Daniel432 18/10/2023
Calculadora Humana
Essa é a primeira resenha que faço para esse livro, mas não é a primeira vez que o leio. Na verdade, essa deve ser a quarta leitura que faço desse livro fantástico.
As duas primeiras leituras foram com uma edição antiga que pertencia ao meu pai, a terceira leitura foi com uma edição mais recente (44ª edição, lançada em 1997) que comprei há alguns anos. Finalmente, essa leitura com uma edição comemorativa – 100ª edição de 2021 – que ganhei de Dia dos Pais desse ano.
Isto posto, vamos ao livro!!
O autor, Malba Tahan, tem como protagonista do livro um calculista (conhecedor da matemática) persa que, durante sua viagem para Bagdá, tem seus cálculos matemáticos interrompidos por outro viajante que se tornará seu companheiro de aventuras que, de uma forma ou de outra, sempre acabam envolvendo desafios e curiosidades matemáticas.
Ambientado no Oriente Médio do século XIII as histórias estão repletas de xeiques, califas, emires e vizires com seu poder, riqueza e problemas a serem resolvidos ou simplesmente com aguçada curiosidade matemática. Há também mercadores e viajantes com disputas em que não conseguem chegar a resultado satisfatório ou não sabem como resolver certos problemas que envolvem, claro, a matemática.
Nesse cenário das mil e uma noites, o autor apresenta ao leitor curiosidades da matemática em capítulos curtos, de fácil e agradável leitura onde a habilidade do calculista é, quase sempre, colocada à prova e ele, claro, resolve todos os problemas apresentados.
De todas as histórias apresentadas no livro as que mais me atraem referem-se às lendas da criação do jogo de xadrez com a recompensa inesperada e de difícil realização e da criação do instituto jurídico da liberdade condicional.
Não há, no livro todo, uma única história que não seja interessante. Lê-lo não é uma opção, é uma obrigação!!
O livro é tão interessante que o verdadeiro autor, o professor e engenheiro brasileiro Júlio César de Mello e Souza, criou um autor de nome árabe (Malba Tahan) e até um tradutor para o português, Breno Alencar Bianco para sua obra. Mas esse assunto é para outra resenha.