spoiler visualizarRaíne 05/07/2022
Um dos meu livros favoritos da vida!
Eu precisava fazer essa resenha já tinha algum tempo e devo começar dizendo que tenho um carinho enorme por essa história, muito principalmente devido a nostalgia.
A Hospedeira foi um dos primeiros livros que li, antes mesmo de ler Crepúsculo e sempre me instigou a ideia de seres de outros planetas.
Eu vejo muitas pessoas reclamando sobre como as primeiras 100 à 200 páginas são arrastadas e eu não me lembro de sentir isso da primeira vez que eu li, nem na minha recente releitura.
Essa "lentidão" é necessária e faz todo o sentido para a história, pois contrasta não só com a ambientação mas com a própria escrita da Stephenie Meyer.
Eu gosto muito das personagens que a autora criou aqui e das relações entre eles.
A a Peregrina é uma alma, uma alienígena que vive uma relação de parasita com seus corpos hospedeiros (infelizmente não consigo explicar mais do que isso, mas se me perguntassem na época em que eu fazia cursinho, saberia explicar melhor o conteúdo que estudei). A Peregrina desde que se entende por alma nunca se sentiu muito bem nos planetas em que viveu nem nos corpos em que habitou.
"- A média é que uma alma experimente 2 planetas e decida ficar no que mais gostou...
- Em quantos planetas você esteve?...
- Este é o meu nono..."
Melanie é uma guerreira, ela quer viver e quer voltar para as pessoas que ama como prometeu, ela se torna uma prisioneira dentro do próprio corpo tendo que conviver com uma alienígena que controla tudo o que fala e o que faz, isso seria de aterrorizar qualquer um, mas é usando suas memórias e lembranças que ela acaba manipulando Peregrina.
É um impasse que une as duas. Uma buscadora (uma espécie de polícia alienígena) quer entrar no corpo de Melanie para pegar as informações que ela está bloqueando e ir atrás da resistência humana para dar cabo deles de uma vez por todas.
Peregrina se compadece de Melanie, mas ela mesma desenvolve os próprios sentimentos pelas pessoas que Melanie ama e juntas fogem da sociedade habitada pelas almas...
É quando elas encontram a resistência humana que a situação se desenrola de maneira ágil, os humanos são brutos e até mesmo selvagens, eles estão se mantendo escondidos dos alienígenas e ter que conviver com uma não é o que desejam.
A Peregrina sofre nas mãos deles...
"A Peregrina é boa e é minha amiga" já dizia Jamie, o irmão mais novo de Melanie. O garoto não era o mesmo desde que haviam capturado a irmã, então ver que o corpo dela está de volta e que a alienígena que habita ela é melhor do que parece, faz com que o garoto sorria outra vez.
O mesmo não se pode dizer sobre Jared, o homem por quem Melanie é apaixonada. Ele é muito cruel com a Peg...
Ian é um personagem que tem o desenvolvimento mais interessante na minha opinião, ele tentou matar a Peregrina uma vez e se arrepende do ato, tentando sempre que pode ajudar e proteger ela, isso acaba gerando um conflito com seu irmão Kyle...
Jeb também é um personagem extremamente interessante a sua maneira, há também o Doc.
Eu não vou tirar o livro de 5 estrelas e favoritado para mim, porque, como eu disse antes, eu tenho um carinho enorme por essa história e super recomendo a leitura, mesmo que hoje eu consiga enxergar alguns defeitos, primeiro: eu gostaria de saber muito mais sobre os outros planetas e outras espécies alienígenas, acho que podia ter tido mais, não sei explicar; segundo: falta de representatividade tanto racial quanto LGBTQIA+, sei que naquela época não era tão visado quanto hoje, então dá para passar um leve pano; e terceiro, mas não menos importante: me incomoda que fora a Peregrina e a Melanie, não há nenhuma outra personagem feminina que seja uma boa coadjuvante, as outras mulheres na colônia são mais figurantes do que qualquer coisa.