Crepúsculo e a Filosofia

Crepúsculo e a Filosofia William Irwin




Resenhas - Crepúsculo e a Filosofia


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Andreza 03/03/2013

O lado negro e todos nós
Filosoficamente falando os acontecimentos que envolvem os personagem as séries de livros mais lidas pelos adolescentes na atualidade podem ser debatidas tranquilamente por gente grande. Nesse livro você poe ver exatamente porque Bella Swan não deveria realmente "viver feliz para sempre" com Edward e o porque de Carlisle ter o seu dilema e vida e partir para o vegetarianismo.
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@fabio_entre.livros 23/04/2017

Crepúsculo dos ídolos... adolescentes
Quando li "Crepúsculo", os livros de Stephenie Meyer estavam em plena efervescência no mundo literário adolescente. Como apreciador de vampiros na literatura, minha atenção esteve mais voltada para a abordagem e inovação da autora sobre o tema do que propriamente no "romance triangular impossível" dos protagonistas. Na verdade, a despeito das falhas da autora, achei que seus livros foram subestimados, não apenas pela crítica, mas também por grande parte dos seus leitores, mais preocupados em fazer parte deste ou daquele "team" do que em dar a merecida atenção à mitologia criada por Meyer. Agora, lendo "Crepúsculo e a Filosofia", tenho que parafrasear Shakespeare e dizer que realmente há mais questões em jogo entre Bella e Edward do que sonha a nossa (já não tão) vã filosofia.
Dividido em quatro partes, cada qual relativa a um dos livros da saga (embora não restrita a eles), o livro faz parte de um projeto que procura analisar diversas produções da cultura pop (livros, filmes, séries de TV e até bandas musicais) sob a perspectiva da filosofia. Como os demais livros dessa coleção, este livro é composto por uma série de ensaios filosóficos sobre variadas temáticas tratadas na obra em análise direta ou indiretamente. Neste caso especificamente, são dezoito ensaios, cada um desenvolvido como um capítulo, distribuídos entre as quatro partes do livro, configurados da seguinte maneira: "Crepúsculo" (Parte 1: quatro ensaios), "Lua nova" (Parte 2: quatro ensaios), "Eclipse" (Parte 3: cinco ensaios) e "Amanhecer" (Parte 4: cinco ensaios).
Em relação ao conteúdo, o livro aborda desde filósofos da antiguidade clássica, como Platão e Sócrates até figuras contemporâneas como Peter Singer e Simone de Beauvoir. A princípio, analisando o primeiro livro da saga, fala-se da filosofia de Tomás de Aquino acerca de consciência e concupiscência; em seguida é traçado um paralelo com a ideologia grega de "erôs" e sua relação com os desejos.
Posteriormente, à medida que os demais livros vão sendo analisados, entra em discussão a questão do vegetarianismo vampiresco (e, obviamente, suas implicações com o vegetarianismo "tradicional" humano), na ótica vegana de pensadores como Singer. A questão da identidade pessoal também é levantada, com base nas ideias de Kant e outros filósofos dessa linha, bem como a "compaixão" de Carlisle, dentro dos cânones de Mêncio e Schopenhauer.
Sendo Stephenie Meyer adepta do Mormonismo, há um ensaio sobre essa doutrina religiosa e como a mesma se insere no universo e nos personagens de "Crepúsculo". Aliás, a respeito de religião também entram em discussão outros temas pertinentes, como a existência e o lugar de Deus e do mal na saga (e no mundo "real"), o sentido da imortalidade, a moralidade e a ética.
Edward Cullen já foi considerado um herói byroniano, e essa classificação é corroborada com um ensaio onde as características byronianas na literatura são analisadas detalhadamente. Algo similar ocorre com Bella, com a diferença de que no caso dela é o feminismo que fica em pauta. Alguns conceitos básicos de Beauvoir são explicados com base nas atitudes da personagem.
O imprint, comum entre os lobos da saga, também é discutido, traçando-se conexões com temas análogos da vida humana, como amor, autoridade e livre-arbítrio.
Por fim, após explicações sobre a natureza da epistemologia e da semiótica, baseadas sobretudo nas teorias de Sanders Peirce, e de um breve estudo ontológico sobre tempo e espaço conforme Kant, o livro encerra com um capítulo sobre Jacob e como o Taoísmo se insere na vida do personagem através dos três princípios fundamentais dessa doutrina: humildade, compaixão e moderação.
De modo geral, este livro me agradou imensamente; aliás, assim como outro livro dessa coleção que li, "True Blood e a Filosofia", foi uma experiência muito válida e certamente abre um leque de possibilidades interpretativas sobre as respectivas obras em análise. De fato, a cultura pop tem muito a ensinar. E o conhecimento, como todo filósofo deve concordar, está à prova do tempo e da "moda".

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