spoiler visualizarEvy 01/09/2014
... "Durma minha estrela, a minha mão na tua"
Juliet Marilier já se tornou pra mim (após 4 livros lidos dela) uma de minhas autora favoritas. E não é pra menos, afinal a mulher tem o dom. No decorrer desse livro mesmo o que não faltou a mim foram lágrimas e terminei esta história tão grande em pouco tempo porque eu não conseguia me desligar do bendito livro!
O Filho de Thor como já se percebe no título, é uma história com base nos viquingues. Nos primeiros capítulos vemos a infância de Eyvind e vemos o ponto de vista dele sobre Somerled. Eyvind criança só queria uma coisa: ser Pele-de-lobo. Ouvir o chamamento de Thor e ser seu melhor guerreiro, mas a vida quis que antes disso ele conhecesse Somerled. Eles se conhecem quando o irmão de Eyvind, Eirik (em uma de suas idas para casa) leva visitantes entre eles Ulf, irmão de Somerled que pede para que a família de Eyvind (principalmente ele) cuide de seu irmão enquanto ele regressa com Eirik para suas viagens. Somerled criança parece que tem mais anos do que sua tenra idade, vemos o quanto ele é machucado por algo que não fica claro, e essa é a parte mais importante do livro, esse começo nos mostrando esse Somerled humano, que tinha como objetivo ser Rei.
Eyvind desde criança sempre foi muito correto e por isso mesmo ele acaba fazendo um juramento no qual une ele e Somerled como irmãos para sempre... Mas que também o faz ficar cego para certas verdades.
O tempo passa e cada vez mais Somerled mostra seu lado manipulador e maldoso, a minha raiva maior dele sempre foi quando ele fazia com que o Eyvind se achasse um estúpido e pior Eyvind concordava com ele. Eyvind se tornou um Pele-de-lobo digno de reconhecimento, mas sua vida muda quando Ulf decide viajar de encontro ao seu sonho, as Ilhas Brilhantes. E ele acaba indo, por meio da escolha de Somerled e não pela sua.
Chegando na Ilha começamos a conhecer Nessa (a partir dai a história vai ser de dois pontos de vista) sobrinha do Rei da Ilha e sacerdotisa, nesse ponto a história vai se densenrolando bem devagar, tanto que quando você dá por si, de forma sutil algo de importante aconteceu na história que muda drasticamente tudo.
Vou dizer uma coisa, Juliet não polpou mortes aqui. E morreu muita, muita gente.
No meio de tantos desenganos Nessa e Eyvind se encontram, quando ela o acha meio morto e acaba cuidando dele. Esse amor deles foi rápido e ao mesmo tempo não, fiquei com a sensação de que demorou muito para acontecer, mas que aconteceu na hora certa e do jeito certo e foi tão sutil, foi algo de certa forma inevitável.
Eyvind adulto é um Ned Stark da vida (versão mais jovem), o cara é tão, tão honesto e bom, que ele acaba cometendo uns erros que só faz ele sofrer. E o pior, mesmo com tudo que Somerled faz, ele ainda tem piamente fé nele disposto a encontrar algo de bom nele, e é ai que a parte da infância dos dois tem seu peso porque se não fosse por isso, não se poderia entender o Eyvind e só o xingaria de tapado. Nessa teve bastante importância também, ela sofreu muito, uma personagem digna das que você passa a história toda a admirando.
Não fica claro os motivos de Somerled para fazer o que fez, além do óbvio, ser Rei. Porém o final dado a ele foi sábio, a oportunidade de mudar é algo que todo ser humano tem de ter e a escolha no fim de tudo, é dele. Pelo menos a oportunidade foi dada.