spoiler visualizarMonica.Hellem 14/01/2017
Resenha do 1 e 2 capitulo.
SANTOS, Milton. METAMORFOSES DO ESPAÇO HABITADO, fundamentos Teóricos e metodológicos da geografia. Hucitec. São Paulo 1988.
(Mônica Hellen Ribeiro Cardoso)
Texto: Resenha
A obra de Milton Santos, Metamorfoses do Espaço Habitado é de alguma forma uma continuação de uma Geografia Nova, na qual foi publicada por Hucitec em 1976. Com o objetivo de se obter um maior domínio teórico na formar que a geografia não seja apenas crítica, mas que se tenha um pensamento além do crítico, ou seja, para que haja uma discussão Crítica acerca de determinado assunto é necessário que ela seja útil para o avanço do pensamento. Além disso, o livro foi panejado para discutir realidades e conceitos do que se viver atualmente como o da análise do natural e artificial entre outros.
Em seu primeiro capítulo na qual se refere à Redescoberta e Remodelagem do Planeta no Período Técnico Científico e os Novos Papéis da Ciência. Santos, referisse à revolução histórica e científica, na qual transformações atingem diretamente a ciência do espaço do homem abrindo-se assim uma visão de discussões e conflitos em que dizem respeito às atuais disciplinas referidas aos argumentos apresentados.
Da “internacionalização á globalização”, uma nova revolução surgiu com a chegada do meio técnico cientifico a relação do homem com a natureza mudou completamente e os avanços não param mais, todavia o mundo passou a ser mais conectado por transações e escalas planetárias fazendo com que o homem obtivesse relações sociais, ocorrendo o fenômeno da mundialização.
Ora, o alcance na história se teve com os avanços nas comunicações, porém há uma crítica nas visões que se detêm nas relações econômicas atentando na nacionalidade sendo que o contexto de análise deveria ser global. Ademais é visto uma divisão social provocada pelo capitalismo do trabalho com fins compenetrado em forças de produção com organizações gigantescas, enfatizado cada vez mais o fenômeno do capitalismo trazendo consigo a universalização, isto é, está tonando as coisas generalizadas, tornando único até acessível a todos.
Em, “um período técnico-cientifico?” Milton Santos faz uma observação acerca do período histórico atual, ora os avanços técnicos se deram a partir da segunda guerra mundial deste então, o capitalismo se tornou mais forte e tendo consigo um determinado domínio sobre as nações fazendo-se assim um novo elemento na mudança da história.
Uma vez que, surgir à dúvida na qual diz que estaríamos em um período de um capitalismo tecnológico ou de uma sociedade tecnológica? Ambas de certo modo estão corretas, pois o que esta se vivendo na época vigente é todas essas ideias abordadas nesse contexto, levando a crê que o mundo pode vivenciar um determinismo tecnológico.
Porém, como é observada a ciência precede a técnica, visto que o processo de globalização é a principal análise que se discutir. Todavia a revolução dos meios de produção é uma das características mais evidentes, pois se referem diretamente ao meio técnico-científico-informacional.
Em seu terceiro ponto de discussão a “Mundialização perversa e perversão das ciências”, Santos é sucinto em expressar inúmeras causas que consigo trazem a concentração e a centralização causadoras das desigualdades sociais entre classes e países. “Trata-se de um saber instrumentalizado, onde a metodologia substitui o método (P.7)” consequentemente agrava de todo o modo à evolução econômica e afastasse de uma perspectiva critica sobre o capitalismo visto que as ciências sociais também devem se discutidas nesse mesmo campo de visão, pois a criticas contribuem para esse mesmo pensamento.
Na “As possibilidades entreabertas as ciências do homem” o autor ressalta a importância da ciência para o desenvolvimento da humanidade na qual permite obter uma complexidade de conhecimentos do planeta para um avanço das atividades humanas. Logo, é feita uma retomada da ideia do meio técnico ligado à economia em seguida votando com o pensamento que a ciências sociais é o principal problema a ser argumentado.
Contudo, é feita uma breve observação sobre ciências naturais, porém a questão a ser tratada são os fatos de complexidade e diferenciação que o meio técnico cientifico informacional está acarretando para a sociedade na qual “diz respeito ao mundo inteiro e a toda a humanidade, mas a historização e a geografização das possibilidades estão sujeitas as leis das necessidades (P.8)”. isto é, uma necessidade que não convêm a todos.
Em seu segundo capítulo A Renovação de uma Disciplina ameaçada, Milton santos segui com sua linda de raciocínio abordando o conceito de geografia e seu objeto de estudo, como ela é vista e estuda, sendo que utilizasse a geografia em outras áreas do conhecimento por outros profissionais, porém “por outro lado, a geografia, que sucumbiu as aliciantes demandas do mundo da produção, não será vitima de uma especialização exagerada? (P.8)”. Todavia, é visto que tratasse de uma disciplina ameaçada, sendo que as ameaças vêm dela mesma do que de outras além de trata em estabelece limite e objeto de estudo.
Na “À procura de um objeto: o espaço” um sistema é formado e através dele é desenvolvido categorias de pensamentos que irão enfatizar uma ideia para se chegar a uma análise lógica. É ressaltado o conceito de espaço de como ele é visto e estudado “O espaço, por conseguinte, é isto: um conjunto de formas contendo cada qual frações de sociedade em movimento as formas, pois têm um papel na realização social (P.9)”.
Dessa forma o espaço e a sociedade fazem parte de uma só analise, pois ambas complementam a outra, desse modo esses processos são determinações referentes às sociedades transformadas em espaço já que ele seria o ser e a existência, isto é, o espaço tem uma influência de grande importância em meio à sociedade.