Afirma Pereira

Afirma Pereira Antonio Tabucchi




Resenhas - Afirma Pereira


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Tuyl 04/08/2020

Livro muito bom! Gostei do estilo da narrativa, bem original!
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Mayara 28/09/2020

Uma leitura que nos leva à reflexões maiores
Afirma Mayara que esse foi um livro difícil de ser lido. Já no início da leitura eu fiquei me questionando se gostaria de ler esse livro nesse momento que estamos vivendo, diversas vezes me peguei pensando em desistir da leitura simplesmente por saber que me causaria algum tipo de incômodo, por conta da ligação com a realidade, apesar dessa questão, continuei a leitura e foi uma boa surpresa. O Pereira faz a gente querer saber tudo do seu relato, da sua vivência e da sua história... e foi assim que o livro que eu estava com medo de ler, foi lido em menos de uma semana.
Afirma Pereira tem uma essência um pouco diferente dos livros que costumo ler: a pitada pitada importante de retratar um fato acontecido na história da humanidade. Ele tem como cenário o fascismo italiano e a ditadura salazarista, no meio disso, um jornalista que tenta ser isento de questões políticas, mas que com o tempo, começa a perceber que não dá pra levar as coisas assim, se questiona e se ressignifica. Esses elementos em si desde o início fizeram ter uma ideia de como terminaria o livro e me chocou ver o quanto muitas partes me lembram o nosso país atualmente.
O Pereira consegue ser ao mesmo tempo enfadonho e também, carismático. Aos poucos vamos conhecendo sua história, que ele tanto tenta esconder. Com o tempo, entendemos o quanto ele é apegado ao seu passado e como todo o saudosismo lhe afeta diretamente no dia a dia, é muito interessante ver toda a evolução do personagem e sua construção no decorrer dos acontecimentos.
É difícil falar desse livro sem contar spoilers, mas gostaria muito que todo mundo lesse, para eu ter muitas pessoas com quem conversar sobre ele, vale a pena, principalmente para quem gosta de livros com contexto histórico.
Deixo aqui uma das frases que me chamou atenção durante a leitura, em um momento após relatar uma cena de violência extrema que Pereira presenciou:
"Apresentaram-se como polícia política, mas não mostraram nenhum documento que corroborasse sua palavra. Tendemos a excluir que se tratasse realmente de polícia, porque estavam vestidos à paisana e porque esperamos que a polícia de nosso país não lance mãos desses métodos. Eram uns facínoras que agiam com a cumplicidade de não sabemos quem, e seria bom que as autoridades investigasse esse acontecimento torpe."
Não sei vocês, mas esse trecho me lembrou muito a nossa realidade quando há por exemplo, manifestações de professores ou ações da polícia no Rio de Janeiro... (entre tantas outras menções que poderia fazer, mas afirmo que não irei prolongar o assunto).
Andre.28 28/09/2020minha estante
Que interessante! Essa resenha me deu vontade de ler. ???


Mayara 29/09/2020minha estante
Nossa, me senti lisonjeada hahaha, raramente ouço (leio) isso sobre minhas resenhas


Alê Ferreira 02/10/2020minha estante
Nossa também comecei a leitura achando enfadonha, mas logo fui envolvida justamente por essa característica de estar tão próximo da nossa realidade política . Assustador. Necessário . Li três dias.


Mayara 02/10/2020minha estante
Muito legal isso com alguns elementos nos prendem né, Alê? Eu li rápido, mas não tanto assim hahaha


Nando 18/01/2021minha estante
Mayara, vc falou tudo. O que vc comentou é a realidade que estamos vivendo, com uma diferença não estamos calados. Ditadura nunca mais.




Carla1468 31/01/2024

Resenha: Afirma Pereira
Na Lisboa de 1938, passa-se os acontecimentos do personagem principal, Pereira, viúvo,jornalista de uma coluna cultural de um singelo jornal vespertino. Acontecimentos esses que tomam dimensões além de sua vida pacata e pessoal,mas que entram em contato com a realidade da Europa naqueles tempos: salazarismo português,fascismo italiano e uma guerra civil na Espanha.

Uma leitura que nos retrata dias rotineiros em Portugal,entre cafés, bondes e missas,novos ares surgem e vão transformando a realidade local,criando medo, insegurança e preocupações.

Com um jeito simples e corriqueiro de escrever o autor italiano nos traz a realidade daquele momento de maneira forte,mas sutil ao mesmo tempo...

Aproveite a viagem, boa leitura ?
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Lais.Lagreca 23/07/2023

Vale a pena ler, afirma Laís.
É possível se manter alheio do que é político?
Existe essa coisa de "imparcialidade", "neutralidade"?
Não escolher uma posição é por si só uma tomada de posição?

Vivendo num período contubardíssimo, a longa ditadura salazarista, Pereira, nosso personagem meio sem graça, que faz coisas repetitivas, leva uma vida solitária e não tem mais nenhuma ambição, pensa ser possível viver uma vida sem precisar se posicionar.
Como jornalista, trabalha com assuntos com os quais acredita poder fugir ao "polêmico", ao proibido em um país que vive sob regras de uma ditadura.

Mas será possível mesmo?

Sua vida ganha certo movimento com a chegada de um jovem estagiário, a quem Pereira contrata para lhe ajudar na redação dos necrológicos do seu jornal.
Então, o marasmo de sua vida repetitiva ganha emoção, mas uma emoção nada bem-vinda a quem vive com medo.
A inércia de Pereira parece ser reflexo de um período em que as pessoas não sabiam mesmo o que fazer, aonde ir, em um mundo ameaçado pela guerra.
...
Mas, ainda assim, há quem não se permita a apatia, como opção de vida, pois não dá para desistir da liberdade. E esse alguém não era Pereira...
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su fern@ndes 21/07/2010

Eu sou o Pereira!
A identificação com a personagem do Tabucchi foi imediata. Assim como Pereira, não acredito na ressurreição da carne, sempre como e bebo o que não devo, me enterro no mundo ficcional, desprezando a guerra do cotidiano, e sinto que falta alguma coisa. Dia desses, talvez um "evento" também desperte uma das minhas outras almas. Talvez.
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-Lá- 14/08/2020

O que mais gostei durante a leitura foram os chacoalhões quanto à minha postura política... sentia vergonha por ser "em cima do muro" que nem Pereira.
Aline 17/08/2020minha estante
Aqui no começo do livro, p.33, tenho me identificado com a Marta. A discussão política praticamente abre o livro com juventude salazarista.




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Paulo.Jose 03/02/2024minha estante
Resenha perfeita. Esse livro é fantástico!


VirgAnia 26/02/2024minha estante
Maravilhoso. Amei! E a capa é sensacional.


Rick Shandler 05/03/2024minha estante
É ótimo quando dá pra julgar o livro pela capa... hahaha


VirgAnia 05/03/2024minha estante
Hahahaha pois é!




Fernanda Santos 07/01/2021

Sobre Afirma Pereira
Afirma Fernanda, uma simples professora, neste imenso Brasil continental que ao terminar de ler o livro Afirma Pereira, o sentimento que ficou foi o de que a relação entre o indivíduo e a sociedade da qual ele faz parte é sempre muito relacional e complexa. ( O que não diz muita coisa, ha ha!!)

Diante de regimes e de sistemas de ideias impostos sobre a coletividade, o que determina qual a posição que o indivíduo vai adotar frente a eles?
Como indivíduos que vivem debaixo de um mesmo sistema, podem sentir de forma tão diferentes essa mesma experiência?
O que contribui para isso?
Além disso, o que leva alguém que não é alvo do sistema, não é importunado por ele, só visualiza a sua face mais ornada, a se colocar em um lugar que ameace os privilégios que sempre obteve?
Qual é a linha demarcatória, que ao cruzá-la o indivíduo já não pode mais simplesmente ser mais um, tocando uma vida de rebanho?

Ao ler Afirma Pereira pensei em todas as questões políticas e sociais que estão postas e claro, na atualidade da discussão feita, uma vez que o Brasil de 2021 é um, onde as ideias fascistas e autoritárias estão na ordem do dia, acalentadas pela cúpula que dirige o país. Mas, sobretudo, pensei no indivíduo e no processo individual de formação e politização que se opera sobre cada um, os caminhos que levam a isso e claro, as consequências disso.

Leitura muito válida!! Muito necessária e muito atual.
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Rosana Miyata 14/02/2022

Um livro de leitura rápida e pequeno em quantidade de páginas, porém gigante em conteúdo. Bem curioso imaginar o personagem Pereira e os seus conflitos internos e a sua "ingenuidade" com o mundo.
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Diogo 10/08/2020

Afirma Pereira foi uma ótima surpresa.

O livro, afirma o leitor, trata do período da ditadura salazarista em Portugal a partir do ponto de vista de Pereira, um jornalista que não gostava de se envolver em questões políticas até conhecer o jovem revolucionário Monteiro Rossi.
Escrita numa linguagem fácil, corrida e envolvente, o que torna a leitura super rápida, a obra nos mostra a terrível face de um governo autoritário ao mesmo tempo que consegue falar sobre literatura.
O grande trunfo do autor é construir personagens tão reais e relacionáveis. É delicioso acompanhar o processo de amadurecimento do protagonista.

Pereira, enfim, ao se libertar das amarras do passado, nos enche de esperança, mostrando que se posicionar politicamente é um ato de coragem e que se manter na ignorância por muito tempo não é uma possibilidade.

A edição da TAG, como sempre, impecável. A capa, simulando os azulejos portugueses, é um show à parte.
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Emanuel.Silva 14/08/2020

Limonadas, omeletes e escritores franceses
Em tempos de polarização, ficar em cima do muro é muito difícil, em minha leitura só confirmei que não tomar um lado é muitas vezes ser conivente com algum dos lados.

Pereira andava a margem, sujeito enlutado, embriagado de limonadas e escritores franceses, cego para as mudanças políticas de sua época, um jornalista que vai pedir informação para o garçom. Mas nem ele escapa da necessidade de tomar um lado, assim, de maneira discreta a revolução acontece na confederação de sua alma e afirma Pereira um lado.

"Pereira levantou-se e despediu-se. Até logo, padre António, desculpe-me por lhe fazer perder esse tempo todo, da próxima vez será para me confessar. Você não precisa, retrucou o padre António, trate de cometer alguns pecados e só venha depois, não me faça perder tempo á toa."

Um livraço, gostei muito!

LINK PARA MEU VÍDEO: https://youtu.be/srwJUwcx7jg

site: https://www.instagram.com/sebo_velho/
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Fábio Nogueira 27/10/2020

Afirma Fábio Nogueira...
... que a leitura desta obra é de uma importância cultural, evita o arrependimento e é de grande valia para o eu hegemônico.
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Litchas 07/09/2020

Bacana, recomendo!
Em tempos de fascismo é importante sair da neutralidade! Descer do muro e fazer história!
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