O assassinato e outras histórias

O assassinato e outras histórias Anton Tchekhov




Resenhas - O Assassinato e Outras Histórias


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Henrique860 06/02/2016

Tchekhov foi um escritor que tinha em si o ato gratuito de escrever sobre a miséria humana
Você já se deparou que quando lemos livros bem escritos eles conseguem nos levar além daquela leitura? Acho que você deve ter pensado naquele livro maravilhoso que você leu, mas que ainda há vários fragmentos do mesmo jogados dentro da sua alma. Quando isso acontece, é maravilhoso, não é mesmo?

Me deparei certo dia com um livro na minha estante, sabendo que já tinha lido outros livros do Tchekhov, como As três Irmãs, e O homem extraordinário e outras histórias, então já sabia como o autor escrevia.

Mas já sabia que iria encontrar uma história tipo do Tchekhov, mas não foi que eu me surpreendi mais uma vez?

Conto mais um pouco sobre o livro O assassinato e outras histórias abaixo Você apenas irá agradecer por haver um escritor com tamanho ato gratuito para escrever sobre a miséria humana de uma forma tão simples, mas ao mesmo tempo tão profunda.


Este livro de contos é um esplendor para quem está querendo sentir o que é a infelicidade, a tristeza. Tchekhov entra dentro da cabeça dos personagens e forma uma corrente de pensamentos psicológicos extremamente bárbaros.

Este livro contem os seguintes contos:
O professor de letras
O assassinato
Os mujiques
Iônitch
Em serviço
No fundo do barranco
E por muitas vezes ao decorrer da leitura surgiu em minha mente várias questões. Por que há tanta miséria no mundo? Será que eu mereço tudo isso, sendo que tem pessoas que tem tão pouco? E por que o mundo é tão injusto? Será que o dinheiro é tudo?

Cheguei a diversas conclusões a respeito destas perguntas, e estou querendo ajudar o mundo. Nem que seja com um gesto de gentileza, um abraço, doar um livro, doar uma comida, doar roupas que não preciso. Entre outras coisas que ajudará num mundo melhor.

Em seus contos a classe que ele trata com mais enfase são os pobres, os ricos, e faz assim um jogo psicológico de construir personagens tão humanos que quando acabamos de ler a última palavra do conto e vem um vontade dentro da gente indescritível, inenarrável de querer ajudar aqueles protagonistas.

E vemos que a vida vale a pena ser vivida depois de ler contos assim tão perfeitos, não há outra palavra para descrever essas histórias tão curtinhas, mas tão grande no ponto de vista humano.

Sendo que alguns contos me deu uma angústia tamanha por não conseguir fazer com que a vida dos mujiques fossem menos miserável.

Este livro me propôs várias reflexões sobre os meus atos, a minha existência. Sinto que sou outro ao terminar de ler este livro.

Tchekhov foi um escritor que tinha em si o ato gratuito de escrever sobre a miséria humana sem interessar a quem, pois conseguiu em contos curtos captar o que alguns escritores demorariam mil páginas para descrever. Recomendo a todos este livro, tenho certeza que irá transformar o seu jeito de ver o mundo, e de agir nele.

site: http://www.literaturasobria.com.br/2016/02/o-assassinato-e-outras-historias-o-ato.html
Ricardo Rocha 06/02/2016minha estante
Tchekhov e Katherine Mansfield são aqueles que realmente dominam e quase tomam para si o conto.


Henrique860 07/02/2016minha estante
Eu ainda não li Katherine Mansfiel, mas eu nunca encontro os livros dela. Até em sebos é dificil de achar aqui. Muitas pessoas falam muito bem dela, até outros escritores, como a Clarice Lispector que era uma apaixonada pelos contos dela.


Ricardo Rocha 07/02/2016minha estante
na tua cidade não tem biblioteca?


Ricardo Rocha 07/02/2016minha estante
é minha alternativa aqui em sp quando isso acontece


Henrique860 07/02/2016minha estante
tem sim, e nunca procurei. vou lá amanhã vê se tem.




@garotadeleituras 22/01/2016

Captura da miséria humana
Escrito entre 1894 e 1990, o assassinato e outras histórias é a coletânea de seis narrativas/contos russos, caracterizando o último período da obra de Anton Tchekhov. São eles: O professor de letras, protagonizado por Nikítin, 26 anos, professor e apaixonado por Maniússia, decide casar-se com a jovem, pois acredita que a felicidade está ao seu lado. Nos primeiros tempos, sente-se feliz e realizado, porém, conforme o tempo passa, torna-se refém da insatisfação com a rotina e realização pessoal. Em o assassinato, Tchekhov nos apresenta Matviei Terekhov, cerca de quarenta anos, com uma aparência doentia, apegado à religião, rememorava constantemente seu passado numa fábrica de azulejos e sua participação no coro. Temos ainda o primo e sua esposa responsável por diversos conflitos que influenciará o desfecho; aqui é perceptível dilemas envolvendo a fé e a ganância humana, pintando um quadro da eterna guerra entre o espiritual e o carnal da natureza humana. Em os mujiques, adentramos a intimidade da família camponesa russa e todas as dificuldades enfrentadas pela época, tendo como principal cor, a miséria e seus efeitos sobre o homem. Temos ainda três outros contos para finalizar nossa coletânea: Iônitch, onde acompanhamos a transformação de um médico distrital que, após ter suas expectativas frustradas por um pedido de casamento negado, resigna-se ao ócio, torna-se irritadiço, avarento e adota uma rotina sem alterações, com uma vida mesquinha e avarenta. "Em Serviço", somos apresentados ao um médico e um suplente de juiz de instrução que tem a missão de solucionar um caso de suicídio. No último conto, "No fundo do barranco", somos apresentados à família Tsubúkin, gananciosos e trapaceiros, que como consequência, constroem as próprias armadilhas para a cota de desgraças do cotidiano. Aqui Tchekhov demonstra como os fracos são submetidos aos fortes.

Tchekhov procura através das palavras, esboçar o ser humano, deixando transparecer os mais distintos sentimentos: tristeza, conformismo, melancolia, miséria, ignorância, frustração, decadência... O escritor desenvolve diferentes perfis e conflitos interiores através dos seus personagens. É predominante naqueles contos de paisagem rural, a presença da pobreza tornando aqueles que sobressaem gananciosos, sendo a grande maioria, vitimas da situação precária. Ou seja, de um modo geral, o autor procura demonstrar com seus contos o estado lastimável da miséria humana, seja ela no ambiente, refém do status social ou ainda aquela onde somos reféns da ignorância.
O assassinato e outras histórias foi uma surpresa agradável, tanto pela qualidade da obra si (ótima tradução e organização), como pelos sentimentos e reflexões que Tchekhov deixou para o leitor que ousasse ler suas criações. Não decepcionou!

“E ele teve a sensação de que o suicídio e o infortúnio do mujiques recaíam também na sua consciência; admitir que aquela gente, submissa ao seu destino, levava nas costas as coisas mais pesadas e duras da vida – como era horrível! Contrapõe aqui o desejo íntimo de uma vida oposta cercada de gente feliz, satisfeita” (conto Em serviço; pág. 189).
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Luiza.Thereza 07/10/2015

O Assassinato e Outras Histórias
Para esse volume da Coleção Clássicos da Abril Coleções, foram selecionados 6 contos de Anton Tchekhov (1860 – 1904), escritos entre 1894 e 1900. Médico, dramaturgo e escritor russo, ele é considerado um dos maiores contistas de todos os tempos. Em sua carreira como dramaturgo criou quatro clássicos e seus contos ainda aclamados por escritores e críticos.

Esse é um daqueles livros bem difíceis de comentar, mas farei uma tentativa: os seis contos apresentados são ambientados em cidades de interior, quase sempre na periferia das mesmas. A sensação de miséria, monotonia e comodismo também são comuns. Quase todas as histórias giram em torno de um ambiente irritadiço, seja com uma pessoa, com o ambiente, com o contexto em que o personagem está. A descrição das coisas é muito bem feita, detalhada na medida certa. A pobreza e a simplicidade são predominantes nos ambientes. É um bom passatempo.

Quem gosta de narrativas mais lentas provavelmente gostará dos contos. Para quem gosta de mais dinamismo, ou não dispõe de muito tempo (ou menos tempo do que gostaria) para se dedicar á leitura, é um teste de paciência, perseverança e resistência (o que de certa forma é bom, essas três virtudes são essenciais hoje em dia).

site: http://www.oslivrosdebela.com/2013/09/o-assassinato-e-outras-historias-anton-tchekhov.html
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Malu 12/08/2015

Os mujiques e outros contos
O conto "Os mujiques" é bem interessante pois depois de serem libertados do regime escravagista, os mujiques, ou levando para o nosso contexto, escravos, foram abandonados pela sociedade burguesa a sua própria sorte, assim como aconteceu aqui no Brasil. Eles vivem uma vida miserável, sem assistência médica, moram em casebres insalubres, sem acesso a educação e sem perspectiva nenhuma de futuro, alguns personagens até lamentam o fim da servidão, pois alegam que moravam em uma cama quente, comiam melhor, não bebiam, se vestiam bem e não adoeciam, enquanto que depois de libertos passam por necessidades de morrem cedo; outros discordam com argumento de que a liberdade é melhor, mas não conseguem explicar por quê. É triste perceber que o fim da escravidão não oportunizou uma melhora na vida das pessoas e sim uma piora, porque jogar as pessoas nas ruas sem qualquer assistência não faz delas pessoas livres, ela continuam presas, cativas na sua ignorância e da falta de oportunidade para que prosperem e colabora com o aumento da pobreza. Mesmo hoje quando presidiários cumprem sua pena e são colocados nas ruas novamente não significa que ele esteja realmente livre e que será dada uma oportunidade de reintegração a sociedade, pois que tratamento ele teve na penitenciária? Nenhum que promovesse a ressocialização dele a sociedade.
Os outros contos que compõem o livro tratam da mesma temática basicamente, o que muda é o ponto de vista, que deixa de ser a dos mujiques e passa a ser a dos burgueses e como eles enxergam os mujiques.
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Edu 28/06/2015

Contos longos
Esse foi o primeiro livro de contos que li do autor. E confesso que depois fiquei surpreso quando vi outras seleções, pois esse parece ser o único que só reúne contos mais longos, enquanto em outros encontrei histórias mais curtas do autor. Já faz alguns anos que li, mas algumas histórias ainda hoje me marcam, como o conto Os Mujiques, que faz um retrato social da Rússia na época que não difere muito do Brasil atual. Aliás acho que é isso na literatura russa que me atrai: no século XIX a sociedade lá era muito parecida com a nossa.
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Ricardo Rocha 16/02/2015

O professor de letras
O título acima é o do primeiro conto e cai perfeitamente em Tchekhov. O rumor dos cavalos anuncia a primeira história e também a forma mágica como sons e cheiros e todos os detalhes de uma cena brotam naturalmente de um autor que pode-se dizer sem ofensa pra nenhum dos dois que é algo assim como uma Katherine Manfield de calças. São contos um tanto fora do padrão desse escritor que curava também o corpo das pessoas, mais longos, mais densos, menos leves, provavelmente pelo próprio fator da idade. Uma vida estranha às vezes, como a nossa, que não se desenvolve mesmo quando o podia, e que sonha e fala demais pra ações correpondentes de menos - o que não era o caso dele mesmo, sempre fiel ao dizer essencial e não mais.
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Bells 10/02/2015

Fantastico
Tchekhov mostra-nos o drama pessoal da forma mais crua, livro fantastico...
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Tainara 01/12/2014

Literatura nos tempos da cólera
Admirei mais as cartas do apêndice do que os contos em si. O livro reúne boas histórias para passar um domingo de pernas para o ar, mas as cartas conquistam de uma forma inexplicável: por vezes me vi pensando que estava lendo mais uma crônica do livro.
Tchekhov é designado médico distrital nos anos da cólera e em virtude disso abdica da literatura, mas as cartas que escreve a seu editor narrando suas atividades diárias são verdadeiras obras primas e com um toque literário encantador.
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Rafa 30/11/2014

O Assassinato e Outras Histórias
Esse é o primeiro livro da literatura Russa que leio, confesso que fiquei encantado com a forma que o autor através das paginas escreve os seus seis contos.

O livro foi lançado pela editora Cosac Naify, muito bem diagramado e letras e espaçamentos muito bem adequados para uma bola leitura. Capa do livro dispensa comentários, uma bela imagem dando a impressão que estamos vendo uma obra de arte.

Anton Tchekhov usa uma simplicidade com as palavras e boas descrições de lugares, pessoas e situações do qual torna a leitura fluida e bem prazerosa, em certo momento chega a serem próximos os personagens com os leitores.

São diversos personagens do qual vemos o dia a dia deles em seus trabalhos e outros afazeres domésticos e através do livro passamos a conhecer mais sobre a cultura Russa no final do século XIX e o modo de vida dos personagens.

Uma boa leitura para aqueles que querem conhecer mais sobre a história da Rússia e toda sua cultura.

site: http://www.livreando.com.br/2014/11/resenha-o-assassinato-e-outras-historias.html
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Taga 29/08/2013

Tchekhov explora o cotidiano russo do século XIX brilhantemente. As personagens são pessoas reais, que passam fome, têm fé, sofrem, são ignorantes, vivem na miséria e em meio à imundice, e do outro lado, há os burgueses hipócritas. É interessante como o autor traz a tona o pior e o melhor do ser humano em uma narrativa simples, desenvolvendo pequenas ações e falas insignificantes em crítica. Contudo, tanta simplicidade acaba deixando o livro um pouco cansativo, mas, sem dúvida, é ótimo e eu gostei muito.
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Ale Siqueira 20/10/2012

O Assassinato e Outras Histórias
O Assassinato e outras histórias reúne seis contos de Tchekhov, escritos entre 1894 e 1900, e pertencem à última fase da obra do autor. As histórias acontecem em ambiente rural ou pequenas cidades provincianas. Seus personagens são camponeses miseráveis, comerciantes, pequenos burgueses. Em todos eles encontramos o desespero da vida, vidas sem propósito, sem sentido, sem esperança.
Em Os Mujiques conhecemos a pobreza extrema. A fome e o cansaço são constantes, o frio e a doença freqüentes. Não há alegria, não há paz. Nem mesmo as relações familiares são alívio para a miséria pois os personagens são seres humanos brutalizados, que não se respeitam, se agridem e se ofendem mutuamente. Tampouco a religião é consolo, a maioria não a compreende, seguem os rituais por tradição mas seu entendimento é limitado. Enfim, a vida é um fardo e ninguém teme a morte, antes a esperam.
Nos contos O Professor de Letras e Iônitch a pobreza é de espírito. As histórias se passam em meio à burguesia rica de cidades do interior. Ali os anos passam e a vida é sempre a mesma; ou melhor, as relações, os hábitos e costumes mantêm-se pateticamente inalterados, mas a vida, que antes aparecia aos olhos dos personagens principais como o ideal de felicidade, agora se mostra como um quadro descorado, que perdeu suas cores e seu brilho e cuja mediocridade se torna mais evidente. Uma resposta de Iônitch à sua interlocutora resume esse sentimento: “A senhorita me perguntou como vai a minha vida. Mas, como vivemos todos aqui? Ora, não vivemos! Envelhecemos, engordamos, decaímos. Dia vem, dia vai, e a vida passa, insípida, sem impressões, sem pensamentos...”. A consciência da mediocridade e da falta de propósito de sua existência é o que angustia os personagens.
O Assassinato conta a história de Iákov Ivânitch, um comerciante e fanático religioso. Quando seu primo Matviei vai viver em sua casa e começa a lhe dizer que suas orações e jejuns excessivos não são do agrado de Deus, dúvidas surgem em seu espírito. Sua consciência pela primeira vez se vê perturbada pelos pecados que cometeu para prosperar no seu negócio. Ele já não encontra paz em suas longas orações e jejuns e é levado a um ato extremo.
Em Serviço toca dois extremos da sociedade russa: de um lado os trabalhadores pobres e suicidas desesperados; por outro, os ricos proprietários de terra que, no conforto de suas grandes casas, aquecidos e saciados, emitem opiniões judiciosas sobre a miséria e sofrimento do povo.
No Fundo do Barranco é um conto doloroso. Há um forte sentimento de injustiça. Os fracos são incapazes de se defender e os fortes são impiedosos.
O estilo de Tchekhov é magistral. Há pouca descrição e as ações são simples, narram o cotidiano; o autor consegue colocar nos contos grandes lapsos de tempo sem perder por nenhum momento o fio da narrativa. O foco das histórias está nos sentimentos que habitam a alma dos personagens. Esses são descritos de maneira tão precisa e humana que é impossível não tocarem também a alma do leitor. Ao ler estes contos experimentamos uma certa angustia e por alguns momentos compartilhamos o sentimento do personagem de O Assassinato: “...e a vida lhe pareceu algo estranho, insensato, sem nenhuma esperança, como a vida dos cães.”
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Israel145 07/09/2012

O Assassinato e outras histórias traz uma seleção de 6 contos do que é considerado como a última fase de produção de Anton Tchekhov.
O autor aborda diversos aspectos da vida e cultura russa destacando principalmente a miséria, a vida conturbada e infeliz dos russos menos favorecidos, o alcoolismo, a violência, as relações pessoais e sociais da classe média interiorana, entre outros.
O estilo de Tchekhov arrebata o leitor logo nas primeiras páginas, sua narrativa é muito fluida, suave e concisa, além de permeada por uma discreta melancolia. Nas situações abordadas em seus contos, o autor, por mais absurda, triste e violenta que seja a situação, oferece uma narrativa carregada de uma beleza que faz com que sua obra seja diferenciada de alguns dos principais autores russos.
Os 6 contos selecionados são excepcionais. Em O Professor de letras e Iônitch, os costumes e fatos corriqueiros da classe média rural são mostrados sob a luz da paixão entre os personagens; Em O Assassinato, Os Mujiques, Em serviço e No fundo do barranco, Tchekhov escancara as relações familiares conturbadas das famílias russas em contos, por sinal os melhores, repletos de violência, dor, morte, avareza, ódio,crime e irracionalidade, imprimindo às páginas do livro uma série de personagens que deixam o leitor atônito.
Muito bom autor, talvez o melhor do gênero de narrativas curtas.
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Isabella 23/01/2012

A ficção da desilusão
O que sempre rouba a cena num Tchekhov são as personagens, quer falemos de uma peça, de contos ou de qualquer outro gênero em que ele se aventure. Tchekhov foi um médico-autor/autor-médico e é esperado que busque exprimir o humano em todos os âmbitos de sua vida. É mais esperado ainda que estes contos tardios em sua carreira se atenham aos caracteres mais mesquinhos e abjetos do ser humano. Não há os bons, apenas os maus e os ignorantes do grande circo conduzido pelo governo da Mãe Rússia, do Brasil, de Lilliput, de qualquer lugar, ficcional ou não.
Não há mais humor. As cartas do final do volume ajudam a entender melhor a desilusão de Tchekhov e o cunho socialista que atribuiu a estes escritos; não se vê entretanto, a mesma contribuição em um prefácio intitulado "A ficção da indiferença", afinal a ficção tecida nestas histórias busca justamente nos sensibilizar incessantemente para o debate das ideias que julga primárias ao homem - isso não tem nada de indiferente e ainda despreza um bom tanto daquilo que definimos como ficção.
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GIPA_RJ 15/11/2010

Realidade
Os contos de Tchekhov retratam a pura realidade das famílias russas do interior : fé , relacionamentos , crenças , sofrimentos , de uma forma muito crua.
Ficaram claras as similaridades entre russos e brasileiros com a leitura destes 6 contos.
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