Os sofrimentos do jovem Werther

Os sofrimentos do jovem Werther Goethe




Resenhas - Os Sofrimentos do Jovem Werther


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tha_rbrandao 27/03/2024

Werther, o pai de todos os emos
Se eu fosse sublinhar tudo que gostei, teria grifado todo o conteúdo do livro, ou ao menos, a grande parte deste. A quantidade de marcadores colados nas páginas não me deixam negar. A polidez, a beleza expressa em cada linha, feita com cuidado para inspirar e encantar não somente pelo que se diz, mas também pelo como se diz… Bem, não tenho palavras para expressar o quanto esse livro foi um deleite para meu temperamento melancólico.

Algo que eu não sabia até iniciar a leitura, é que trata-se de um romance epistolar, isto é, redigido em cartas. A premissa, tão simples, é sobre um jovem rapaz que se apaixona, logo de primeira, por uma mulher doce e gentil a quem passa a ser sua grande amiga. Mas, a mocinha em questão é comprometida, e tão logo que o noivo retorna de viagem, Werther se vê em uma situação angustiante, pois além de amar Lotte com todo seu coração, encontrou em Albert (o marido dela) um homem bom e honesto, digno de admiração. Incapaz de declarar seu amor, ao passo que sufocava-se com este sentimento, Werther sucumbe à tristeza.

Já na segunda parte do livro, aos olhos de Werther, tudo ruía ao seu redor. Seja suas relações, seus afetos, sua paixão pela arte ou admiração pelo próximo. As pessoas antes queridas, caíram em desgraça; Os prados, o campo… destruídos. Tudo tomou um rumo muito trágico, tal como o próprio destino do rapaz. Ele se encheu de aflição e melancolia, e podemos observar muito claramente sua alma poética, de espírito harmonioso, caminhar passo a passo ao desespero com o avançar do tempo datado nas cartas. Sua dependência o desconectou de si mesmo, e portanto, do mundo ao seu redor. A vida não tinha mais cor, ao menos não sem Lotte ao seu lado. E esta, com tanta capacidade de o tranquilizar, tanto é de maneira intrínseca seu grande algoz - não por imprudência ou maldade, mas simplesmente por não ser capaz de consumar o afeto de Werther. E assim, completamente atordoado ao seu limite, ele põem fim a tudo. O final, apesar de esperado, pois já sabia o que aconteceria, foi extremamente pesado e agonizante para mim, visto que não foi uma morte tranquila. Werther sofreu até o último segundo, mesmo horas após o desfecho final. Mas penso que após tudo se encerrar, ele obteve alívio de sua dor. Porém, não gosto e não quero pensar nos sentimentos de Lotte mediante ao fato.

Acho importante refletir sobre a questão da saúde mental, enquanto que na época do livro, meados de 1774, não se falava sobre… o que parecia amor, de certo era uma grave obsessão com tons depressivos - mas claro, isso não empalidece em nada o brilho da afeição tão bonita declamada nas palavras do rapaz. Apenas torna tudo mais trágico.

Também acho curioso como, quando terminei o livro, as primeiras palavras, na primeira carta, tomaram outro sentido para mim, quase de tom premonitório, formando em minha mente um ciclo que se fecha, concluso:

“Sinto-me feliz por ter partido! O coração do homem, meu caro amigo, é um mistério indecifrável…"
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Pudim.Frango 24/03/2024

Os Sofrimentos do Jovem Werther
Pioneiro do Romantismo, é o que se espera da escola. Uma narrativa curtíssima mas super bem construída, que aflora sentimentos conflitantes no leitor. Devo ter lido do melhor momento possível, vulgo o "Estou perdidamente apaixonado mas não é recíproco", o que gerou uma experiência no mínimo interessante. Extremamente compreensível o livro ter desencadeado o que desencadeou.
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Tenebra 20/03/2024

Veio a tardar
Esse livro veio tarde pra mim, lembro de conhecer da existência e da sinopse quando eu tinha uns 17 anos, e essa era a idade perfeita pra lê-lo, mas eu não tinha um tostão no bolso e muito menos paciência pra ler em ebook, agora tenho e li aos 24 anos, vejo que essa história infelizmente não me atraiu. Ler esse livro é como olhar para trás e ver memórias mortas empoeiradas que não significam mais nada.
Acredito que para certa idade de alguém esse livro pode ser perfeito.
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Carlos Nunes 16/03/2024

Influencer do século XVIII
A leitura desse livro foi uma imensa surpresa para mim. Eu esperava uma obra absurdamente romântica, cheia de arroubos juvenis e lamentações por amores não correspondidos, além de ter um certo receio pela fama de difícil do Goethe, e não foi bem assim. A leitura foi tranquila, fácil de compreender, bastante poética. É claro que o livro tem essas características marcantes do Romantismo, mas bem menos do que eu imaginava, e inseridas de tal forma na trama que a leitura não se tornou chata em momento algum. Pessoalmente, eu tinha um pouco de ceticismo quanto à capacidade de influenciação dele hoje em dia, mas agora, depois da leitura, acho sim, que ele ainda é capaz de causar um grande estrago, nem tanto pelas atitudes do personagem, mas pelo leitor se identificar com o que ele sente, especialmente quem já passou por algum episódio de depressão na vida, e quem nunca? Claro que a pessoa precisa estar em um estágio bem avançado da doença, mas ainda assim, é um livro que eu recomendaria ler com muita cautela, em um momento tranquilo da vida. WERTHER é, sem dúvida nenhuma, um grande clássico. Não é apenas um romance epistolar sobre uma paixão impossível, porque o Goethe conseguiu colocar aqui, com maestria, todos os sentimentos conflitantes causados por uma paixão avassaladora, que nos leva às alturas, ao mesmo tempo que nos dilacera por dentro. Mas, além disso, ele fala de vários outros assuntos: o conflito entre o desejo de uma vida intensa e livre e as sufocantes regras sociais, a relação entre arte e natureza, os preconceitos de classe e um amor profundo pela poesia. Os atos do Werther não foram apenas por causa de um amor impossível, mas principalmente por um sentimento de inadequação àquela sociedade cheia de regras, motivada por um enorme e indomável ímpeto de viver intensamente a vida. Uma leitura surpreendente, que me motivou bastante para enfim encarar o FAUSTO. Para ver minha opinião completa, acesse o link abaixo.

site: https://youtu.be/DB1YO8wY0cY
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Bae69 12/03/2024

Deve ser bom
O livro é um clássico e eu sou só uma menina de 16 anos que, durante a aula de literatura, achou interessante o triângulo amoroso que levou a morte do personagem principal e influenciou muitos jovens a cometerem suicídio a uns 200 anos atrás. as vezes eu pulava algumas narrações pq eu realmente só tava interessada na confusão, por isso eu n posso dizer q o livro é cansativo, só não é mt meu estilo, mas tbm foi uma experiência mt legal ler um livro de uma época tão diferente!
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Guilherme2459 09/03/2024

Um misto prototipal do ultraromantismo alemão
Um livro magno, uma obra iniciática da consolidação do pensamento romantista trancedentalista de Goethe, mas que peca em aspectos estilísticos de construção narrativa. Embora sejam ressaltadas as ânsias e os pormenores sentimentais do jovem Werther, um burguês envolto de uma paixão avassalora, a prolixidade é um fato atento na trama, e ao mesmo tempo um recurso psicológico para a recaída depressiva e o consequente suicídio indigno e torpe do personagem. Uma ótima obra, embora moralmente condenável e pecaminosa, e denotadora das fraquezas ingênuas da juventude.
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Ceci 09/03/2024

Eu não esperava muito desse livro mas criei uma conexão profunda com a história. A sensibilidade ao retratar a progressiva deterioração de Wether, seus devaneios e reflexões o tornam único.
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Caroles2 09/03/2024

Foi uma excelente leitura. Por se tratar de um livro romântico, imaginei que a leitura seria tediosa e massante, porém, me surpreendi. Gostei da forma que o autor conduziu a narrativa, através de cartas, e foi como uma constante descoberta. Claro, houve momentos que achei Werther bem chatinho, mas no geral foi uma experiência muito interessante, seja por conta das questões políticas/sociais ou pelo afloramento da avassaladora paixão.

Recomendo leitura!
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annikav.a 08/03/2024

O primeiro romântico
Bom, que foi o primeiro romântico é mentira, mas talvez o mais importante. Werther é o ícone absoluto da nossa "geração mal do século" brasileira, Álvares de Azevedo, Augusto dos Anjos e tal (a quem o uniforme deve ter servido muito bem). Embora esteja em prosa excepcionalmente curta, transmite perfeitamente as características românticas da insuficiência da linguagem em relação aos sentimentos e à natureza; do amor inalcançável, impossível, casto (até certo dúbio ponto) pela dama sempre assombrosamente bela e virtuosa, bidimensional; do intelectualismo: da reverência pelo "rudimentar" do campo e até pelos povos pré-cristãos; do inesgotável sofrimento da sensível alma burguesa, sua ânsia pela guerra, pelo tumulto, pela tempestade. A história é copiada de cartas e acontecimentos reais (bem constrangedores por sinal), e nem um pouco complexa, então o que me chamou atenção mesmo é a excelência das descrições pictóricas da natureza, que espelham o emocional da protagonista, afinal quem não quer ser maior que a vida, amalgamar-se ao vento que assobia entre as montanhas e às águas virulentas do degelo? O escapismo romântico, fugere urbem, está muito em voga nos nossos tempos apocalípticos, eu não escapo desse apelo.
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cesa 06/03/2024

Li e ????
Bom, é um livro bem clássico, quase que um diário, mas o livro não fluiu de jeito nenhum pra mim, as palavras iam passando e eu não tava entendendo mais nada, só entendi o tópico principal do sofrimento dele, as coisas ao redor que iam acontecendo eu não entendi nada. Bom, há quem goste, pra mim não funcionou, infelizmentekkkk.
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Vitor Sá 04/03/2024

Confusão
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Sofro desde a epigênese da infância,
Não consigo mais me manter nessa mente, apesar de ter concluído que a ignorância é uma benção, ela ainda não afoga a razão penetrante em minha alma.

A leitura de Werther certamente não é para o público geral, de certa forma é para a queles que apreciam uma poesia, aqueles que entendem palavras contundentes, e que sabem se reconhecer nas situações mais adversas.

As adversidades da vida me ensinaram a arte do silêncio, porém essa arte não a verdadeira forma de meu ser, porque apesar de ter tanto a dizer me mantenho calado na presença daqueles que considero tão inferiores a mim, e ao mesmo tempo, continuo me importando com os mesmo... Com humanos que vem tantos homens morrerem, mas são tão limitados que não fazem nem ideia do começo e do fim de sua própria existência... No final eu não sou tão diferente.

Werther não é certamente um livro que vai direto ao ponto de sua narrativa, mas pelo contrário é um momento de sofrimento, um momento de sentir o vazio e se ver ali como o personagem sem propósito algum.

Está decidido, caro leitor, quero morrer, e escrevo sem nenhuma exaltação romanesca, sossegado na manhã do dia em que te verei pela última vez... Apesar de crescer, apesar de mudar a dor ainda continua, ela está presente em meu ser de forma intrínseca, de certa forma eu sinto como se atrai-se o sofrimento... Talvez eu mereça, mas essa confusão em minha mente, não suporto, me sinto como carlota, porém quero morrer como wether.

Werther é certamente um livro histórico, um livro romântico, exagerado, eu sou suspeito a julgar o livro, pois talvez tenha gostado dela por ter me visto em situações tão dolores e tão sofredores como a de Werther e ter me visto em palavras tão belas proferidas por ele que me vi encantado por tals palavras.

Não sou o mesmo homem que antes bracejava numa inesgotável sensibilidade, que via surgir o paraíso a casa passo e tinha um coração capaz de estreitar dentro de si o amor do mundo inteiro.

Escrevo aqui essa carta como Werther escreve a Alberto, pois os seres humanos foram criados para atormentar uns aos outros, porém não escrevo com destino a ninguém, somente digo aqui que se desejas ler, Leia e esteja preparado para a dádiva da morte ser lhe dada pela sua amada.

FIM
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