O conde de Monte Cristo: Tomo 1

O conde de Monte Cristo: Tomo 1 Alexandre Dumas




Resenhas - O Conde de Monte Cristo


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Rayssa 02/05/2024

"Esperar e ter esperança"
Leitura essencial para quem adora Clássicos, O Conde de Monte Cristo nos conta a grande história de Edmond Dantès, um marinheiro francês preso injustamente após uma denúncia falsa. Após passar 14 anos preso injustamente, Dantès consegue escapar da prisão e toma posse de uma misteriosa fortuna. Em liberdade, nosso protagonista só busca uma coisa: vingar-se daqueles que o colocaram na prisão.

Com uma prosa muito fluida e dinâmica, Dumas consegue manter a atenção e o interesse do leitor muito bem, ainda que seja um livro enorme. O contexto histórico, qual seja: a ascensão e queda de Napoleão, bem como seus desdobramentos políticos na sociedade do séc XIX, pode ser um pouco mais penoso de ler, sendo necessário fazer umas pausas de pesquisa para melhor entendimento do cenário.

Além disso, visto que o livro foi originalmente escrito em folhetins, é natural que o autor tenha sido um tanto prolixo em alguns momentos, estendendo conversas desnecessárias e um tanto cansativas. Contudo, fora esses poucos momentos, a narrativa é maravilhosa, uma história muito rica de detalhes, personagens brilhantemente bem feitos, que pulam das páginas com seus diálogos precisos e sagazes. Dantès é um personagem muito carismático, logo cedo nos afeiçoamos a ele com facilidade e passamos a torcer por ele, inclusive pela sua vingança. Com muita destreza, o autor consegue equilibrar muito bem o ódio e a frieza desse personagem com a doçura e a empatia que inegavelmente ele carrega dentro de si. Sob um senso inabalável de moral e justiça, nosso herói vai atrás de sua vingança das formas mais surpreendentes cuja criatividade ímpar torna a leitura muito gostosa de acompanhar.

É um grande novelão delicioso sobre ódio e vingança, sem dúvidas, mas também é uma história sobre encontrar esperança onde menos se espera! Recomendo demais a leitura. É um daqueles livros que não se pode morrer antes de ter lido.
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RaAssa.Lima 01/05/2024

Meu primeiro clássico e calhamaço! Sem dúvida, uma leitura diferente das que estou acostumada. Gostei bastante, achei genial a inteligência do protagonista em pensar em cada detalhe de sua vingança lenta e eficaz!
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Alex 30/04/2024

Clássico obrigatório
O conde do Monte Cristo é minha obra preferida, entre tantos bons livros, este está disparado no topo, entre os melhores. Esta foi a 3ª vez que o li, com uma diferença bem longa entre cada leitura, consegui comprovar as palavras de Heráclito de Éfeso, ?ninguém se banha duas vezes no mesmo rio?, da mesma forma, ninguém lê duas vezes a mesma obra?.

Neste livro, clássico da literatura francesa, escrito por Alexandre Dumas e publicado no século XIX em formato folhetim, temos uma obra completa. Intrigas, vingança, morte, justiça, excessos, assassinatos, romance, perdão, redenção. Vilões, heróis, talvez um anti-herói.

Dumas, leva seu leitor a conhecer uma França pós-revolução Francesa, o governo dos 100 dias, a época pós retorno de Napoleão I. A transição entre a Monarquia e a República. O fracasso político ou militar de líderes da época. É o mesmo momento histórico de Os Miseráveis, talvez com poucos anos de diferença, mas aqui a história se inicia em Marselha, no sul da França e da metade para frente, todos os holofotes se voltam para Paris.

Uma característica que me agrada muito na escrita de Dumas, é que ele coloca a política, a crítica social e a reflexão filosófica, no meio da narrativa, está tudo ali, mas não é chato, não pesa na leitura, ao contrário de Os Miseráveis, com seus livros inteiros sobre Waterloo ou sobre os esgotos de Paris, em O Conde do Monte Cristo, todas as digressões sociais ou contextuais estão inseridas de forma primorosa, são parte da história do protagonista e dos incontáveis outros personagens. Uma comparação talvez injusta, talvez desnecessária, mas para o leitor atual, faz toda a diferença.

Enfim, não é fácil desgostar de um personagem pobre, jovem, que com seus braços e suor está galgando os degraus da felicidade, mas é injustamente ceifado da vida, por meio de tramas, ardis e inveja, jogado num calabouço, ignorando tudo, inclusive o porquê foi preso.

Essa obra é absolutamente obrigatória, com sua narrativa ligeira, profunda e envolvente. Desafie-se e aproveite.
Max 02/05/2024minha estante
Putz! Preciso ler!


mpettrus 02/05/2024minha estante
Resenha Perfeita, Alexsander ????

Li-o pela primeira vez, mal tinha saído das fraldas (Ensino Médio), como os mais velhos dizem.

Lendo sua RC, compreendo que vale a pena uma releitura. A minha percepção hoje é diferente de ontem, a maturidade clareia muita coisas e revela tantas outras.

E como você mesmo citou Heráclito, nunca o mesmo o rio, nunca a mesma obra, apesar de ser o mesmo livro. Interessante!!!


Alex 02/05/2024minha estante
Obrigado, Pettrus. Vale a releitura.


Núbia Cortinhas 04/05/2024minha estante
Adorei a resenha! Disse tudo!! Essa obra é maravilhosa!




Vanuza 29/04/2024

Depois de Os Miseráveis, foi o livro mais profundo que li
O Conde de Monte Cristo faz jus à condição de clássico. Com tramas bem desenvolvidas e alinhavadas, proporciona ao leitor aventuras de tirar o fôlego, a depósito das digressões - coisa que a gente acaba acostumando, pois diz respeito à cultura de escrita da época...
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Arieska 28/04/2024

O Conde de Monte Cristo
Eu li "Orgulho e Preconceito" da Jane Austen quando eu tinha 15 anos e desde então era o meu livro favorito (tenho 31 atualmente), mas hoje finalmente posso dizer que um outro livro tomou o seu lugar: "O Conde de Monte Cristo" de Alexandre Dumas é o meu novo livro favorito da vida.

Edmond Dantes comeu o pão que o diabo amassou e sofreu uma penúria que eu não desejaria ao meu pior inimigo - mas ele não foi esquecido por Deus e teve a oportunidade de se vingar de seus traidores. Eu me interessei por ler essa obra depois que soube que essa era a inspiração para a novela global "O outro lado do paraíso" - novela essa que eu amei do fundo do meu coração. Claro que não preciso dizer que o livro é mil vezes melhor. Todos as histórias, todos os personagens, todos os detalhes são importantes e são interligados. Tudo, ao final, faz sentido e se explica. Esse autor foi genial e criou no Conde um personagem igualmente genial. Recomendo a leitura desse calhamaço que merece todas as honras de um clássico da literatura francesa e mundial ??
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David.Silva 13/05/2024minha estante
O conde é rico. Pq ele retornaria para a Mercedes, se poderia ter uma jovem amante igual Júlio Cesar tinha a rainha Cleópatra?
Jim Cavizel é uma ator mediano, não está no mesmo nivel de Gerard Dspardieu que interpretou o conde na minissérie de 1998 ou Jean Marais no filme francês de 1954.

Adaptação de 2002 felizmente não é a única adaptação do livro.
Tem a minissérie francesa de 1979 com jacques weber, tema o filme soviético de 19888
Esse ano estreia duas novas adaptações. Tem o filme francês monte cristo de 1929 com jean Angelo, o filme francês de 1943 com Pierre Richard Willm.
Tem o trailer da nova adaptação para filme e ainda vai ter a minissérie com sam claflin.




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jusouzr 21/04/2024

Marcante
O conde de monte cristo é um daqueles livros marcantes, é tão denso, 1600 páginas que nem uma única palavra foi desperdiçada.
só fiquei sentida pelo final da mercedes, ela merecia mais
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DAbora.AmAvel 17/04/2024

O Conde de Monte Cristo
"O Conde de Monte Cristo" é um romance clássico de Alexandre Dumas que conta a história de Edmond Dantès, um jovem marinheiro injustamente preso por traição. Após escapar da prisão e encontrar um tesouro escondido, ele retorna como o misterioso e vingativo Conde de Monte Cristo, buscando vingança contra aqueles que o traíram. A história é cheia de intriga, traição, romance e reviravoltas emocionantes.

Frases marcantes:

?Para todos os males, há dois remédios: o tempo e o silêncio.?

?- Aqui está sua lição final ? não cometa o crime pelo qual você agora está cumprindo a pena. Deus disse, ?A vingança é minha?.

- Eu não acredito em Deus.

- Não importa. Ele acredita em você.?

?O orgulho de quem não pode construir é destruir.?

?A sabedoria humana está nessas palavras: Esperar e ter esperança.?
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Leonardo 15/04/2024

Com uma trama repleta de reviravoltas, intrigas e conspirações, o livro aborda temas como justiça, vingança, redenção e perdão, explorando a complexidade da natureza humana. A escrita envolvente de Dumas, aliada à riqueza de detalhes históricos e à profundidade psicológica dos personagens, faz de ?O Conde de Monte Cristo? uma leitura inesquecível.
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maxmayfield 12/04/2024

Ótimo!
Acho que não consegui aproveitar e focar na leitura, por isso a nota. Quem sabe depois eu posso ler novamente e achar melhor!!
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Bianca.Drewnowski 12/04/2024

Espetacular 10/10
Escolhi esse livro depois que assisti a série Revenge e gostei, mas não tinha a menor ideia do quão grandiosa era a obra. A história é incrível, todos os desfechos, os personagens e o final também. Achei que foi sacanagem com a Mercedes, sim. Demais. Ela não teve culpa de nada, só seguiu a vida dela, tendo em vista que o noivo desapareceu. A segunda parte dá uma quebrada no ritmo excelente da primeira, é mais enrolada, parece não ter a importância que o autor tá dando, mas melhora e tudo se encaixa. Leitores leiam! Um grande clássico.
mlnprf 18/04/2024minha estante
gostei da resenha! vou adicionar na minha lista ??


David.Silva 04/05/2024minha estante
Edmond encontrou uma mulher melhor e a Mercedes não era mais interessante para ele.
Amor eterno não existe.




m.cIara 10/04/2024

Nem tudo é pintado com o mesmo pincel.
Este é um livro que sempre quis ler e, felizmente, atendeu e superou todas as expectativas. Eu esperava uma aventura de fanfarrão, mas o livro acabou sendo muito mais psicológico do que isso. Este é um daqueles livros que já foram recontados e copiados tantas vezes que você se pergunta se o original vai parecer ?cansado? ? mas isso não acontece. Monte Cristo conta a história de Edmond Dantes ? ele é jovem e bonito, prestes a se casar com a garota que ama e acaba de ser nomeado capitão de seu próprio navio. Infelizmente para Dantes, na sua última viagem foi-lhe pedido que fizesse uma escala na ilha de Elba para receber e entregar uma carta. Estamos em 1815 e a França ainda está dividida entre os bonapartistas e os monarquistas, e o próprio Napoleão está sentado numa ilha a planear retomar a França. Assim, aproveitando a instabilidade da França, Dantes é acusado de traição por ?amigos? ciumentos (um quer o seu emprego e o outro quer a sua mulher). Ele é jogado em uma masmorra e esquecido pelo resto do mundo. Aqui está o que você provavelmente já sabe (mas pare de ler se não souber): Dantes consegue escapar da prisão anos depois, mais esperto e durão e determinado a se vingar de seus traidores. A surpresa deste livro é quão complicados e sutis são seus esquemas. Ele passa anos montando suas tramas, integra-se na vida de seus inimigos e até faz amizade com seus filhos. Sabemos desde o início que a vingança pode ser um mau negócio ? ela toma conta da sua vida e não deixa você sem mais nada. (Fiquei pensando em Inigo Montoya em A Princesa Noiva enquanto lia este livro.) Portanto, uma pergunta que você tem como leitor é se Dantes em algum momento perceberá que é melhor aproveitar a vida do que punir aqueles que o rodeiam. A outra questão é até que ponto Dantes perceberá que não pode punir os ímpios sem punir as pessoas inocentes ao seu redor. Primeiro, algumas informações básicas sobre o livro, porque a França da era Napoleão é muito interessante. Monte Cristo é considerado um ?romance de aventura?. Foi publicado em 1844 em série e era extremamente popular na época da publicação. Também é considerado um romance ?histórico?, embora me pareça estranho que um romance escrito em 1844, por volta de 1815-1835, seja considerado histórico. Ainda assim, Dumas escreve sobre alguns dos pontos mais cruciais da história francesa. O romance também faz parte do Período Romântico, que durou na Europa entre 1800 e 1840. Eu poderia tentar explicar o período Romântico, mas não há necessidade ? romance e emoção são as características definidoras deste livro. Dantes ama Mercedes para o resto da vida, embora se sinta terrivelmente traído por ela. Ele é governado pela emoção, mas ao mesmo tempo domina quase completamente suas emoções para poder enganar todos ao seu redor. Não é muito saudável. Há uma possibilidade de amor na vida de Dantes, mas ele está tão envolvido na vingança que não percebe. Alexandre Dumas nasceu na França em 1802. Seu pai era general do exército de Napoleão, mas estava empobrecido na época do nascimento de Dumas. Dumas é neto de um nobre francês e de um escravo haitiano, o que levou alguns a especular que a prisão no livro está relacionada ao cativeiro de escravos. Dumas viveu os acontecimentos históricos descritos em Monte Cristo, por isso sabe sobre o que está escrevendo. Aparentemente, ele até conhece a família Napoleão. O que mais gostei foi a complexidade dos esquemas de Dantes e a forma como Dumas demora a desdobrá-los. É claro que, como escritor de séries, ele tinha interesse em desenhar as coisas e torná-las cheias de suspense, o que ele faz. Mas se você quer que um romance realmente se aprofunde, este é ótimo. Você sabe exatamente para onde está indo, mas ainda não consegue se afastar. As verdadeiras estrelas deste livro são os filhos dos três ?inimigos?. Embora os pais possam ser podres (em sua maioria), os filhos são inocentes (em sua maioria). Dumas realmente dá vida a cada um deles e a maneira como eles se cruzam na vida um do outro torna o livro uma leitura divertida. Mesmo sendo um supergênio e tendo muito dinheiro, Dantes descobre que não pode controlar vidas tanto quanto pensa que pode. Ele se considera quase uma figura paterna para esses jovens que está tentando destruir e, no final das contas, eles realmente lhe ensinam algo. Observar esses relacionamentos gradualmente se transformarem em amizades é uma das coisas mais intrigantes do livro. Eu me vi apenas esperando para ver até que ponto Dantes perceberia o quanto seus planos iriam prejudicar seus novos amigos. E então a questão é: ele é um monstro ou um homem? Dumas retrata Dantes como um ?anjo vingador?, punindo o mal pela mão de Deus. Mas tomar ações que resultem na destruição de pessoas, mesmo que elas mereçam, isso é realmente obra de Deus? Admito que não fui claro sobre as intenções de Dumas aqui. Dantes é retratado como um deus, mas eu senti muita pena dele. Ele pode ser frio e impiedoso e você só quer que ele aproveite a vida, em vez de desmontar as pessoas. Mas o importante é que ele faça o bem quando o bem é exigido, mesmo quando isso vai contra os seus planos de vingança. Também gostei que o livro te fez pensar se o mal é absoluto ou se os vilões têm características redentoras. Nem todos são pintados com o mesmo pincel; mas você também não sente exatamente pena do que eles recebem. Villefort, o advogado do rei, é provavelmente o mais interessante porque tem muito orgulho do seu trabalho, mas viola esse compromisso ao atirar Dantes para a prisão. Dantes sabe que o maior golpe contra Villefort será a destruição de sua reputação profissional (o que ele faz, de forma brutal). Mercedes também foi interessante, porque Dantes está genuinamente dividido entre ficar ressentido por ela ter desistido dele tão rapidamente, mas também sabe que ela foi manipulada para se casar com seu traidor. E afinal, ela não poderia ter esperado para sempre. Há muito mais que eu poderia dizer sobre este livro. É uma leitura longa e lenta em algumas partes, e acho que talvez não tenha lido a melhor tradução porque havia frases que simplesmente não faziam sentido. Mas, honestamente, este é um clássico raro e difícil de largar. Se estiver na sua lista de ?algum dia?, eu definitivamente tentaria.
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HBK 09/04/2024

Não desista da vida
Milagres acontecem
A vingança é um prato que se serve frio
Pra ser feliz é preciso abandonar o passado
Deus é providência.
Márcio 25/05/2024minha estante
Perfeita e sucinta a sua análise ??




Letícia Noronha 08/04/2024

Sobre o que é este livro? - Minha percepção após a releitura de O conde de Monte Cristo
“Conde, Conde…”, não sei quantas vezes murmurei essas palavras com um sorriso carinhoso enquanto lia esse admirável livro.
Como disse Mercedes, há um abismo entre ele e os outros homens. O conde de Monte-Cristo é descrito tantas vezes como um homem superior, seja pelo narrador, seja pelos personagens e até mesmo pelo próprio conde, que acreditava ser a mão de Deus. Mas a superioridade do conde não vem do seu título, da sua riqueza ou da sua vingança. Mas sim do seu inabalável amor-próprio e da sua fé, coisas estas que já estavam presentes em Edmond Dantés, que já era superior desde sua juventude como marinheiro.
Todo o livro se fundamenta na superioridade do protagonista. Sua superioridade o condenou, pois foi isso que causou inveja e a inveja que causou a conspiração. E sua superioridade o salvou, pois foi isso que o manteve vivo e estando vivo suportou suas provações que o tornaram ainda maior.
O conde de Monte-Cristo é um personagem que encanta pela sua profundidade e perspicácia, características que compõem também os seus muitos disfarces (Simbad - o marujo, abade Busoni, lorde Wilmore…) e fascina pela sua convicção no seu direito de vingança, e não só no direito, mas também na aprovação e até mandado de Deus para tanto.
E como não concordar ou, ao menos, ser condescendente com sua retaliação? E como, junto com o conde, não lamentar o desfecho trágico que sucede todas essas maquinações? Trágico sim, pois a vingança toma rumos inesperados, como se tivesse vida própria, como se já não obedecesse ao seu criador. E o conde, não sendo Deus, não controla até que ponto irá reverberar no mundo a consequência de seus atos.
Mas assim como os maus gestos se alastram como uma praga na plantação, os bons gestos do conde se enraízam nos corações dos seus alvos, garantindo afeição eterna ao benfeitor. Essas boas ações do conde para com seus amigos o coloca em muitos momentos como um anjo enviado dos céus para recompensar os bons, ideia que contrasta com a atitude de anjo mau tantas vezes assumida pelo personagem. E é justamente nessa contradição que o conde se aproxima do ser humano que é e se afasta do divino, se revelando nem anjo mau, nem anjo bom, mas o homem que, ora se compadece com os sofrimentos alheios, ora se regozija secretamente.
E o que dizer dos outros personagens tão cativantes dessa história? Tantos chamam a atenção pela sua honra e coragem, mas um chama a atenção pela sua infinita sabedoria: o abade Faria, que viu no prisioneiro Edmond um aprendiz e que nele depositou sua inteligência. Que história haveria sem o abade? A ele se deve a riqueza material, espiritual e racional do conde de Monte-Cristo.
No livro encontramos também histórias de fé, como a do velho Morrel; encontramos assassinatos e ganância, como na história de Caderousse; ingratidão, com o jovem Benedito; traição, com a senhora Danglars e seu amante Debray; romance, com Valentine e Maximiliem e tantos outros tipos de amores, de mãe para filho, de pai para filho, de amigos, de irmão…
São tantas vidas dentro desse grandioso livro! Tantos segredos, escândalos, intrigas e expectativas. Mas há um tema que permeia todas essas histórias... Por muito tempo pensei que esse livro fosse sobre vingança, mas nessa releitura vejo que talvez eu tenha me enganado quanto ao seu tema principal.
Esse é, na verdade, um livro sobre esperança!
A esperança é o que está presente em todas as partes da trama, a vingança vem apenas depois, além disso, na vingança também não se exige um certo grau de esperança!? A esperança está no jovem Edmond e sua noiva, no pai e no professor, nos vilões que esperam não serem punidos, há esperança nos apaixonados, na mãe que suplica pela vida do filho, na senhorita que foge do casamento, há esperança em Haydée que almeja ser amada como mulher e no conde que espera a justiça e depois, o perdão.
Há esperança por toda a parte e uma promessa de felicidade àqueles que conheceram o mais profundo sofrimento. Afinal, como diz o conde à Maximiliem “é preciso ter querido morrer para saber como é bom viver”.
Conde, conde... Sábias palavras.
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