depois dessa obra. A superação desse momento histórico torna-se uma missão dos leitores, e esse é o grande mérito desse livro.
Douglas 25/03/2023minha estante
Excelente resenha ?




João Sales 27/06/2021

Realismo Capitalista
Realismo Capitalista, segundo Mark Fischer, é um sentimento disseminado de que o capitalismo é o único sistema econômico viável. Reduzindo qualquer tentativa de uma saída mais inclusiva e igualitária a mero devaneio fantasioso e utópico. É é essa confiança cega que o mantém em pé.

Ao mesmo tempo que as implicações oriundas do sistema econômico são tão evidentes, tais como a depredação do meio ambiente, a epidemia de doenças mentais e a desigualdade, estas são solapados por slogans vazios como "consumo consciente", "economia sustentavel", "capitalismo verde", meritocracia e etc. com o claro objetivo de maquiar um sistema inerentemente disfuncional.

Mark Fischer é um filósofo que se diferencia por fazer paralelos de suas análises com a cultura pop. Cita filmes e seriados para exemplificar seu ponto de vista.

Cheguei a essa obra após ler referências a ele feitas por David Wallace-Welles (Terra Inabitável) e Nancy Fraser (O velho está morrendo e o novo não pode nascer).
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11/05/2021

Realismo capitalista
Eu comecei a ter contato com o comunismo e cada vez mais fazia sentido mas ao mesmo tempo não é como se isso fosse uma possibilidade: é um consenso que a minha geração não vai viver uma revolução no Brasil. Mas por quê?
Peguei esse livro e logo de cara.. REALISMO CAPITALISTA!
Mark Fisher começa explicando esse fenômeno pós-moderno: a crença de que o capitalismo não é uma das opções de sistema, mas sim a única possível. O capitalismo passa a se apresentar como não ideológico, ele está aí e pronto, não temos como mudar isso. Ele é um sistema perfeito? Não. Mas não importa, pelo menos não é o comunismo??.
Então qualquer alternativa ao capitalismo é demonizada para que aceitemos ele como a única opção.
Fisher fala sobre "o Grande Outro" para depois nos mostrar que o capitalismo pós-moderno é a "anunciada renúncia da crença do Grande Outro", ou seja, o capitalismo assume publicamente suas falhas pois a estratégia de se manter não é parecer perfeito, mas sim inevitável.
Ler isso dá um desânimo... Ô se dá! Mas a gente não pode abaixar a cabeça, precisamos continuar lutando para destruir essa concepção de que o capitalismo é inevitável e lembrar todos de que existem outras opções!
Tiveram algumas partes do livro que achei difíceis, então pretendo reler quando eu for mais inteligente kkkkk. Mas aproveitei muita coisa dele, recomendo a leitura!
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Marafa 05/07/2022

Incômodo
Esse livro é incômodo porque tem razão em muitos pontos. Fazendo uma mistura de arte, psicologia, teoria política e social, o autor destaca várias situações e debates importantes para a atual sociedade.
A iniciar pela (falsa) impressão de que o capitalismo é o único sistema possível, e que nada adianta fazer contra ele, restando apenas se conformar ao mundo "real". O autor aponta de que maneira esse pensamento se imiscuiu na consciência humana, especialmente após a ascensão do neoliberalismo na década de 80, propondo caminhos para um combate desta ideologia e a reconstrução de campos realmente alternativos ao capitalismo. Ele acerta ao dizer que algumas instituições, presas no passado, acabaram perdendo sua força perante os desafios do mundo moderno.
Acho interessante e acertado, também, toda a crítica à avalanche de avaliações, auto avaliações e afins, que constituem uma aparência de eficiência, assim como a crítica da maneira como se tenta transformar todos os espaços e instituições públicas em empresas, no sentido de gerenciá-las como se gerencia uma empresa. Existem serviços públicos que atendem a funções sociais, e, por isso, não podem ser geridos com uma lógica exclusivamente empresarial. Do modo como está, cria-se um sistema avaliativo que substitui o próprio fim do serviço; não se busca melhorar o serviço em si, mas apenas bater metas, buscar resultados, melhorar avaliações, que não necessariamente, e geralmente, não representam a melhoria em si. Cria-se um mundo de aparências, em que o serviço em si é relegado ao segundo plano, e tudo gira em torno de bater determinadas metas. Isso é o que acontece, por exemplo, nos colégios brasileiros, onde ter vários alunos aprovados em vestibulares virou mais importante do que o ensino em si. É impossível, por exemplo, achar um curso de matemática que seja voltado ao ensino da matemática; todos são voltados a métodos para passar em concursos, vestibulares e etc. Não se busca um aprendizado efetivo, mas apenas que se atinja o resultado aparente (passar na prova).
Acho importante também que se pense em novas formas de organização política, atualizadas com o mundo real, como o autor aponta. Da mesma forma, concordo com ele sobre a análise das doenças e problemas mentais que atingem tantas pessoas atualmente. Tudo foi reduzido à química cerebral, privatizando o sofrimento. O tratamento médico, entretanto, não deveria excluir a busca pelas causas efetivas dos transtornos psíquicos; o problema químico não necessariamente surge espontaneamente.
Nessa parte, é importante repensar a relação do ser humano com a tecnologia, especialmente com os celulares; estamos conectados o tempo todo, de certa forma trabalhando o tempo inteiro, mas também num permanente estado de alerta e ansiedade; não se dorme, descansa, relaxa, nada com decência. A todo momento podemos ser despertos ou chamados, de forma que não podemos deixar de estarmos conectados. Além disso, as tecnologias facilitam a realização de desejos psicológicos e estimulam enormemente o consumismo voraz que vem desgraçando a vida.
Muitas questões, então, são levantadas por este livro; não concordo com todas elas, nem com todas as terminologias, mas acredito que é um livro importante para um correto entendimento do mundo em que vivemos, e, principalmente, do mundo em que queremos viver.
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bteuzt 23/01/2023

a importância da inovação
parte do materialismo histórico e dialético inclui reconhecer o passado mas adapta-lo a condições da atualidade. mark fisher (que, infelizmente, tirou a própria vida. adiciono isso pq me impactou demais visto que há um capítulo no livro dedicado à sua relação com a depressao no capitalismo) faz isso perfeitamente, indicando como o apego à táticas antigas deve ser reconhecido e valorizado quando necessário, mas hoje em dia precisamos buscar métodos de ação que envolvam mais o público e suas necessidades - a revolução não acontece sozinha.
com pontos curtos e certeiros, a obra não procura resolver magicamente os problemas da atuação da esquerda contra o capitalismo, mas sugestões possíveis e que incentivam a autonomia do grupo dentro de uma realidade difícil. essencial!!
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Che 17/01/2024

O MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO PÓS-FORDISTA
Realismo Capitalista, do finado (e já adianto: saudoso) teórico cultural inglês Mark Fisher estava no meu radar há mais de dez anos. Sempre adiei a leiura em favorecimento de outras, o que se provou um equívoco principalmente se pensado na minha tese de doutorado (sobre representação simbólica da cibercultura no cinema), que tinha tudo a ver com o que acabei de ler.

Ainda assim, me pareceu um daqueles casos de leitura certa no momento certo. A análise de Fisher, que é também um manifesto papo reto sobre a esquerda fukuyanista - aquela do eterno "já perdeu", da auto-sabotagem e principalmente da capitulação - atinge em cheio o que eu já vinha também pensando há muitos anos, sobretudo por conta do golpe de 2016 no Brasil. E nos tempos de reinvenção significante da extrema-direita populista (Trump, Bolsonaro, Orban, Milei, etc), o fenômeno descrito por Fisher só parece ainda mais atual e sua compreensão, ainda mais pertinente. E em momento nenhum o autor se priva de ter uma postura combativa frente a essa fachada (artificial, idealizada) de "fim da história" que o neoliberalismo de fato consolidou, desde os anos 1980 até agora, com auxílio via de regra involuntário de quem só vê a política pelos moldes que o neoliberalismo quer que ela seja vista: exclusivamente nas vias institucionais e em ações de representatividade por indivíduos.

Fisher descreve o fenômeno do "realismo capitalista" de modo acessível, despojado mas sem perder a densidade. A estratégia escolhida pra isso foi a que melhor poderia falar ao coração e mente deste que lhe escreve: justamente a representação simbólica desse fenômeno na cultura de massa, em especial na sétima arte - exatamente o que eu passei onze anos da fazendo por ocasião da minha vida acadêmica, entre meados dos anos 2000 até 2016. O autor já começa com o pé na porta, logo no primeiro parágrafo aludindo ao excelente FILHOS DA ESPERANÇA (Children of Men), do mexicano Alfonso Cuarón. Essa estratégia de demonstrar o funcionamento da política conforme materializada no cinema (principalmente o comercial, de massa) torna o livro uma delícia de ler do começo ao fim, a ponto de eu ter lamentado quando acabou!

Felizmente, há na edição brasileira vários ótimos apêndices do próprio Fisher (cujo desfecho trágico em 2017 só torna sua análise mais atual) e um longo e acurado posfácio de autores brasileiros, que ainda esticam a maravilhosa experiência dessa leitura mais um pouco. O sabor de "quero mais", pra mim, é inevitável. O cara é um dos autores que mais me identifiquei na vida, inclusive em termos pessoais - embora, no caso dele, sua (auto-)análise tenha identificado sintomas depressão onde, em mim, identifiquei ansiedade como sintoma de mal estar na civilização pós-fordista.

O cenário descrito é de um homem da geração X vendo a rendição das duas seguintes (a Y e, por enquanto, a Z) a uma castração não só ideológica, como também libidinal frente ao reaganismo-thatcherismo - ou, se quisermos ser mais regionais, ao pinochetismo - que capitalizou o que veio após as queixas culturais dos anos 1960. As gerações a partir daí são uma incógnita, com o fim do zumbi neoliberal sendo iminente, porém eternamente adiado por uma direita imensamente difusa e uma esquerda capituladora (em ambos os casos, na escala global).

Se há algo a lamentar, é que o Fisher de 2009 (pelo que o pósfacio sugere, talvez depois nem tanto) tenha bebido na fonte dos franceses pós-estruturalistas - Deleuze, Foucault, Lacan, etc - passando infelizmente ao largo daquele que mais teria a lhe acrescentar: Louis Althusser, um sujeito deliberadamente ostracizado pela academia porque seu arcabouço teórico não é cooptável pelo identitarismo como os supra-referidos. A leitura de Althusser teria ajudado Fisher a fazer a certeira costura entre Marx e Freud - mais precisamente, entre ideologia e libido - que ele tanto em pareceu, por vezes, tatear no escuro encontrando só parcialmente o que buscava, principalmente quando versa sobre a necessidade da volta do desejo e pulsão de vida coletivos, para fazer frente ao individualismo.

Enfim, daria pra ficar ainda mais tempo versando sobre esse livro. Mas o melhor é mesmo te sugerir ler a obra inteira e tirar suas próprias conclusões. Me valendo dos arquétipos do filme brasileiro 7 PRISIONEIROS: se você é um Mateus, o livro te soará como uma bifa na fuça; se você é um Isaque, te surgirá como um oásis de companhia ideológica; se você for um Samuel, será uma necessária provocação pra você decidir pela pílula vermelha (aqui já me valendo de outro filme) ao invés de uma azul que persiste em se vender, dissimulada e artificialmente, como "única racionalmente possível".
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Nando 10/01/2023

Me parece que cresce.
Tenho certa dificuldade em dar uma nota a está leitura, ou ter algo realmente pra falar sobre ele, simplesmente avaliar em 3, 4, 5 estrelas me parece meio fora de lugar, meu único pensamento realmente é absorver o conteúdo dele de forma crítica, e com isso construir uma base sólida de conhecimento. Então isso não é uma resenha, só quero deixar registrado pra mim mesmo a importância desse livro no meu processo de radicalização. Mesmo só tendo o contato direto com ele agora, o contato indireto que tive anteriormente com o mesmo, que me fez partir do flerte distante que tinha com conteúdo da extrema esquerda, para alguém que se vê fazendo parte desse espectro político.
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thai 06/05/2023

Desesperador
Apavorante, Realismo capitalista nos dá uma pincelada da realidade experimentada todos os dias por nós e que, muitas vezes, passa despercebida.
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Mariana Magalhaes 22/07/2023

Livro essencial.A forma que o autor aborda a saúde mental no capitalismo tardio foi muito esclarecedora para mim, que sou da Psicologia.
Não dei 5 estrelas pela leitura ter sido bastante difícil em alguns momentos, por falta de bagagem minha em filosofia.
Matheus Cesar 11/09/2023minha estante
Estou lendo ele é to sofrendo um pouco e mesma forma, pouca bagagem em filosofia tem deixado minha leitura um pouco truncada. Mas estou gostando bastante




Caio380 05/12/2021

A angústia como efeito do realismo capitalista
Mark Fisher, desafia o leitor/leitora a imaginar as causas sistêmicas do sofrimento psíquico. A partir dessa proposição, Fisher, ao longo dos artigos que compõem o livro, procura apontar as causas sociais do sofrimento. A angústia, seria causada pelo "realismo capitalista" que limita os horizontes políticos da sociedade. Ao se colocar com a "única opção", o realismo capitalista, empobreceria no capacidade de imaginar alternativas ao regime. A leitura dessa obra é indicada a todos e todas que sentem a privatização da sua subjetividade. Ou, para quem pretende problematizar a depressão, a partir de fora, isto é, do social. Fisher foi um pensador sensível as mudanças estruturais do capitalismo do século XXI. Vale a pena ler. Quem sabe sua angústia diminua ao longo das páginas.

site: https://medium.com/@socioabsurdo/a-ang%C3%BAstia-como-efeito-do-realismo-capitalista-f75ed9012ca9
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Juliana ;* 10/01/2023

Privatização do estresse: crise na saúde mental.
Com uma escrita clara, mas não rasa, Mark Fisher vai nos apresentando as estruturas e distúrbios do realismo capitalista que dentre outras manobras, tem sido eficiente em causar em nós uma sensação contínua e uma ideia "concreta" de que este não é o melhor, mas sim o único modelo de existência possível.

Abordando a sustentabilidade do sistema, os seus impactos na nossa saúde mental e a burocracia que se desenvolve e garante e manutenção do mesmo, o autor nos convida para uma conversa técnica, mas quase que informal.

Não pense que a obra é fácil, descompromissada ou pouco complexa. Não é. É preciso estudar bastante pra que possa aproveitar e compreender todos os conceitos apresentados. É daqueles livros que vale ler mais de uma vez, quando alcançar níveis de conhecimento mais profundos sobre o assunto.

Do campo de vista psicológico, todas as pontuações são interessantíssimas e como psicóloga que sou, passo a repensar a minha atuação.

É possível tratar o coletivo tratando cada indivíduo? Ou o caminho é tratar o coletivo para que a saúde seja promovida?

A Psicologia não é, ou pelo menos não deveria ser, uma ciência individual. Toda ciência que se propor a estudar a humanidade precisa ser, antes de tudo, social.

Ensinar aos homens que eles são os únicos responsáveis pelo próprio adoecimento quando a sociedade está estruturada num regime doente é, além de ineficaz, perverso.

Que todo profissional da saúde tenha essa consciência e que possamos, de fato, repensar e praticar a nossa solidariedade.
Rapha 11/01/2023minha estante
?A Psicologia não é, ou pelo menos não deveria ser, uma ciência individual. Toda ciência que se propor a estudar a humanidade precisa ser, antes de tudo, social.? Isso me emocionou! ??




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